quinta-feira, 29 de junho de 2017

A manhã, ela não é fácil



DB,

mais uma escrita atrasada hehe. Mas lá vai...

Esse dia teve alguns atropelos: Evinha não pode ir, pois estava muito doente no dia [:(] e o ambulatorio da Onco, onde originalmente deveriamos atuar, estava totalmente vazio nesse dia. Fomos realocadas, então, para a enfermaria da Onco. Chegando lá, já notamos que o setor estava agitado, com as atividades dos profissionais a todo vapor. Além disso, muitas portas ainda permaneciam fechadas. Mas, subimos a energia (depois de uma massagem delicinha em cada uma) e partimos para nossas aventuras.

Foi um dia de muitos "nãos". As pessoas não estavam abertas, havia muitos pacientes debilitados e, como já falei, muito movimento no setor. Eventualmente, quando estavamos em um quarto, entrava alguem da enfermagem, da psicologia, da nutrição, da medicina. Permaneciamos quando possível, saíamos na maioria das vezes. Quando conseguíamos um espacinho, recebíamos uns nãos bem diretos do tipo: “a senhora quer que eu faça uma massagem?”, “Não, vá ver se não tem ninguém nos outros quartos que queira”. Então, assim nos retiramos.

Mas, sem desistir, tivemos alguns encontros legais: uma senhora que foi batizada de Negativa Dirmantelo, e que adorava conversar. Nos ensinou uns passos de dança e disse que admirava nosso trabalho e que queria nosso contato. Passamos o facebook de Diana Vendaval, mas parece que ela estava sem internet, pois não encontrava de jeito nenhum a página... coisa estranha! Em outro quarto, encontramos um senhor que de inicio dormia, mas nos convidou a entrar assim que viu nossos narizes. Entramos, falando baixinho pois seu companheiro ainda dormia. Ele estava deitado em um jardim... Nos contou que era porque ele morava em um sítio, que tinha tooodas essas flores. Lá, ele trabalhava na roça, cuidava dos animais, consertava piso, o que tivesse pra fazer. E a filha do lado dizia: a gente tem que controlar ele, senão ele quer fazer tudo! E ele ainda nos convidou pro São João, porque lá tinha milho e bacamarte (que ele fazia parte) e sua filha ainda ia nos ensinar a dançar forró (e a atrair um par para dançar com a gente).

Na saída, ainda demos de cara com a funcionária que distribui as comidas. Ela, muito atrevida, criticou a maquiagem de Xena, dizendo que era “muito feia, principalmente os pontinhos que ela colocava nos olhos”. Rebati, afinal ela também tinha pontinhos em toooda a face (#TeamXena).

E partimos... a sensação não foi tão boa, de dever não cumprido, de atuação difícil, de tropeços. Mas são nos tropeços que aprendemos. Palhaço pronto é palhaço morto!

Obrigada Xena, mais uma vez!

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