Prezado Pandolfo,
Vamos
deixar de formalidade né, afinal você sempre será meu MCM. Sei que agora você
está com duas lindas flores e vai esquecer desse microfone aqui, mas a partir
de agora eu vou te contar como estão sendo os meus dias e meus momentos nas
atuações, para que sempre que você ou qualquer outro MCM de outra dupla
precisar, tenha aqui, um pouquinho da palhaço sobre meu olhar. Sei vocês já
estão cobertos de abelhas, devido a tanto doce, então, lá vai.
Hoje atuei pela primeira vez com Niveta, minha nova MCM. Quem a vê
pensa: olha que meiga, que delicada, que bailarina. Minha gente, ela não é assim não. Ela é bem
mais, de seu sorriso calmo e sua postura elegante sempre surgem um jeito
envergonhando muito engraçado, e uma malandragem única. Realmente vamos ter encontros
muito bons pela frente, vamos aprontar muito. E para agitar o clube da
Luluzinha, recebemos a visita ilustre de Caquito Grilo, com toda sua maestria,
safadeza e disponibilidade. Pandolfo, pude mostrar um pouco do nosso jeito bem
correto de subir a energia, conduzi uma dança muito culta e tradicional,
chamada a Moriçoca Soca, Soca.
Decidi esse semestre diminuir o falatório,
inclusive nos diários, será que vou conseguir? Dan, Dan, Dan. Por isso, vou
citar alguns momentos bem especiais: No quarto, com duas lindas, consegui fazer
Caquito casar, separar, ser chifrado, isso com quatro mulheres, incluindo Niveta,
e todo esse jogo surgiu de um desenho, que trazia escrito: Norma e eu “sem
intenções”, li Corna. Nesse quarto, fomos convidados pela filha de dona Amara a
ir no seu quarto para visitá-la. Dona Amara é alguém que me lembro de outra
atuação, acho que você vai lembrar que na atuação passada, me abismei como uma
simples dança boba consegue deixar alguém tão feliz. E novamente, me deparo com
uma senhora linda, disponível, com aperto de vó, com olhar de amor, com
conversa boa e que o sorriso ilumina a alma de qualquer um. Dona Amara, me
fazes amar a vida e acreditar que as vezes, mesmo com tantos problemas, a
pureza, a magia e a beleza de uma criança, ficam vivas enquanto podemos
respirar. Ao seu lado na outra cama, uma paciente sentia muita dor, e fiquei
feliz que a mesma mão que acalentava suavemente a mão de dona Mara, conseguia
trazer força para aquela mulher. Novamente naquele mesmo quarto, consigo ver
que fingir ser um balão diante do ventilador pode arrancar pureza de uma eterna
criança e enganar a dor por alguns minutos.
E olha que mundo pequeno, a filha da dona Amara, morou muito anos com
ela em uma praia chamada Bertioga, praia esta que uma amiga minha chamada
Lívia, quando pequena foi. Nesse local, ela comeu churros vendidos na praia, e
nessa data a única pessoa que vendia churros lá, era a filha da Dona Amara.
Tá vendo Pandolfo, se até um dia, a vendedora de churros encontra com
sua cliente mirim gulosa, um dia novamente vamos nos encontrar, e vou poder te
passar, tudo que aprendi com essa nova iluminada MCM nos nossos encontros, e
com essas novas experiências que prometem para esse novo ciclo, serem mágicas!
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