oieee,
Após quase seis meses sem produzir diários de bordos, declaro início a uma longa maratona para finalizar o meu atraso, chamada "Colocando os Atrasos em Dia", ou também conhecida "Dudu deixando de ser sem-vergonha". Vai, é noix!
Lembro-me que estava com saudades de atuar, principalmente daquele friozinho na barriga e do nervosismo inerente que sempre bate na canela. E, claro, da Cambalhota! rs Finalmente, após uma semana sem atuar, voltamos às atuações justamente no 7º andar, setor no qual tivemos a menor fluidez. Muitas coisas aconteceram naquele dia. Talvez por não estarmos tão bem... Ou pelo fato do fluxo da enfermeira ser daquele jeito mesmo... Não sabemos...
Entretanto, como diria Tatssss, quando estamos bem tudo parece ser mais fácil. O que faz termos maior fluidez depende de nós mesmos. E como foi excelente a atuação! Praticamente, todos os quartos nos receberam bem, todos foram bem receptivos, não sentimos nenhum tipo de rejeição, brincamos muito! Isso ajudou bastante! Acredito que o nosso maior combustível foi essa vontade de voltar a atuar de fazer o bem ao próximo, sem pensar muito, sem raciocinar muito, sem dar chance aquele pensamento"aaaiiin, será que to fazeno direiiitxxxo?". Isso não importa quando subimos o nariz. Não importa. Tudo que você fizer em cima picadero é válido! E o mais gostoso de tudo isso é a retribuição dos pacientes. E nesse dia, a retribuição passou dos limites! rsrs
Até então, nunca tinha visto uma enfermeira no qual os pacientes e os seus acompanhantes jantavam juntos na mesa do corredor, conversando e assistindo TV. Meu Deus! Vimos aquilo como prato cheio! Era pra explodir! Nossa euforia foi tanta, que o Seu Eustáquio se empolgou e foi, como quem quer nada, me entregou 50 conto! E disse: "o meu fi, pra vc tomar uma guaraná com a mossa ali embaixo". Aí eu fiquei: "WHAAAAAAAAAAAAAT?" A cara de Maricota foi impagável. rsrs Ela se surpreendeu tanto com ação, que terminou respondendo por Tayanne, e não mais por Cambalhota: "Mas Seu Eustáquio, nós não precisamos disso... Dudu devolva, vá". Entretanto, eu queria brincar com o fato, e disse: "Mas eu meeeixxmo não, se tu não quer, eu quero! Tomar meu guaraná sozinho, tu soooix besta, é?" Mesmo assim, não deu certo. Tatssss tava muito surpreendida com tudo e me chamou pra continuar andando pelo corredor, e assim fomos.
Porém, aquilo ficou marcado na minha cabeça a atuação inteira. rsrss Ao mesmo tempo, achei um absurdo um paciente ter a iniciativa de nos pagar por aquilo que é voluntariado, mas também me senti valorizado: "q legau, o paciente gostou tanto que nos pagou". Claramente, uma situação muito hilária, mas também incômoda pra gente, pois poderia gerar qualquer comentário desagradável dos pessoal de Staff em relação ao nosso projeto: "aaah, agora tão recebendo dinheiro do pacientes né??".
Ao fim da atuação, insistimos umas duas vezes para entregar o dinheiro de volta ao Seu Eustáquio. Uma vez com os enfermeiros, mas não achamos legal entregar a terceiros. Depois fomos lá, mas ele não aceitou... Não queríamos insistir mais. Ficaria chato. Já era tarde, eles precisavam dormir. Saímos de lá surpreendidos, mas sabíamos o que fazer com o dinheiro... Cenas do próximo capítulo! rsrs
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