domingo, 24 de julho de 2016

A pediatria sempre me dá medo. Mas eu gosto tanto...

Olá, DB. Minhas memórias, esse poderia ser o título dessas últimas atuações. Sei que é mequetrefe deixar pra contar o que aconteceu só bem depois. Mas to correndo atrás do prejuízo. Enfim... atuar mais uma vez na pediatria, o setor que eu achava, antes de começar essa minha vida Clown, que seria o mais fácil, o mais simples, afinal são crianças e crianças se deixam levar pelas brincadeiras, pela magia. Engano meu, que setor complicado, que setor difícil, mas que setor mágico. Sei que parece antagônico, mas é. As crianças não são nada fáceis, mas elas carregam uma pureza e uma inocência que dá gosto de ver e, consequentemente, dá gosto de participar de toda essa magia. Pois bem, deixa eu começar a falar o que se passou nessa minha ida à pediatria. Chegamos, eu e Danda, olhamos todos os quartos, fomos até o final do corredor, eu sempre faço isso, gosto de sentir a energia do lugar antes de entrar como Carequinha. Acho que Danda pegou essa mania agora kkkk... nos preparamos, subimos a energia e fomos. Primeiro encontro, ganho um copo de suco de goiaba, obrigado tia do carrinho de comida =). Entramos no primeiro quarto, um garotinho muito simpático abriu um sorriso e olhou para seus pais como quem diz: como assim? Kkkk foi massa, os pais bem receptivos nos deixaram à vontade e as brincadeiras fluíram. Outros encontros no corredor, Laurinha, no começo toda com cara de poucos amigos, mas ela não resiste, é uma das primeiras a entrar na brincadeira, foi isso que aconteceu. Percorremos todo o corredor, fomos até o último quarto, lá um garotinho se encantou com meu sapateado hahahaha.. os meus sapatos, quando atrito contra o chão, fazem um barulho danado, descobri naquele dia. Ahhh... não posso deixar de falar de uma pessoinha que parecia ser bem tranquila, um anjo, mas que se mostrou uma bem elétrica e um tanto quanto desobediente. Essa pessoa é uma garotinha linda, alexia. Mas pense como alexia deu trabalho dessa vez. Ela representou o que é a pediatria, uma caixinha de surpresas e desafios. Alexia, numa outra atuação estava morrendo de medo de uma agulha que iam colocar nela, e isso talvez tenha tirado a energia dela, que s[o focava na possível dor daquela agulha, a gente, nesse dia, segurou na mão dela pra transmitir força, no final ela teve coragem. Mas voltando para a atuação que aqui escrevo, dessa vez alexia estava toda sorridente e sem medo, é tanto que ela disse: “Oi, vou aqui colocar um acesso e volto rapidinho pra brincar com vocês”. Quando ela voltou, queria arrancar nossos narizes, eu e Vesgulina fazíamos de tudo pra evitar os nossos narizes na direção da mão dela. Não teve jeito, houve uma hora que Alexia pegou meu nariz e mudou o lado, ou seja, colocou como se fosse ao avesso. Naquele momento pensei que tinha perdido um nariz. A gente tentou levar na esportiva dizendo que não podia porque a gente não conseguia respirar, mesmo sabendo que ela já é grande o bastante pra entender que aquilo não passava de uma brincadeira, mas acho que funcionou um pouco, porque ela parou e até disse em um momento que eu estava trocando a cor do meu nariz, que eu ia ficar sem ar; ela comprou o jogo e começou a brincar. Depois ela disse que sabia pilotar moto, eu disse que que não sabia, ela então disse que eu era a moto. Pensei, pensei, pensei, mas no final decidi por entrar nesse jogo que ela estava tentando comandar. Lá fui eu pelo corredor com alexia nas costas, ela parecia ter o peso da minha mochila que levo pra faculdade, imaginem então como ela é magrinha, esse foi um ponto decisivo para que eu aceitasse que ela me fizesse de moto kkkk... depois de muitos olhares de médicas e enfermeiras, acho que achando aquilo um perigo para ela. Decidi parar com a brincadeira, nesse momento acho que Vesgulina deve ter puxado um outro jogo, ufaa... no final deu tudo certo, apesar de tudo a gente sobreviveu. Fomos para o quarto descer a energia e nos trocar, mas antes, assim que entramos no quarto, de narizes já abaixados, olhei pra Danda ela olhou pra mim e surgiu um “CARAMBA”, que atuação.    

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