Tenho que fazer uma confissão, eu
nuca consigo acertar o maldito do pó vermelho no rosto, ou esqueço ou sempre
boto muito e Paulinha ao invés de ajudar sempre fica rindo da minha cara,
claro(kkkkk).
Assim que saímos fomos logo
entrando no quarto de seu Doidinho, que do corredor já havia nos chamado, ele
disse que tinha se internado porque ficou doido e que se a gente tava lá, era
porque era doido também, perguntou se a
gente era do PT pois nossos narizes eram vermelhos, dissemos que estava assim
porque estávamos com alergia, foi quando ele disse que nosso nariz seria mais
bonito se fosse verde! Na hora olhei pra Guilhermina, foi um pena, se ele
tivesse escolhido outra cor... o meu era preto e o dela amarelo, mas enfim,
fazer o que né. Ele também perguntou por que meu lábio era preto, disse que
estava assim por culpa de uma menina de uma festa que quis levar ele pra casa,
pronto! A partir daí toda mulher que passava no corredor ele pedia pra analisar
e ver se era pegável ou não. Nesse meio tempo chegou seu grande e gordo amigo
Liso Fernando, um empresário que guardava todo seu dinheiro na barriga e ia ter
que fazer uma cirurgia pra tirar o dinheiro pois estava precisado, claro que eu
e Guilhermina prontamente dissemos que iríamos ajudar na cirurgia! Perguntei a
Liso Fernando se o dinheiro saia também por outro lugar, ele nos disse que
sempre que fazia cocô ele vinha com unas notas de 100(kkkkkk). Seu Doidinho
ainda estava revoltado pois disse que estavam tirando o sangue dele para fazer
empada e que por conta disso ela estava muito salgada, foi quando Guilhermina
disse que o sangue dela era doce, rapidamente fui chamar uma das enfermeiras
pra colher e fazer um bolo, a cara de desespero que ela fez foi impagável,
quase que tentou fugir do quarto. Seu Doidinho ainda nos disse que era guarda
de trânsito e estava distribuindo multas a quem passava rápido no corredor(que
tinha virado uma avenida),ele era uma
figura, deu muita vontade de tirar o nariz e entregar a ele, na verdade ele até
pediu.
Estávamos nós andando pelo
corredor e escutamos uma risada louca bem alta, quando viramos vimos Lucicreide
olhando pra gente e morrendo de rir(kkk) foi muito engraçado, juro que a gente não
estava fazendo absolutamente nada, nem mesmo careta e a mulher tava se acabando
de rir. Ela passou um bom tempo dobrando e desdobrando o lençol, quando
perguntamos o que ela estava fazendo nos disse que estava fazendo um balão! Nós
íamos viajar nele pra Ipojuca porque lá tinha praia e pão de queijo, também
íamos pegar unas roupas dela e rumar pra João Pessoa visitar as filhas dela.
Teve um momento que ela desistiu do balão e resolveu fazer uma trouxa pra nos
colocar dentro e poder levar pra casa, quando fui sentar pra testar acabei
ficando atolado na cama e precisei da ajuda de Guilhermina pra sair. Sim!!! ela
tinha MUITA mala do lado da cama dela, sério, não to brincando, era cheio de
sacola e mala, parecia até que ela tinha trazido tudo de casa, quando perguntei
ela disse que a única coisa que tinha deixado era a geladeira(kkkkkkk). Claro
que durante todo o tempo ela estava se acabando de rir, mesmo sem a gente fazer
nada.
Encontramos também duas irmãs sentadas
no corredor esperando alguém sair para conseguir uma cama, pois as camas de lá,
segundo ela, faziam uma massagem ótima, deu até vontade de deitar pra ver,
chegamos até a combinar de chamar um dos pacientes dizendo que alguém lá na
frente queria falar com ele enquanto as irmãs corriam e roubavam a cama. Subitamente
uma delas começou a agradecer a gente por estar lá, ficamos muito sem graça e
agradecemos, foi bem fofinho.
Ainda nos deparamos com uma
mulher que estava escondida atrás da porta, ela estava reclamando que as
bebidas vinham sem açúcar, então disse que poderia dar pois sempre andava com açúcar
pois era meu remédio, se não tomasse começava a morder as pessoas, aí tomava
sempre que bebia alguma coisa, água, café, sopa, o que fosse líquido eu
colocava açúcar. Guilhermina logo notou que eu estava um pouco agitado, quando
perguntou tive que dizer que meu açúcar tinha acabado e que estava começando a
dar vontade de morder, ela logo deu um pulo pro lado(kkkkk) disse a ela que não
precisava se aperrear pois minha mordida mais parecia uma massagem, não
machucava, ela ficou toda desconfiada e não me deu seu braço pra provar, só quem
teve coragem foi nossa amiga escondida atrás da porta, dei uma mordida bem
caprichada dela, dito e feito, ela disse que não tinha doido, muito pelo
contrário, tinha gostado! Mesmo assim Guilhermina ainda não quis(kkkk).
Sim!!! sempre tive uma vontade
secreta de atender o telefone da recepção,mas nunca tive oportunidade, até essa
semana(kkkkk). Em algum momento passamos por lá e o telefone tocou, rapidamente
olhei pra uma das pessoas da recepção e perguntei se podia atender, aí alguém
disse: pode!! Meus olhos brilharam,e atendi.
- alô quem é?
- é Augustino Bocalarga, com quem
deseja falar?
- é quem? É do sétimo sul mesmo?
Mas nesse curto espaço de tempo
uma das enfermeiras rapidamente veio pra pegar o telefone e cortar meu
barato(kkkk) mas antes ela fez uma cara de estado de choque muito grande, acho
que ela realmente não acreditou que eu ia atender o telefone, inocente... (kkkkkkkkk).
ps: quero registrar aqui que
Guilhermina miou meu plano de pegar uma cadeira de rodas e sair dirigindo pelo
setor, sua sem graça...
Nosso último encontro seria com
minha namorada, a linda Sida, que morava em Arco Verde e tinha vindo visitar o
namorado que conheceu na internet e acabou sendo internada, e o miseravi do namorado só tinha visitado ela uma vez,
por isso disse logo que ela largasse ele, pois ele era muito fuleiro, que eu
era muito melhor, primeiro de tudo tinha cabelo( sim o cara era careca), fato 2,
meu cabelo dividido, logo era uma coisa muito sensual e irresistível , e fato
3, sei cozinhar e lavar prato!! Então ficou acertado que eu já tinha virado o
atual, pra você ter ideia, nem foto do ex ela tinha no celular(kkkkk).
Como sempre, foi muito bom atuar,
porém tanto eu quanto Paulinha estávamos muito cansados do final do semestre e
não podemos dar tanto ao jogo quanto queríamos, ficamos com essa sensação de
culpa, mas vamos compensar na próxima!!
Augustino Bocalarga
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