segunda-feira, 18 de julho de 2016

Na busca pelo setor

Estou ficando craque na arte de mequetrafiar. Eu sei... Mas dessa vez culparei as férias 😛  e disser que jurava que tinha postado, mas ficou só nas notas do cel. Bom, seguindo pras vias de fato... Nós íamos pra nefro, mas tava em reforma. Liga pra pri, liga pra caio, pra aninha, acha tata, fala com caio e fomos pro décimo primeiro andar. Chegando, vimos love story e Luigi. Ops! Mas é no norte... Disseram que uma dupla tinha acabado de sair de lá. E agora? Vamos pro COB! E lá fomos nós! Entra se arruma, frio no estômago (faz tempo que não atuo), sobe a energia (sei que tem alguém olhando e fico com vergonha, mas passa) e vamo que vamos! Primeiro foi uma das meninas da limpeza que tava dobrando bem bonitinho o saco de lixo e nos falou que pra conserguir uma roupa bonita igual a dela tinha que trabalhar lá. Ou limpava (mas tinha sangue, vômitos, xixi e cocôs... ECA!) ou pegava os bebês (que parece bom, mas ela disse que alguns vinham mortos), aí a gente desistiu e ficou com a da gente mesmo. Depois teve o quarto que todo mundo ria sem explicar o pq e tinha um médico barbudo, baixinho e de cabelo preto que tinha roubado o sangue de uma das pacientes. Aí chamaram a gente pra conhecer as amiguinhas. Tinha patati, patata, tico-tico, teco-teco e a pinguim (ela tinha trabalhado no circo quando criança e a gente prometeu que ia levar ela pra trabalhar no Le cirque). Lá a gente dançou e cantou muito com pinguim, teco-teco deu uma palinha da xuxa e falou que quem arrasou no carnaval fou patati, mas ela não quis mostrar como ela ficava arrasante. Também descobrimos que o povo ia "lá pra cima" pela tubulação de ar, mas não sei como o povo passava, era muito apertado! Teve sessão de fotos tbm. Mudamos de quarto, era um quarto chique com dois relógios e tinha um povo alto que queria ser mais alto. Quando mudamos de novo eu notei que tinha um enfermeiro que seguia a gente e dava alta pra todo mundo quando a gente entrava nos quartos só pra gente ficar sem ninguém pra conversar! Mas tudo bem, pq nesse outro quarto tinha uma moça que tinha comido uma melancia inteira e tava querendo ficar mais alta tbm. Assim que entramos nesse quarto o povo tava todo conversando e pararam, mas antes de eu descobri o segredo... SHIIIIII! a acompanhante de uma paciente que tava dormindo pediu silêncio. Como não tinha falado quase nada ainda, repeti pras que tavam conversando: Shiiii... e conversa vai conversa vem. Descobrimos que o bom era quando tudo era preto! Ser preto, casar com preto, vestir preto e ter móveis pretos! assim, quando apagar a luz não vê nada! E curiosas perguntamos: e como faz pra ver se é o marido mesmo e onde tão os móveis? Vai tocando mesmo e usando os outros sentidos! Afinal, o essencial é invissível aos olhos. A médica tava vindo, mas foi pra dar a alta pra outra... e quando vimos, quem precisava da alta era a gente. Tinhamos acabado o tempo. Era hora de voltar, mas senti que podia e devia ter jogado mai, melhor... Não sei. Cair mais no vazio e ter deixado o silêncio pra outra hora. Mas... palhaço pronto é palhaço morto! O palhaço não é o heroi, é o que erra! Saí assim... mas com a certeza que terça vem aí pra me fazer tropeçar mais!
com toda certeza do meu eterno tropeço....
Carlotina Samambaia

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