quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Why you gotta be so rude?


Tough luck, my friend, but the answer is no! 

Escrever sobre um dia tão distante é tarefa pra lá de difícil... Recordo apenas flashes do que não foi lá o meu melhor dia. Lembro de não ter sido tão bem aceita pelos pacientes e de não encontrar tantos olhares abertos a mim e ao meu MCM. Lembro mais ainda de me mandarem pilambetar, como se eu estivesse ali sem propósito algum, como se meu próximo passo fosse mais uma "piscina vazia", infértil e sem sentido. Me mandaram cantar e as músicas não vinham à minha mente. Me mandaram dançar e não consegui dar passo algum, porque me doeu cada expectativa vazia. 

- Ei, ei, eu quero te oferecer luz. Ei, ei, me deixe te olhar. 
- Olha pra mim e vamos descobrir juntas esse vazio.
- Brinca comigo e vamos imaginar um mundo melhor. 

Gritei tanto isto... Nenhum ouvido foi capaz de me ouvir, a não ser o dos funcionários do HC que, estando ali todos os dias, mal sabiam que uma pitombinha poderia ser a alegria de uma boneca destrambelhada. 

- Minha pitombinha!

Mas nela guardei minhas roupas e fui embora do andar que menos me sorriu, me olhou ou me deu espaço. Outras vezes, vi que errei muito junto com meu MCM... Mas a sensação dessa vez foi que a gente fez o que nos cabia. A lição de hoje é que nem sempre o outro está aberto e disposto a receber aquilo que queremos ofertar. 

Como nenhum dia é unicamente ruim ou unicamente bom, digo que hoje amei estar com Plínio e em alguns segundinhos, enquanto ele era xavecado pelas funcionárias, me dei conta de como eu estava feliz em dividir essas segundas feiras com ele... Por mais que eu me imaginasse em incontáveis combinações com os meus outros amiguinhos, com ele tudo se encaixou... Até mesmo o começo desencontrado! Afinal, é isso que mais somos: atropelos e bagunça, mas sempre naquela vontade infinita de amar. 

Luzes em forma de beijos, 
Martina Mandacaru

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