sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Muito o que pensar

   Se alguém ler isso, não me achem muito estranha não. Eu sei que tipo, atuação externa na pediatria, com um grupo de palhaços, parece ser um sonho de consumo, mas não sei se foi o dia ou como eu estava, mas simplesmente não achei tão legal assim.
  Tinha atuado pela manhã na onco e atuação tinha sido bem legal, e estava realmente muito animada para ir à tarde. Apesar de saber que atuar duas vezes no mês mesmo dia, subir a energia duas vezes podem ser desgastantes para qualquer qualidade de atuação, eu realmente estava empolgada em atuar.
Infelizmente uma situação chata aconteceu antes de eu ir e tipo uma bola de neve começou a acontecer. Fiquei chateada, ai depois fiquei mais chateada porque tipo não estava mais 100% para a atuação. Só isso já serve para baixar a energia, mas fui mesmo assim.
   Teimar acho que foi o meu pecado. Ficamos em um grupo de cinco e tipo o grupo tá só com gente linda e cheia de energia: Flora Pinica, Martina Mandacaru, Josefina Chapelina e é claro meu MCM Pandolfo Bufaflor. Diante de pessoas com tanta energia, não consegui me encontrar. Em muitos momentos me senti apenas parada observando. Não que não tenha visto algo ruim, pelo contrário, a forma como esse pessoal conduz os blocos naquele hospital só pode ser descrito como mágica.  Mas mesmo assim minha inércia me incomodava bastante. Além disso, muitas pessoas tornam mais difícil ter coesão nos jogos ou conversas.  Para mim os melhores momentos foram aqueles em que reencontrei os meus velhos companheiros da nefro e pude desenvolver minha dinâmica com eles, entre eles: Risadinha, Musa, e Comandante. Novamente me pergunto, estou acomodada? É muita astúcia mesmo, mal tenho uns seis messes de palhaço e já estou acomodada.  Na pediatria foi mais aquela confusão, encontramos novamente gente mais energéticas e mais altivas até mesmo do que nós, e foi tanta energia e rapidez que meio jeito, acho que não se encaixo. Me encantou os momentos em que fiquei brincando com os bebês tentando encontrar o olhar deles, ou fazer eles encontrarem os passo de dança de meus pés e mãos.
   Enfim novamente encerro esse diário (os dois são do mesmo dia, então ainda não deu para pensar) será eu me acomodei? Será que sou morgada? Preciso mudar, ou meio jeito é que não combina com essa explosão de energia? Isso é só uma crise existencial, porque talvez não tenha entrado na energia certa na atuação? Uma atuação pode mudar os estado de espírito de alguém, ou ele pode atrapalhar a atuação? Essas dúvidas são só minhas?

Como vocês podem ver, meu recesso vai ser repleto de reflexões...

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