Começo esse diário que está atrasado, dizendo que tudo foi intencional
para ele seguir juntamente com o diário que depois vai vir. Mentira. É porque
meu computador quebrou. Mentira. Nossa, mentiras são ruins, atrasam nossa vida
e são a pior forma de machucar alguém, mas se você pegar uma cadeira de
hospital, duas palhaças maluquinhas e um olhar criativo de criança, a mentira
pode ser torna algo realmente diferente de todos esses passados ruins.
Minha relação com criança é
bastante dúbia, saída de uma péssima prova de pediatria, ir para o ambulatório
de pediatria e algo realmente nada a ver, mas novamente existe algo de mágico
nessas escalas da palhaço que nos fazem retomar nossa paixão pelas coisas.
Ao chegar lá com minha MCM linda, fomos tomadas por tanta fofura,
travessura, e sapequice, que realmente não deu para não se encantar. Naquele
dia entendi que um paciente pode estar doente e com um estado geral bom, a
ponto de quase derrubar um leito “ brincando”. Fora isso vimos bebês, ligamos
para meninas, e brincamos de estátua com duas peças muito malandras. Com um
deles, João, começamos a brincadeira da mentira. De repente aquelas cadeiras se
tornaram as provedoras da verdade ou da mentira para quem sentava nelas, uma
dança das cadeiras e da honestidade se deu, mas o resultado foi por incrível
que parece apenas diversão e amor.
No próximo texto falo ainda de projetos
de crianças, e como no filme do “Curioso
Caso de Benjamim Button”, peço para vocês virem comigo nesta regressão.
E começo a jornada com parte
dessa frase que peguei do Pensador, de Martha Medeiros, adaptada por mim:
“Sou uma
mulher madura
Que às vezes anda de balanço
Sou uma criança insegura
Que às vezes usa salto alto...”
Que às vezes anda de balanço
Sou uma criança insegura
Que às vezes usa salto alto...”
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