domingo, 13 de dezembro de 2015

A cocheira ataca o décimo e é sagrada campeã HCense de Dominó!

Não acho que seja possível uma atuação ser ruim. Existem as fantásticas, as excelentes, as muito boas e as boas. Essa foi uma da boas. Não sei exatamente o que foi, mas tava difícil manter a energia. Talvez o fato de o hospital estar beem vazio, já que era feriado, não sei. Roberto teve uma importância enorme nessa manutenção, não sei o que seria de mim sem meu MCM.
Antes de começar, Roger comentou sobre planejar o que ia falar, e percebi que estava fazendo o mesmo. Comentei com ele e pra mim mesmo: ei, nada de planejar. O jogo vem e só nos resta estarmos prontos para recebê-lo. Não podia me deixar na mequetrefice a toa assim, né?
Começamos e tivemos grandes encontros. Um deles, foi com um senhorzinho que já tinha sido palhaço, num determinado momento da vida. Ele atuava num Pastoril, e até conseguia arrecadar uma grana! Ele perguntou se nós ganhamos algo, ao que respodemos "só histórias como a sua",  e te digo: é bem melhor que dinheiro, sabia? Afinal, ele se converteu ao protestantismo e deixou a palhaçaria. Ele alega que isso é coisa "do mundo", e que ao aceitarmos Jesus, devemos deixá-la. Respeito a posição dele, mas discordo bastante. A palhaçaria é sim coisa do mundo, porque nós somos do mundo. Não sou religioso, mas tenho minha espiritualidade. Pra mim, o importante é deixar marcas positivas por onde quer que passemos. A Palhaçoterapia é um modo de fazer justamente isso, e só o fato de ele ter passado tanto tempo com dois palhaços tão mundanos, me deixa ainda mais convicto disso. 
Prosseguindo, entramos numa disputa dominoresca com Carlinhos, uma figua já famosa no hospital. Gostaria de dizer duas coisas: 1 - ele é uma simpatia, nos deu váários sorrisos e brincadeiras; 2 - Luigi mostrou-se extremamente habilidoso no manejo daquelas pequenas peças retangulares, um talento até então desconhecido. Ganhou o troféu e o dividiu com o MCM (exceto pelo fato que não existia um troféu, mas para fins palhacísticos, teve sim!).
As nossas atuações me confirmam sempre aquilo que já sei, mas às vezes me esqueço: não adianta planejar nada!! Cada atuação é completamente ímpar. É sempre um novo picadeiro, novos encontros, novas cagadas, novas cartadas... tudo novo, a não ser meu MCM, que tá comigo sempre *-*

PAM! Despedida no meu "portal duplo de cor prateada"

" Antes de prosseguir, eu queria compartilhar com todos vocês o quanto esse primeiro dia de atuação foi importante pra mim...ainda durante o vestibular passei por diversas situações difíceis de lidar, situações que, ainda hoje, me atormentam bastante, mas que ao mesmo tempo me fizeram crescer bastante, que me fizeram sempre valorizar o que a gente carrega aqui dentro (ou pelo menos tentar com nobre vontade)... e, em meio a tudo isso, uma das minhas rotas de fuga era me ausentar fisicamente dessas situações que me causavam um pouco de amargura. Como fazer isso?Imaginando! Eu me imaginava como médico e agindo de forma singular com aqueles que precisavam, agindo onde QUALQUER remédio/tratamento não pudesse chegar...eu me imaginava sorrindo, conversando e ouvindo cada uma daquelas pessoas. E, não por coincidência, eu me imaginava um oncologista. Eu entrei na faculdade querendo Onco e, até o momento (e cada vez mais), eu alimento esse desejo aqui dentro de mim. Outra "curiosidade interessante": Na minha primeira semana de aula eu entrei de enxerido no HC pra tentar explorá-lo ao máximo e logo de cara dei de cara com a salinha da Onco.Fiquei com medo de não ter permissão pra entrar lá, mas até hoje lembro daquela porta dupla de vidro de cor prateada e com uma plaquinha da oncologia(...) Amandinha estava guiando Melo e eu pelos corredores do HC quando de repente...PAM! "porta de vidro dupla de cor prateada"...meu antigo portal!"
É com muita emoção que eu me pego lendo esse trecho do primeiro DB de Virgulino... Muito agradecido por tudo que o projeto me proporcionou, por todas as pessoas que eu conheci nas atuações e pela grande amizade que construí com minha MCM! Tá chegando o fim do nosso primeiro ciclo, mas eu tenho absoluta certeza que, onde quer que a gente vá atuar ou com quem, a gente sempre vai correr o risco de lembrar das coisas que passamos nessa fase inicial.
E qual o melhor presente de aniversário/despedida do primeiro ciclo no PERTO? Me despedir com direito a Onco!!! Meu povo, tenho que dizer a vocês... acho que brotou gente até das paredes essa semana, porque a gente nunca viu a Onco tão lotada como agora! Vão desculpando um matuto meio esquecido do juízo, mas vou contar tudo que vem à cabeça e talvez fique meio desorganizado, já que foi muita informação/brincadeira pra essa atuação kkkkkkkkkkk
A melhor sensação foi chegar em "casa" e logo de cara ouvir um "Vocês de novo? ainda bem que voltaram" e a comadre da limpeza tirou logo onda com Melo mandando um "Oxe, e essa já é outra?" kkkkkkkkk
Nos vestimos e saímos ao encontro de velhos rostos! Como foi bom rever uma animada equipe de limpeza, uma animada equipe de enfermagem e, principalmente, o grupo de pacientes/ conhecidos mais animado de todos!!! Reencontramos antigos rostinhos, como o de Dona Jo que, mais uma vez, disse que não iria me levar pra sua casa e me atolar de comida como disse que faria com Maricota. Logo ela, a genial inventora da frase Cemitério é quem come só! Outro rosto conhecido foi o de D. Sebastiana e a neta dela! Foi muito bom ter tido aquela memória flash e aí lembrar que na enfermaria de Onco, durante as nossas brincadeiras, a neta dela disse que Virgulino dava um caldo e que seria muito bom o ensinar a fazer uma "sopa de ossos", obviamente nós já sabemos de onde viriam os ingredientes dessa sopinha. Encontramos ainda a mãe e a avó de Heitor (um menino que levantou muito nossa energia numa outra atuação na Onco)...infelizmente meu fiel companheiro de fazer raiva a Maricota não pôde ir! Mas nem por isso elas perderam o compasso! sempre riam muito com as brincadeiras que fazíamos na recepção.
Mais uma vez: Como é bom ultrapassar aquele meu portalzinho prateado!!!
Encontramos ainda rostos novos: tinha o Sr Kim e sua filha Kam, dois coreanos que fizeram um book conosco! Todos riram muito quando a eu disse que ia dar confusão se o filho de Sr. Kim aparecesse la no ambulatório e desse em cima das enfermeiras e de Maricota.
Depois disso, só me lembro de fotos!!! uma, duas, três, dezenas! Que energia boaaaa a desse povo lindo!!! A sala tava lotada de gente, todas as cadeiras estavam ocupadas!!!!!! tenho que admitir que assim que passamos, senti um frio na barriga, mas depois....Caraiiiiiiiiiiiiiiiii, muito bom!!!! Sou apaixonado pela Onco, sou paixonado por esse Projeto!!!! Não posso deixar de destacar um dos sorrisos mais fortes e altos que ja escutei!!! kkkkkk era de uma senhora que estava sempre disponível pra brincar! E também estava fazendo uma toquinha pra mim!!!!
Maricota, Melo... Muito obrigadoooooo por todo o aprendizado! Obrigado pela paciência de sempre com minhas doidiças e com meus atrasos! Muito obrigado por me ajudar a encontrar o palhaço". Já to com muuuuuuuuuuuuita saudade. Xero nos zói de cada um de vocês!!!

sábado, 12 de dezembro de 2015

Transplantando encontros e memórias

Boa noite, Berê.
Essa semana nossa terça de toda semana era feriado, maaaas quem liga?fooooda-se nos vamos atuar mesmo assim e lá fomos nós para o 10º andar, los transplantados nos aguardavam.
Na verdade nao tinha ninguem transplantado porque nao ta tendo transplante, maas não vem ao caso.
Dessa vez,começamos do meio do corredor e apesar do andar ta um pouco vazio, havia poucos quartos ocupados e no começo achei que não ia demorar tanto (sabe de nada, inocente, a gente perdeu a hora e acabou saindo só 6 da tarde), mas foi irado e dessa vez eu tinha conseguido dormir direito o que foi otimo, tava no gás pra atuar.
4 momentos se destacaram dessa vez, e decide escrever só sobre eles , pq?pq eu que mando marrapaaaz.
Primeiro de todos na verdade foi meio proibido euheuheuehuheueh , mas o motivo ficará em off porque o que ocorre na cocheira fica na cocheira, esse foi aquele tipo de encontro que você sente a necessidade da pessoa desabafar,conversar.No início ele tava receoso,calado, só observando as palhaçadas, mas depoiis ele controlou tudo e começou a conversar e aquele momento ficou claro, não importava o quanto a gente tentasse mudar o jogo ou a direção da conversa, ele tava sob o controle e pra quê mudar ne mesmo?Não sei quanto tempo levou na verdade, no final eramos dois palhaços na cabeceira duma cama ouvindo historia de um antigo palhaço, isso mesmo ele já tinha sido palhaço em uma epóca distante e se orgulhava de todas as suas melhores cenas que o público adorava e ,como ele mesmo fazia questão de realçar, era tudo pago, ele passava com a caixinha e tudo e dava muito dinheiro, a lição desse encontro foi o que meu MCM falou na preparação: não planeje nada, lembra? E foi ali que me dei conta, não importa o quanto você ache que um jogo é legal e interessante, a reação do outro sempre será uma surpresa e essa é uma das belezas do tal vazio.
Segundooooooooooo,foi o tão comentado carlinhos, já disseram que ele era legal, outros que ele era grosso, dizeres a parte, o encontro foi numa mesa de jogos numa das areas de convivência do andar, foi o que me pareceu, pois ele estava lá jogando dominó com dois colegas, chegamos e quando menos perecbemos estavamos lá: um campeonato de dominó, Luigi se sagrou o campeão, esse caba se garante demais viu vou te contar.
O terceiro e o quarto foram no mesmo quarto  e foi o primeiro do corredor e o último do dia, conhecemos marta e paulinha, uma delas tinham como programa preferido desenhos e por coincidência era mãe de umas amigas nossas da faculdade que faziam aniverário na quarta feira, mundo pequeno mundo redondo, ela era muito simpática, internada há mais de 10 meses e mesmo assim lá tava ela com um sorriso no rosto o tempo todo, enquanto as vezes com uma topada a pessoa já fecha a cara, coisas do mundo nem sempre fazem sentido. Paulinha foi a mais hilaria de todas euheuehuhe, alto astral lá em cima , depravaaaadaaaaa falou da bundona de Luigi, cá entre nós é grande mermo, e super comprou todas as brincadeiras, ela lembrava até de outros palhaços passados, memória booooa.
No mais é isso minha querida Berenice.                                                               Vlw flw

Encontrar e Reencontrar sempre !!

Oiiiii DB, como sempre, eu sendo mequetrefe :( desculpa

Mas vamos lá.

A quinta começou com cheirinho de saudade e gostinho de muito carinho. Como não poderia ser deferente, um bom filho a casa torna. Fomos atuar na onco e logo me lembrei da nossa primeira atuação, me sentia feliz e com saudade.

Logo de cara nos assustamos um pouco, pois nunca tínhamos visto a onco tão cheia. Mas continuamos, ao chegar já fomos recebidos com um " Vocês voltaram que bom " e uma " Essa é outra", ai ai ... Esse Virgulino e danado mesmo. Quero deixar registrado que a onco é definitivamente apaixonada por Zé, é incrível como ele fica feliz quando está lá, leva o jogo de uma maneira maravilhosa, e eu amo amo amo isso.

Nos trocamos e saímos. Encontramos tantos rostinhos conhecidos. Brincamos com Dona Jo, uma senhora conhecida nossa haha que disse a maior lição da vida - " Cemitério é quem come só" kkkkk melhor pessoa.

Seu Kim e sua filha "Kam", esse não é o nome dela, mas ficou sendo na hora da brincadeira, Eles são super animados, tiraram varias fotos nossa e disseram que iam mandar para a Coréia. Maricota já se sentiu a modelo internacional haha

Encontramos também a Dona sebastiana e sua neta ( acho q é neta ), ela que adora uma sopa de ossos né seu Virgulino ? aiai. A mãe de Heitor também estava, sem Heitor dessa vez, sentimos falta dele.

Nunca escutei tantos elogios e agradecimentos. Foi tão lindo, não sei explicar.
O melhor momento foi a gargalhada de uma senhora, que contagio todos, ninguém conseguiu ficar sem sorrir, e nesse momento escutar um " obrigada por vcs terem vindo, só assim a gente se diverte um pouco"
Tiranos muitas fotos, vaaarias. E ainda teve abraço triplo em Jonathan !!!


Acho que nossa atuação foi de verdade um encontro, um reencontro. Foi felicidade de encontrar cada olhinho daquele, foi sentimento em cada abraço.

No próximo ciclo não sei quem será minha dupla, mas tenho certeza que os encontros e olhares serão magníficos.

Porém, ficarei com saudade do meu Virgulino, Zé, matuto, Romântico...

aaah!! Eu ganhei chocolates dessa vez, já não era sem tempo kkkkk brincadeira. Eu adoro as flores :P





FOME!

Última atuação desse ciclo. Última atuação com Nathi. Última atuação com Angelina LeiteNinho.

Chegamos ao 5º andar, corredor silencioso. Os quartos ou estavam vazios ou as pessoas que estavam neles estavam dormindo. As poucas acordadas não estavam muito receptivas, uma pena. A hemodiálise estava mais animada, mas a maior parte das pessoas estava descansando. Entramos Dona Vera e Henrique, mais tarde falo melhor deles Naquele dia nós realmente encontramos os funcionários. Quase todos eram muito receptivos e iniciavam jogos conosco. Diziam que éramos linda e fofas heheheh. Por falar em funcionário, queria entender porque quase sempre os médicos não interagem com a gente. Por sinal, os que estavam em NEFRO eram, de longe, os mais azedos que "encontramos". Que povo mais sem amor no coração!

Henrique, no começo, só nos desprezou. Disse que a gente era feia, mas toda vez que olhávamos para ele, ele estava olhando pra gente. Huuuuummmm... Como estávamos sendo esnobadas por ele, decidimos mudar os ares. E foi aí que encontramos Dona Vera. Ela adorava cantar, cantou em inúmeros idiomas para a gente. O problema foi que ela começou a nos "alugar", toda vez que ameaçávamos nos afastar, ela segurava a mão de Angelina. Eu comecei a me sentir sufocada ali, sentia que precisávamos encontrar outros olhares, foi aí que minha energia começou a baixar. Em um determinado, ela parou de cantar e começou a conversar com a gente. Falou de sua vida, de sua doença, de como era feliz, até aí estava tudo ótimo, ouvir aquela experiência de vida além de agradável, estava subindo minha energia, até ela tocar no assunto "religião". E tudo começou a desandar... ela disse que não gostava dos judeus porque eles não aceitavam Jesus. Nessa hora, minha energia quase zerou, olhei ao meu redor e procurei um olhar. Alguém. Os enfermeiros estavam longe, os pacientes olhavam para a televisão, Angelina olhava para Dona Vera, e eu... olhava pro nada. Fechei os olhos, respirei fundo, pensei nas bolinhas. Elas estavam imóveis dentro de mim, tentei fazer com que elas se mexessem. Mas outra coisa se mexeu na hora, era meu estômago reclamando que a fome tinha chegado! Angelina, estou com fome! Eu soube que vai ter bolo na Copa! Vamos! Enquanto saíamos da hemodiálise, Henrique nos chamou (aaahh agora você quer a gente né?).

Primeiramente, gostaria (na verdade, não gostaria, mas enfim :( ) de dizer que eu fui muito mequetrefe nesses dias, absolutamente, totalmente e outros inúmeros "mente" mequetrefe. Demorei uma eternidade para escrever aqui, não sei o que aconteceu, eu sentava para escrever e não vinha nada, absolutamente nada. Essas duas últimas semanas não foram fáceis, o período estava (e ainda está) acabando comigo, sinto que passei esse semestre vivendo para a faculdade, sensação péssima! Viver não é fácil, não é mesmo, Emílio? Por falar em viver... outra história terminou nesses dias, Allef Bruno. Pelo que eu ouvi, uma das causas teria sido a temida "pressão do vestibular". É muito triste quando histórias acabam muito mais cedo do que deveriam acabar.

PS: Dia desses eu estava pensando em um trecho de Harry Potter, mas como faz muito tempo que eu li, eu não lembrava direito como era este trecho. Então eu pensei: "Simples, basta eu dar uma olhada no livro e relembrar!". E quase que instantaneamente lembrei que o livro está muito longe daqui, em Caruaru, mais precisamente. Será que já terminaram o 1° livro? Será que gostaram? Nesses momentos eu esqueço das inúmeras tristezas e decepções que nos acometem em nossos dias. Acho que são esses pequenos detalhes que nos fazem seguir em frente, que nos fazem viver. Viver nos possibilita encontrar, cativar, nos possibilita inúmeras outras coisas boas. Mas para viver, precisamos nos jogar no vazio, não precisa ser sempre, mas que tenhamos momentos para sentir aquele friozinho na barriga que o vazio nos proporciona.

Estarei esperando ansiosamente pelo próximo ciclo!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

NEFRO COISA MAIS LINDA DO MUNDO

Oi, Zahir!
 
Meu plano era ter te escrito assim que eu chegasse em casa, depois da atuação, ainda na segunda-feira. Fui mequetrefe, me desculpa.
A vida não tá lá muito fácil nesse finalzinho de período, mas a atuação me fez um bem danado.
Ao chegarmos na nefro, eu e minha MCM mais linda do mundo nos aprontamos e nos preparamos para subir a energia! 
O nariz de Roxele ficou ao contrário, desce e sobe de novo. AGORA SIM!! Hora de se jogar no vazio.
Eu classifiquei a nefro, depois dessa atuação,como o setor mais mordidinha na bochecha desse ciclo. É tudo muito massa! A galera encontra e interage muito!!
Os funcionários, os pacientes... Todo mundo pareceu estar extremamente receptivo e disposto a encontrar, e isso é lindo de mais!
Ao invés de fazer como eu sempre faço, tipo uma sequência temporal dos acontecimentos, registrando o que aconteceu com detalhes, queria focar nos encontros e nos momentos que me marcaram mais.
Pois bem, encontramos logo de cara um quarto cheião de mulher (mulher pra caramba): Sra "Não", Ana Maria, Ana Patrícia, Aline, Magdala, Iolanda (https://www.youtube.com/watch?v=zj0CkqNu5nY), Severina e Shirley. 
Ficamos doidinhas, né? Desses quartos saem os melhores jogos e encontros de todos.
Deu pra fazer uma interação massa. Enquanto estávamos lá, eu observava sra "Não", que estava bem quietinha deitada na cama. Ela parecia não querer muita conversa. 
Tudo que a gente falava pra ela, ela respondia com "Não". Era não o tempo inteiro, inclusive depois quando dissemos que íamos embora.
Saldo: umas costelas a menos (Sra "Não" disse que eu tenho 3 costelas-a minha sorte é que o cinto segura tudo pra eu não desmanchar)e o abraço de "não" <3
Vagando pelos corredores encontramos seu Vicente. Ele tava sozinho no corredor, esperando pela esposa, Miriam. Fomos falar com ele.
Ele disse que já trabalhou com tudo nessa vida, elogiou a nossa voz e nos deu uma lição de carinho, enquanto falava do amor da vida dele. 
O encontro, dessa vez, não se deu pelo olhar, e sim pelo toque, pela voz. E que encontro!
Conhecemos também Frajinha, Lucileia e Val. Franjinha nos contou sobre um romance que ela estava lendo. Ficamos curiosas e voltaremos para saber do final.
De volta para os corredores encontramos com um enfermeiro que tentou nos amargar HAHAHA Mas não descemos do salto! (Vai ter volta)
Em seguida, Rafa e o homem das teorias nos contaram sobre como toda mulher é ninja e todo homem devasso, veja só!
Queria revelar também o meu grande amor por Zefa, que trabalha lá no setor. Que pessoa incrível!! Ficou lá, toda maravilhosa desfilando quando passava por nós duas, arrasando! Lindona <3 Quem dera todas as pessoas levassem os dias com essa leveza, flor!

Foi show

Vanessa Vesgulina

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Charadas, despedidas e muito amor

Querido DB, estou mto atrasada pra te contar sobre minha ultima atuação desse ciclo, tava tão ansiosa pra compartilhar esse momento, mas as obrigações me impediram de te escrever antes =/ Sorry! Bom, essa última atuação teve um gostinho diferente por diversos motivos. Um deles foi pq eu recebi a notícia que minha MCM deixaria de ser minha MCM!  como assim? mas já? tão rapido? Um ciclo estava se encerrando e eu fiquei pensativa durante a semana, pensando sobre todos os acertos e erros cometidos e tb sobre nossa evolução no projeto. Não pude deixar de recordar minha última atuação e me deu um certo receio quanto a manter a energia sempre alta. Mas enfim chegou a sexta e eu pude finalmente conhecer a nefro *.*  Como diz minha MCM, CARAMBA, CARAMBA, CARAMBA! Muito booooom, adorei a atuação do inicio ao fim! Pense num amor, num carinho, numa atenção! Josefina ficou bestinha hahaha Começamos o jogo com um senhor que era mto sabiiido, nos enrolou que só, mas ele pode ne? o cara era advogado, engenheiro e professor de matematica! ISSO MESMO! Ele quiiis testar todo o nosso conhecimento de besterologia e fez altas perguntas que nos tiraram o juizo e nos renderam boas risadas! O bicho era tão bom, mas tão bom que nos lançou um desafio. Desvende essa charada: BATE SALA, VAI NO MATO, COM AS PERNAS NA CINTURA, PEGA O LAÇO, AMARRA O PÁSSARO E QUALQUER CRIATURA! =O  Que diajo é isso? E pioooor, ele lança o desafio e vai embora tirar foto de RX, Pode isso? Podeee n! Aproveitamos para conhecermos os outros quartos e,  de quebra, tentar desvendar esse mistério com ajuda de todos os pacientes.  Afinal ele já estaava valendo BEIJOS e mto DIM DIM! HAHAHA felizmente ninguém acertou! estaríamos endividadas! Não conseguimos a resposta, mas a busca dela nos rendeu mtos tesouros. Conheci uma linda modelo que estava numa dieta forçada de jerimum, ela odiava comer essas coisas lights que oferecem nos hospitais. Conheci uma linda senhora que adorava ler e que nos encantou com sua doçura e sua suavidade ao falar. Tentamos roubar um laçinho de uma jovem( que n deu mto certo), e saimos correndo do quarto ao fazer uma mocinha cair na nossa charada do pato. ( mais uma charada que o engenheiro/advogado/prof de matematica nos ensinou). Ela caiu na risadaa mas ficou braba pela enrolação! kkkkk coooorre, ZIIZA! Corremoooos! Fomos para o corredooor, ouvimos falar de uma maquina que emagrecia, uma tal de hemodialise! O povo que entrava saia mto mais magrooo! Josefina n teeve dúvida, quis logo participar desse negocio! E quem disse que deixaram? SOMENTE PERMITIDA A ENTRADA DE PESSOAS AUTORIZADAS!  Quem danado autoriza isso? Vamos buscar essa autorização! Doce ilusão, ninguém quis permitir que eu ficasse magra igual a modelo! ACHO UM ABUSO! Ainda no corredor, alguem tenta puxar ZIIIZA, COMO ASSIM? não deixo! ela é minha MCM! Começou um cabo de guerra! Ziza e Josefina x Déo e o bonitão que queria nos roubar beijos em troca da charada! Pensee numa disputa disputadaaa! No final, todos ganhamos! Caimos na gargalhada e contagiamos o corredor com a nossa energia! Muitooooooooooooooo MASSA!  Mas ainda faltava alguma coisa...BATE SALA, VAI NO MATO.... Cade esse homi que n volta com a resposta? Voltamos ao quarto dele, encontramos a esposa e outra senhora que estava fazendo um casaco de croche! Perguntei se ela n queria fazer uma flor pra meu cabelo e me dá de presente de Natal! hahahah Ela ficou meio assim, disse que n daria tempo fazer pra mim e pra minha MCM, mas a minha linda Ziiza disse que ela podia fazer pra mim! Amo a genorisidade da minha Carambita *.* Resultado, ganhei um lindo diadema de crochê :) Ainda enquanto esperava ansiosamente a resposta da charada, conhecemos Miguel, um lindo garotinho de 15 anos que tinha a risada mais gostosa do mundo e que nos ajudou na disputa das charadas com o senhor sabidão. Já estava triste achando que ia embora sem saber da resposta da charada mais dificil de todos os tempos, quandooo finalmente avistei o senhor vindo la no final do correedor, ele chega vinha com uma cara de satisfação! hahaha Parecia que já sabia que nós não conseguimos a resposta! Pois bem, descobrimos a resposta! Pior que nem era tão dificil assim, MENTIIIIRA, era sim! Nunca ia pensar nisso! Mas n vou te dizer a resposta DB, vou deixar registrado aqui pra que todos que te leiam tb fiquem feito bestas pensando nessa charada! kkkkkkk Repetindo... BATE SALA, VAI NO MATO, COM AS PERNAS NA CINTURA, PEGA O LAÇO, AMARRA O PÁSSARO E QUALQUER CRIATURA! Quem acertar procure Ziza que ela prometeu beijos como recompensa hahahah
E assim foi minha última atuação, acho que ela veio repleta de charadas e desafios pra me lembrar que nem sempre eu vou ter a resposta ou nem sempre eu vou ouvir a resposta que eu quero, mas que isso não é necessariamente uma coisa ruim. Que eu posso fazer desse tropeço, uma jogada, um passo de dança. E que tudo fica mais fácil se eu tiver ao meu lado a melhor das melhores companheiras do Mundo! Obrigada,  minha linda MCM! Obrigada por me fazer crescer, por enfrentar comigo os obstaculos, e, principalmente, obrigada pelos lindos momentos que vivemos juntos! Zizaaaa tu é do Carambaaaaaaaaaaaaaaa!

                                                                                                                    Com amor, Josefina Avuada!






Dias de plantão dias de atuação, #COB# de todo dia

Olha nois aqui de novo, Berenice,
Dessa vez o local era o COB, já tinha ido algumas vezes dar plantão em obstetricia lá, mas era a primeira vez como Roberto, dessa vez a roupa era mais folgada, a maquiagem era mais presente e a liberdade era plena. Para iniciar assim que saimos do banheiro já apostei uma corrida com uma acompanhante, ela ganhou (foi triste), desde ai conheci Alba, uma das mais simpáticas do COB, ela chamou a gente para conhecer o quarto dela, adendo: pra quem não sabe o COB só tem 4 quartos, lá a gente iniciou os jogos, pela primeira vez eu não tava tão preocupado com os gritos e dores, eles se faziam presentes, mas a concentração no jogo me fazia esquecer e não focar no problema e sim na solução, na distração, esse andar tinha uma viciada em celular também, todos tem incrivel ueheuhe, ela só ficava lá jogando o joguin e rindo, até que foi pra bola e Luigi fez um jogo massa com ela de ensinar ela a rebolar, - não,nois não brincamos com a bola,apesar de ser tentador.
No quarto ao lado todos estavam dormindo, povo diz que parto é cansativo para mulher, vamos acreditar né por motivos óbvios.Na EXPEC 3, lá a gente encontrou o foco do andar, brincamos e fomos brincados, assediados e desconcertados, até para arrancar o nome do povo foi uma luta, mas no fim conseguimos, arrancamos o encontro e o nome deles, agora não me vem a cabeça ,verdade (eu e esse meu problema com nomes).
Para nossa surpresa e alegria tinha um palhaço lá, dessa vez vestido de médico, se fazendo ne, Tacinho, ele super entrou em várias brincadeiras e os outros internos também, intermed criando amizades que você irá explorar nos jogos por ai no futuro, é lindooooo.
Nesse dia acho que foi meu primeiro fora assim valeeendo mesmo que a energia caiu bonito, ainda bem que foi no final da atuação já na despedida, quando estavamos saindo da ultima despedida com os internos chegou uma moça deficiente auditiva, ela fazia libras e como eu tento entender libras ne, fui lá tentar conversar e acalmar ela, beeem digamos que não deu muito certo, mas Luigi percebeu a queda repentina de energia e me arrancou de lá, coisas da vida.
                                                                                          Vlw Bereeee,flw Bereeeee

Viagem Nº 6 (Final de um Ciclo) - O Totalmente Demaaais Mundo do Alojamento Conjunto - 04/12/15

3... 2... 1...

Se joga! (Havia um turbilhão de emoções dentro de mim)


O que posso dizer do último dia desse ciclo de atuações? Que foi maravilhoso? Que foi surpreendente? Que foi musical? Que foi mágico? Que foi imprevisível?

Que foi espetacular, indescritível, surreal? Que foi “totalmente demaaais”?

Que foi ao lado da melhor pessoa que poderia dividir essa experiência comigo? A minha MCM! A linda, espontânea, alegre, contagiante, e um pouco dolorida (kkk): Marieta Melhoral!

Que fomos orientados, vigiados e agraciados pela melhor LindoVisora? Pelo melhor tutor? Muito obrigado, Aninha! Muito obrigado, Dudu!

E é um pouco (muito) nostálgico que te escrevo hoje, Meu Estimado Diário de Bordo! Sinto que as atuações desse ano passaram voando. Foi tudo muito rápido! E essa sensação se exacerba ainda mais por ter sido tudo muito intenso!

E lembre-se Meu Estimado Diário de Bordo: “Nada do que você fizer sairá exatamente como planejado. Tudo acontece como tem que acontecer. Não digo que você ao deva realizar mais planos do que fazer e como fazer. Afirmo, apenas, que você não pode se limitar ao pré-estabelecido. Pois os tropeços e erros são inevitáveis. E lidar com o inusitado e o inesperado seja, possivelmente, o maior desafio.” Não sei se você se lembra DB, mas retiro essas palavras do meu primeiro diário de bordo das oficinas.

Mas vamos lá. Você deve estar curioso sobre o que aconteceu na sexta-feira, dia 4 de dezembro de 2015, às quatro horas da tarde, no Alojamento Conjunto, ao lado da minha MCM, na presença de pessoas maravilhosas.

A CHAVE

Tali e eu chegamos na enfermagem, pegamos a chave e fomos nos preparar para a incrível tarde que estava por vir. A chave tinha um navio, uma jangada, um veleiro como chaveiro. Subimos a energia numa contagem de 1 a 10 e encontramos o olhar um do outro. Era estranho lembrar que eu não veria aquele olhar daquele jeito nas próximas sextas. Mas ao mesmo tempo era maravilhoso lembrar que pude nutrir-me dele durante as sextas anteriores. Estávamos prontos! Prontos? Não! Nunca estamos prontos! “Palhaço pronto e palhaço morto!” E de peito e mente abertos nos jogamos no mar que havia tomado conta do corredor e navegamos em nosso veleiro até o cais da enfermagem, onde devolvemos nosso pequeno barquinho à sua dona.

A VIAGEM

Foram muitos encontros. Muitos olhares. Muitos jogos. Mas falarei dos que mais me marcaram.

No primeiro quarto, encontramos três bebezões! E conversando com suas mães, descobrimos que elas tinham comprado eles! Elas encomendavam e pagavam 9 meses. O bebês vinham no interior de uma caixa redonda que as mães podiam carregar na barriga. Marieta ficou doidinha pra encomendar um e preguntou como comprava. Partimos então numa busca para descobrir como era que as mães compravam, esperavam e recebiam seus bebês. Em outro quarto, nos foi informado que lá embaixo, no quarto andar, era o lugar onde as encomendas chegavam. O pagamento dos 9 meses podia ser feito no cartão Hiper, Master, Visa, mas não aceitava Americanas nem C&A. Carnê? Nem pensar! Como estávamos sem cartão de crédito, resolvemos então fazer a encomenda do bebê de Marieta no nome de uma das mães que estava lá.

Depois vimos o grande pequeno Theo, que dormia feito pedra. A vovó de Theo nos deu a honra de segura-lo no braço por uns instantes. Marieta não queria largá-lo! Kkkk Cogitamos a possibilidade de sequestra-lo, mas a vovó era esperta e se ligou! Cantarolamos nossa música bem baixinho para ele! “Orangino e Marieta... Toca o dedo na corneta!” Nos despedimos da mãe e da vovó de Theo.

Ao longo da nossa jornada nos deparamos com muitos bebês! No outro quarto vimos Álita Beatriz, Beatriz Álita e Moisés, que estava paquerando as duas anteriores. Mas ele tinha que se decidir logo porque em breve chegariam mais um garanhão no quarto e Moisés tinha garantir a sua pretendente. Beatriz Álita presenteou Marieta com um belo chapéu: uma linda embalagem de pente e escova que ajudamos a abrir. Ficou lindo quando encaixado na tiara de Marieta! Ela sim entende de moda!

Também encontramos um bebê AVATAR!!!!!! Sim!!! Ele era todo azul! Perguntamos a mãe onde ela tinha arrumado um avatar! Ela começou a rir e disse que era o bebê dela! Mas depois nos explicou que ele não tinha vindo de Pandora, mas estava azul por causa da luz que o seu berço especial emitia! Ahhhhh... Agora tá explicado! Kkkk

Ao lado do avatar estava dona Lenira, que nos revelou que estava aguardando sua encomenda chegar. Ela estava louca pra ver suas meninas.

“MeninaS???” Perguntamos.

Sim! Eram duas! Gêmeas! Larissa e Lais! Dissemos que depois voltaríamos para ver se as gêmeas haviam chegado e conhecê-las.

De volta ao corredor, demos de cara com um biombo. E ele estava tão sozinho, num canto, esquecido, triste. Decidi tornar seu dia mais feliz e dá-lhe a importância q ele merecia! Fazer-lhe sentir-se útil mais uma vez! Como? Fazendo o que ele faz de melhor: Esconder quem está atrás dele! Marieta entrou no biombo, fiquei atrás dela, segurando o nosso novo amigo e partimos pelo corredor em passos lentos, para evitar que fossemos vistos. À medida que avançávamos no corredor, olhares curiosos miravam o biombo ambulante e ria quando viam a carinha de Marieta aparece pela fresta do pano e quando eu me espichava para olhar por cima do mesmo pano. Chegamos na copa, e com o biombo interditamos a entrada ao repararmos que estava havendo uma festa ali!

“Palhaço come bolo?” perguntou a enfermeira!

“Comeeee!!!” respondemos (óbvio). Kkkkk

Enquanto saboreávamos a fatia, as enfermeiras nos disseram que lá no fim do corredor estava a Xerife do lugar! E que se por acaso nos encontrássemos com ela, deveríamos bater continência! Uma das enfermeiras também estava carregando uma caixa redonda na barriga! Ela disse que estava em promoção e que se Marieta quisesse era bom aproveitar!

“Pois é! Deve tá em promoção mesmo! Dona Lenira comprou uma e levou duas!” dissemos.

Quando íamos saindo da copa, uma enfermeira penetra atravessou, literalmente, o biombo e foi se servir do bolo.

Pegamos o biombo, partimos e quando nos despedimos dele, colocando-o no seu lugar habitual: nos deparamos com a xerife!

“Sentido!” Batemos continência e ela também!

...

“Olha, são gêmeas!” Ouvimos alguém falar.

Nos viramos e vimos duas cegonhas! Cada uma com uma bebê no colo!

“Essas são Larissa e Lais?” perguntamos à cegonha, que confirmaram.

Guiamos as cegonhas até o quarto de dona Lenira e anunciamos a chegada das gêmeas! Ajudamos a instalar os bercinhos no quarto e tive que demonstrar o quanto sou Máximus levantando uma cadeira e pondo-a em outro lugar para dar espaço para a caminha de Lais!

Ainda ajudamos a tia do jantar a servir um dos quartos! E não podia ser diferente: ela tinha uma bandeja orangina!

“É da tua cor!” Ela falou.

LIBRAS

“O mais importante na comunicação é ouvir o que não foi dito!” (Peter Drucker)

Esse momento que falarei agora foi um dos mais intensos e gratificantes que tive ao longo das atuações e um que eu ainda aguardava que ocorresse em algum dia da minha vida.

Ele aconteceu logo no inicio da atuação, no mesmo quarto de Theo! Mas resolvi colocá-lo por último tamanha a marca que ele deixou em mim.

Quando chegamos no quarto, vimos que havia três famílias: a de um bebê que estava mamando, a de Theo e a de Victor. Brincamos, rimos, sorrimos com a primeira família. Estávamos com a energia lá em cima. Aquela atuação já tinha começado com um tom especial.

Ao nos dirigirmos para o segundo casal e seu bebê, pudemos ver que o pai, com uma cara de decepção, fez sinal que era surdo.  Talvez ele achasse que não ia poder participar, que talvez nós não tivesse como entendê-los. E senti que ali havia surgido uma linda oportunidade. Eu havia feito eletiva de libras no quinto período, e embora não fosse fluente e já tivesse esquecido muita coisa, ainda me lembrava do básico. 

Olhei pra Marieta e minha energia subiu ainda mais.

“Você é surdo?” perguntei em libras para ele.

Na mesma hora, a expressão dele mudou. E a da esposa também (ela também era deficiente auditiva). Ele sorriu. Respondeu que sim. Perguntei o nome dele e o sinal (em libras cada um recebe um sinal de acordo com alguma característica física). Rivaldo, ele disse. Falei o meu e perguntei o da esposa. Viviene. O filho se chamava Victor. Marieta e eu percebemos que Rivaldo e Victor estavam usando a mesma cor da camisa dela. E demonstramos que eles tinham bom gosto! Victor também era surdo. Perguntei qual o sinal dele, e sua mamãe respondeu que ele ainda era muito novinho pra definir. Segurei Victor no braço, e encontrei um dos olhares mais puros que já vi. Ele me encarava com seus olhinhos diminutos e intrigados. E ficamos assim por um bom tempo. Minha MCM do meu lado. Foi um momento incrível que deu origem a uma das memórias mais bonitas que levarei comigo.

DESPEDIDA

Pegamos nosso veleiro e nos despedimos de todos. Foi muito difícil sair daquele lugar incrível. Saímos cantando o refrão da novela das sete. Afinal o Alojamento Conjunto era, com certeza:

“Totalmente demais! Totalmente demaaaaaais!!!”

Meu Estimado Diário de Bordo,

Acrescentei muitas memórias à minha coleção durante esse período. E observo um grande sentimento de gratidão no meu interior. Vejo-o pulando, inquieto, felicíssimo, grato.


PS:
Obrigado, Marieta Melhoral! Você tornou meus fins de tardes e inícios de noites de sexta inesquecíveis!

Obrigado, PERTO! Quero estar cada vez mais perto de encontros como os que tivemos!

Desculpa, minha LindoVisora, pela demora na postagem e pelo tamanho desse diário. ;)




Um dia de batalhas,danças, mandos e desmandos

Berenice, ó querida Berê
Antes de tudooo e de mais nada mil desculpaaaaas, fui muito mequetrefeeee lhe esqueci no canto da internet, não há desculpas eu sei eu sei, vou recompensar prometo, um dia quem sabe.
Dia 17/11, já faz tanto tempo, mas as lembranças ainda estão vivas, os nomes nem tanto, assumo, nunca fui bom com nomes, apenas com rostos, esses eu não esqueço jamais, exceto se você cortar o cabelo muito radicalmente ou algo do tipo, já passei algumas vergonhas com essas situações, maaas voltando ao dia da invasão a pediatria, dia 17, local da missão:Pediatria, 6º andar do HC, local temido por muitos e desejado por todos, missão: papocar a galera na risada, equipe para tal: o eterno primeiro MCM : Luigi Pequeno Horizonte.
Lá estavamos nós mais uma vez na cocheira, conversa vai e conversa vem, dificulades do dia, dores corporais pra um lado, madrugadas viradas para o outro, mas ambos ali naquele momento de esquecimento, onde não importava nada que tinha acontecido nem que viria a acontecer, só importava tá ali, esquecer do resto e simplesmente se permitir, tai uma das grandes coisas que gosto no PERTO, você não precisa ter a experiência de um  milhão de palhaços treinados no Bolshoi ou algo do tipo, só é preciso sinceridade, sinceridade consigo mesmo e nada mais , o resto flui ou empaca, mas de uma forma única. Talvez por isso eu nunca saiba muuuito bem como escrever, não gravo momentos específicos em grande parte, na maioria das vezes pego os sentimentos e vou deixando, por isso eu sei que sempre que entrar no 6º agora, seja para uma discussão de caso ou no internato ou daqui a 20 anos pra qualquer coisa, o mesmo sentimento vai tornar a se apoderar de mim, a receosidade do primeiro encontro, porque crianças são assim elas não se entregam no primeiro olhar, elas não sorriem falsamente para serem educadas com você, nãããão com crianças você tem que provar seu valor, você só vai conseguir um sorriso delas se realmente as fizer sorrir, e a receosidade do primeiro olhar estava presente em todos os quartos. Nos primeiros quartos eram apenas garotos e uma princesa, dois garotos, os dois guardiões do andar, os mais fortes do andar, eu diria até do hospital, venceram Luigi e eu de uma forma esmagadora em uma disputa de forças, mas nos redimimos e na guerra de cócegas eles riram até nao aguentarem mais e no final o grande prêmio um abraço de cada um, naquele abraço de breve despedida não sabiamos ainda, mas um dos guardiões do sexto nos acompanharia durante quase toda atuação de longe, as vezes se aproximando para uma nova batalha de cócegas, as vezes ao longe só rindo e com seu boneco do homem aranha na mão, mas independente do momento, ele estava lá. Naquele dia, agora distante, houve muitos encontros, alguns desencontros também, lembro que tinha um menino um pouco mais velho, se fosse pra chutar uma idade diria 14-15 anos, para esse não havia encontro no mundo real interessante, ao menos não com nois dois, eu e Luigi tentamos de todas as formas e cá entre nós Luigi é um dos melhores em conseguir a atenção de alguém, seja com o seu glúteo avantajado ou com suas danças mirabolantes, mas para aquele menino não, para ele só bastava o celular e o 3g, ali estava todo o mundo que necessitava naquele momento, entendemos e respeitamos, aliás nem tudo corre de acordo com o que você espera.
ESTÃO CHAMANDO VOCÊS LÁ NA FREEEENTE , falou uma mãe perdida pelo andar, lá fomos nós em busca de quem estava nos requisitando, isso foi durante a ultima batalha com os guardiões, chegando lá estavam um bebê e uma criança, uma menina que sonhava em ser médica, nesse quarto não eram as crianças que queriam brincar, nãããõ , mais uma vez ela estava receosa e calada, como de costume, mas as mães,aaaaaah essas queriam e estavam pro jogo então eu e Luigi plantamos a jogar, até falar com o marido da dignissima nós falamos, convites para a serra surgiram no whatsappp de uma das mães, para ela?não, claro que não, chamavam os palhaços para visitarem a serra, e pelos quatro cantos de pernambuco Luigi e Roberto bradam para quem quiser ouvir e quem não quiser também, no HC há uma trupe de palhaços que não vão deixar ninguém quieto. Ali naquele quarto o exercito da cocheira se dividiu, enquanto luigi corria para o quarto da esquerda, eu ia em busca de ver o que nos aguardava no quarto da direita, mas apesar da divisão não havia medo, o guardião ainda estava ali olhando, nesse momento já tinham ocorrido mais duas batalhas de cócegas um breve momento para recompor as energias, e Luigi estava há um grito de distância, no quarto da direita estava Jéssica, creio ser esse o nome se não for será, ela tinha PC, paralisia cerebral ou então alguma doença com o quadro parecido, estava com uma sonda, nós, eu e Luigi, já tinhamos passado por uma garotinha com o mesmo quadro lá no quarto do primeiro guardião,e nesses casos o encontro se faz marcante,nos outros você pode falar, cantar, dançar, nesses o encontro cativa , não é preciso fazer mais nada, não há a necessidade de fazer mais nada, todo um mundo, um cérebro, uma alma em um olhar, toda uma vida sem conseguir se comunicar, muitas vezes só tendo a mãe como unica pessoa capaz de lhe compreender e lá está um palhaço com um nariz vermelho tentando invadir todo o mundo dela, não posso dizer que consegui, mas posso dizer que tentei, nos dois casos tentei e nos dois o olhar me completou, ali já era 17 da tarde e o por do sol espreitava nosso encontro pelas janelas do HC, seu rostinho branco e olhos pretos fixos banhados pelos raios laranjas encantavam até o mais endurecido homem que pudesse se permitir a olhar aqueles olhinhos quem dirá eu, um cearense desbocado e hiperativo, naquele encontro, do quarto a direita, a paz se fez e por alguns poucos minutos Roberto pôde desfrutar um dos melhores encontros até então ocorridos. SEGUIIIINDOOOOOOO porque tenho uma fama a manter e de ser meloso é que não é.
Depois conheci laurinha a mandona do sexto, era a menina do quarto a esquerda, onde Luigi travava uma guerra de ordens, ela era uma graça com seu jeito duro e mandão de ser, mas era só sair pro quarto bufando que já voltava com um brinquedo pra mostrar, cada criança tem seu mundo e o dela era lindo de uma forma mandona de ser euheuehueh, se negar a fazer suas ordens lhe deixava enlouquecida, como alguém ousava desobedecer a rainha do sexto, isso era ultrajante, mas lá estavamos nós ultrajando toda a ordem das coisas que podiam ocorrer naquele dia, afinal estavámos ali para qualquer coisa menos para deixar as coisas em ordem, não somos obrigados a nadaaaaaaa. O último encontro foi com Luís, o formidável, nosso encontro foi no corredor, ele veio escoltado pela mãe e eu fui escoltando Luigi, e no meio do corredor se fez a graça,ele era incrível sempre rindo e feliz, ali eu ainda não sabia, mas a beleza de ser dele só se tornaria maior quando a gnt entrasse no quarto e visse que aquele Luis o mesmo que sorria e brincava no corredor, era assombrado por medos e dores que o acompanhavam há oito meses, ali ficou claro até anjos tem seus demônios, até anjos sofrem, e infelizmente aquele estava sofrendo muito, tinha saido de uma cirurgia e a troca de fraldas era seu penar, eu e Luigi tentamos dar forças para ele trocar as fraldas, mas em momento de desespero nem nossa companhia foi capaz de vencer a dor, demos forças a ele e nos fizemos presente para semmpre que ele precisar, só basta gritar e nós estaremos lá, Luigi do lado esquerdo da cama e eu do lado direito, sobre esse quarto só posso dizer que mães se fazem guerreiras nos pequenos detalhes.
Após nos despedirmos de Luis, que havia apresentado até a irmã por uma foto no celular, pegamos a chave para o quarto secreto e nos encaminhamos para onde tudo tinha começado, a cocheira. Poréééém, no meio do caminho havia guardiões, havia guardiões no meio do caminho, e no final houve a última batalha de cócegas e os ultimos abraços do corredor com aqueles que tinham nos dado os primeiros abraços, uma forma mais que justa de acabar a atuação, não concorda, Berenice?
                                                                                                                                    Vlw, flw

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Nefro!

Pois é, DB... Tudo que é bom acaba! Essa foi nossa última atuação do ano, e minha última atuação com minha MCM Báh! :'((((

Foi lá na nefro, nem lembro mais o andar. Os quartos estavam bem calminhos, muitos pacientes dormindo... a parte mais animada foi na hemodiálise. Logo que chegamos lá, brincamos com os enfermeiros, uma hora a gente era bonita, na outra era feia... Um dos encontros que mais me marcou de todas as atuações aconteceu lá. Era uma senhorinha (sou péssima com nomes, quero dizer Vera, mas posso estar errada). Logo que chegamos perto, ela perguntou se a gente sabia cantar. Chayenne disse que não, e eu disse que só cantava parabéns. Pedimos pra ela cantar então, e ela logo perguntou "querem que eu cante em espanhol ou italiano?" whaat? Pedimos alemão, claro kkk enfim, depois de algumas risadas, ela começou a cantoria. E que cantoria! rolou música em espanhol, italiano e músicas portuguesas! DB, ela era incrivelmente culta, de deixar qualquer um de queixo caído. Fazia citações, declarava poemas... simplesmente incrível! Ficamos igual duas crianças babando lá. Mas não podíamos ficar só com ela, né? Então seguimos.

As portas da hemodiálise são duplas, tipo porta de bar de faroeste. Quando íamos saindo, eu queria sair por uma e Chayenne por outra, e adivinha quem ia ser atropelada por uma enfermeira que queria entrar? Eu, claro. Ela mandou eu ficar sempre atrás da minha companheira, e foi isso que eu fiz, sempre atrás então. Tenho que dizer que as enfermeiras de lá são muito gente fina, rolou até festinha enquanto a gente estava lá! Uma das enfermeiras ia mudar de setor, teve bolo e tudo.

Encontramos também uma mulher muito da engraçadinha, paqueradora que só! Ela estava sentada nos banquinhos entre a nefro e um outro setor, e conversou que só com a gente! Inclusive ajudou a paquerar um dos enfermeiros que passou lá.

Enfim, rolaram muitas risadas, muitos jogos e muita FOME! Especialmente Chayenne! kkk

Beijos DBBB

Onco!!!!!

A ultima atuação do ano foi na oncologia! Assim que chegamos, já deu para perceber o cuidado dos profissionais com os pacientes, cada detalhe na enfermaria é pensado, inclusive o nome dos quartos (vida, superação, força, coragem...). Enquanto íamos nos trocar já percebemos a quantidade pequena de pacientes. Logo que saímos com a mascara objetos, entregamos a chave e fomos ao primeiro quarto: a paciente dormia; tudo bem, segundo quarto (!): a paciente e o marido rezavam com a expressão de tristeza e desesperança. Isso tudo já indicava que a intervenção não seria fácil! Entramos no próximo quarto e jogamos com um paciente do interior... Descobrimos que ele era um vaqueiro e não houve como não colocar isso no jogo... Continuamos pelo corredor, interagimos com os profissionais e algumas senhoras que esperavam nas cadeiras do corredor. Entremos no próximo quarto: encontramos uma senhora e sua cunhada. Nesse quarto o jogo fluiu tão bem,; a senhora é uma pessoa fantástica, a doença nao endureceu nem um pouco seu coração! Continuamos e no ultimo quarto um senhor bastante debilitado, observado por uma cuidadora. Ele quase não se mexia, nem abria os olhos.. Tentamos ainda jogar e acabamos interagindo mais com a cuidadora! Na volta, paramos nos quartos que mais jogamos e ainda jogamos com os enfermeiros e serviços gerais, quase todos na enfermaria estavam dispostos a jogar. Enfim, a atuação foi fantástica, mas difícil. Não há como não notar uma diferença extrema do COB (ultima atuação) e a onco, no primeiro há vida nova e apesar da dor, ha alegria; no segundo é difícil encontrar alegria na dor.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Última atuação e muito amor!

A sexta nunca demorou tanto a chegar, desde que vi que íamos atuar na pediatria não consegui me conter. Muitas expectativas e o que acontece? PEN! Surpreendida de novo! Bom, comoçamos com a possibilidade de Guilhermina não poder atuar, mas conseguimos! Fomos passando pelo setor e ficando preocupadas, tinham poucas crianças e muitas delas eram bebês, será que íamos conseguir? Pega a chave se prepara e troca de roupa. Enquato subíamos a energia fomos interrompidas duas vezes, mas conseguimos. Saímos no corredor e tentamos o jogo com algumas pessoas que estavam assistindo tv. PEN! Não deu certo, mas calma. Conseguimos pelo menos um sorriso envergonhado de Pedro. Segue, Miguel. Achavamos que ia ter jogo, começamos, tava rolando e ai... PEN! não rolou. Segue, dona Rita! Pense numa mulher arretada, é enfermagem, é advogada, faz faculdade de veterinária e ainda passa por média! Conversamos muito! Ela perguntou se íamos pra algum bloco de carnaval e chamou a gente pra ir pro circo de Marcos Frota. No fim do corredor vimos Rayssa, fomos andando pra ela e paramos apenas pra brincar com um bebêzinho (envergonhado, mas conseguimos jogar um pouco). Começamos tentando um acordo pra ficar com a sandália dela, mas não teve jeito, ela não quis nem emprestar! Rayssa cismou com nossos narizes. "É de mentira que eu sei!", "É não, é igual ao teu.", "É não, deixa eu ver então!". Ela ficou tentando pegar nossos narizes e ficamos subindo na ponta do pé pra escapar, Guilhermina fez cosquinha nela e ela parou. "chega! Deixa eu ver o que tem em baixo do teu nariz!", "deixa eu ver o teu! Tem nada, só catota!". E assim foi. Quando ela cansou, pegou uma luva e eu prontamente perguntei se ela sabia que dava pra fazer um galo com a luva. Ela pediu pra eu fazer. Fiz. "Agora desenha o olho dele". Ela pegou o lápis no armário secreto e eu desenhei. "Ficou um maior que o outro, kkkk, mas ficou lindo!". E aí ganhamos ela (ou ela nos ganhou). Jogamos bola, brincamos de "dia e noite" e brincamos com o galo dela. Que menina linda! Tentamos brincar com os bebês de novo e um deles chorou. PEN! Saímos. Tentamos jogar com outro menino. PEN! Saímos. Pedro tava por lá de novo, jogando no celular, conseguimos conversar com ele e... "Sei lá", pense num menino que não se decide em nada! No outro quarto encontramos Marcelly, uma bebêzinha virada, que se encantou com nossos narizes, tentou pegar eles por um tempão, se jogou no meu colo, Pulou (pulamos juntas!) e se encantou com as palmas. Uma fofinhas, mas seguimos. Tá na hora de ir né? Quase entrando no quarto e vejo uma menina na cama. Sinto que preciso ir lá! Paro Guilhermina e vamos pra lá. Que momento mágico! Que sorriso! Ela se encanta com nossos beijos jogados e com nossos tchaus e ficamos fazendo isso e ouvindo ela gargalhar por muito tempo. "É o sorriso mais lindo!" Disse a mãe dela, e ela não faz ideia de como! Foi o sorriso mais lindo que vi em muito tempo! Mas como tudo precisa de um fim, fomos! Tive uma ideia. Peguei meu nariz da oficina e levamos pra Rayssa, ela se assustou de nos ver sem a pele e ficou envergonhada, "achei duas palhacinhas lá fora que me contaram que você gostou muito dos narizes dela e elas pediram pra gente entregar isso". Os olhinhos dela brilharam tanto. "Posso colocar?". Ela ficou linda. "Agora eu vou te contar um segredo, não pode deixar ninguém mexer no teu nariz tá? Ele é muito especial! Tu promete?" Ela acenou a cabeça e disse obrigada. Que lindona!
Essa foi minha última atuaçao do ciclo, com minha MCM linda. Acabou tão rápido, mas me marcou tanto! Como Guilhermina me surpreendeu e me cativou! Como esse projeto me cativou! Como estou triste de saber que só vou atuar no setor ano que vem! São muitas emoções, mas com certeza muitas coisas boas. Minha jarra encheu, transbordou, me inundou. "O essencial é invisível aos olhos".
Com todo amor que não cabe mais aqui,
Carlotina Samambaia

Até breve, trio enrolação...

Querido DB,

Chegamos a ultima atuação deste ciclo, quando cheguei no andar fui andando bem devagarinho junto com Carlinha, pra esse momento ir passando mais lentamente. Erica infelizmente ficou doente na sexta e não teve condições de ir atuar conosco, nossa última atuação juntas como o trio enrolação. :(
Nessa sexta fomos à enfermaria do sétimo andar quem poderia imaginar que aquele setor guardava pessoas tão especiais que conseguiram me deixar alegre e feliz mesmo depois de uma semana complicada em casa e na rua. Os problemas sempre estarão lá, mas ter a vontade de superá-los e conseguir colocar as coisas boas na frente deles, nós vamos aprendendo a cada dia. E, nessa sexta, eu aprendi um bocadinho.
Sou péssima pra lembrar os nomes, mas guardo bem os rostos. Lembro bem da conversa que tive com o senhor de um dos ultimos quartos do corredor, ele me falou das ações que se faz verdadeiramente de coração, sem objeção, só por amor. Fiquei tão encantada com sua sabedoria que fiquei lá quietinha escutando ele falar, sentir que ele também ficou feliz de ter alguém o escutando então fiquei feliz também. No mesmo quarto, antes de conversar com ele passamos um tempo com um locutor de telemensagens (achei toptoptop) e um morador da tão, tão distante Candeias (sempre tiro onda com os meus amigos de Candeias).
Lá no sétimo tem o quarto do "L", todo mundo tem o nome que começa por L, as gêmeas, Lane e Lene, todas muito alegres, principalmente Lane que no final revelou seu cabelo loiro "inesperado" hahahaha
Visitamos um quarto onde conheci um conterrâneo da minha cidade do interior, mas que mora na Bahia e estava aqui para fazer uma cirurgia. É amanhã (segunda) a cirurgia dele, peço que Deus segure nas mãos dos médicos e que ele voltei renovado, com "as peças renovadas" como ele mesmo me disse. :D
Isso foi um pouco da minha tarde no sétimo, DB..
Até mais.

Totalmente demais!!!

Bom dia DB, sexta foi a última atuação do ciclo e não poderia ser em outro local, foi no alojamento conjunto *-----* muitos bebês e muitas mães felizes e babonas*------*
Hoje vou fazer diferente, não vou contar o que aconteceu exatamente em cada quarto. Vou te contar as maravilhosas sensações que tive durante a atuação. 
Sou completamente apaixonada por bebês e atuar no alojamento conjunto foi uma das melhores sensações que já tive. Logo de início fomos muito bem recebidos pela equipe, como sempre acontece. Vimos alguns pequeninos com suas respectivas mães e já pensei: "hoje vai ser top". 
Ma hora de subir minha máscara passou um filme na minha cabeça. Na verdade sempre passa, mas naquele momento foi diferente. Comecei a lembrar de todos os momentos da oficina de formação, os momentos mais fortes, dos abraços de todos os meus MCMs, do nosso círculo após a leitura do "pequeno príncipe" e de todos cantando a música mais linda do mundo. Após a contagem com meu MCM,  explode o olhar, olhei p ele e lembrei quando vi meu olhar pela primeira vez na oficina. Diante do espelho e diante do seu olhar eu vi quão era importante tudo que estava acontecendo. E tive a mesma sensação quando subi a máscara sexta. Relembrei quão era importante nossa presença lá. E fomos.... 
Mergulhamos em um mundo de possibilidades... 
Devolvemos a chave do veleiro e fomos encontrar os olhinhos mais brilhantes e pequeninos. Fomos ao encontro de olhos cheios de felicidade.. 
Encontramos theo e sua família. Theo tão lindo*---* cantamos p ele a nossa música "oragino e marieta, toca o dedo na corneta..." e ele ficou calmo. Conhecemos uma família de deficientes auditivo e visual. Oragino conversou com eles em libras, foi lindo.  Encontro diferente, um encontro dos sentidos. Oragino ficou muito feliz e eu tbm fiquei muito feliz por ele. 
Conhecemos tbm Beatriz, ajudamos a sua mamãe a abrir o pacotinho de escova e pente, elas tinham acabado de chegar. E de lembrança ficamos com a embalagem que se transformou em chapéu p mim kkk. Foi um sucesso meu chapéu. Encontramos Moisés e sua mãe que me chamou de boneca *----* o seu marido estava com medo que roubassem seu bebê, droga... Ela descobriu tudo... Descobriu que íamos pegar Moisés p nós kkkk
Encontramos a mamãe que estava esperando suas gêmeas chegar e dissemos que já já elas chegavam. 
Fomos andando pelo corredor, conhecemos a cherife da maternidade. Nos escondemos dela juntos com algumas enfermeiras e ganhamos bolo *------* 
"Palhaço come bolo? "
" comeeeeeeeeeee" *------*
Já tínhamos passando por todos os quartos, já tínhamos conversado com todos os profissionais e a vontade de não ir embora era nítida p mim e p oragino. 
Eis que surge dois bebês *---* as gêmeas larissa e lais chegaram. Olhei p oragino e ele já entendeu o que devíamos fazer... 
- A gente conhece elas, é larissa e lais de dona lenira. 
E fomos levar as gêmeas para dona lenira. 
-chegaraaaaaaaaam-gritei, enquanto pulava de felicidade. 
Ajudamos a arrumar o quarto p colocar mais dois berçários. Oragino muito forte tirou uma cadeira gigante do lugar e deu tudo certo. Quando a enfermeira chegou nos elogiou *------* ebaaaaaaaa.  Larissa e lais acomodadas nos despedimos sem querer ir embora :( 
Aaaaaaaai que dificil sair de lá 
Queríamos ficar mais... 
Pegamos a chave o veleiro e tentamos embarcar. 
Foi uma das viagens mais difíceis... 
Nem a de carpina como no primeiro dia, nem a de Paris, nem qualquer outra foi tão difícil como pegar a chave do veleiro e voltar p casa. 
Foi tão difícil baixar a energia. 
Acredito que p oragino também. 
"Dorme borboletas, fiquem calmas bolinhas..." Nada resolvia!!
Respira fundo, não pensa em nada... Baixa a máscara. 
Que difícil. 
Mesmo sabendo que voltarei, a sensação e a vontade era de querer voltar. 
Tantos encontros lindos. Tantos jogos incríveis me fez a certeza que sou completa com o PERTO. 
Obrigada meu MCM por ter sido incrível nesse ciclo. Por me ajudar quando minha energia não estava tão boa. Pelos abraços após cada atuação. Por entender quando o jogo estava fluindo e embarcar nas minhas besteiras. Obrigada por tudo, desde as oficinas até aqui. E até a próxima atuação!!!! 

"O essencial é invisível aos olhos"


A última! Vai deixar saudades. Ansioso pelas próximas.

DB, minha última atuação esse semestre foi na oncologia. Chegamos, não tinha muito paciente. Como sempre, independentemente da quantidade, estávamos lá prontos para subir a máscara e fazer o melhor. Como sempre, pedimos a chave para nos trocarmos. Como sempre, fizemos a maquiagem. Como sempre, contamos até dez e a cada número que era dito a energia ia se adequando ao momento. Como sempre, o inesperado sempre chegaria. Saímos do quarto, entramos no corredor. Primeira tentativa de um contato, era um casal, eles não nos viram, estavam de costas, pareciam chorar. Olhei para Fêfo, a gente num olhar decidiu que era hora de seguir para o próximo quarto. Aquele casal estava num momento só deles, aquele abraço só deles valia mais do que qualquer conversa com outras pessoas. No próximo quarto, um vaqueiro. Chegamos, conversamos, no meio da conversa o paciente fala de cavalos, de vaquejada, fala do seu interior, que por sinal é próximo do meu. O vaqueiro parecia triste por não estar fazendo o que gosta, por estar ali; nada mais óbvio, ninguém quer adoecer. Acho que por uns instantes, pelo menos, o paciente se sentiu melhor. Ele contava suas histórias com um brilho, com saudade também, mas o brilho e o sorriso que ele expressava foram maiores do que sua tristeza; é sempre bom relembrar daquilo que a gente faz de melhor, daquilo que a gente gosta de fazer. Antes do próximo quarto, no corredor conversamos com duas mulheres muito simpáticas, elas só erraram numa coisa, fizeram a pergunta que muitas pessoas fazem. Elas perguntaram onde estavam AS palhacinhas. Nesse momento eu olho para Fêfo, ele olha para mim, então a gente diz, “uns palhaçOs não servem? ”. Sempre dizem que sim, que somos muito bonitos também, mas que as meninas são uma graça. Estou convencido de que ser mulher, nessas atuações conta bastante, só ouvi elogios sobre As palhacinhas. Próximo quarto, dona Maria e sua nora. As duas eram animadíssimas, brincamos, conversamos, fingimos que estávamos comendo melancia, manga, caju... é sempre bom visitar quartos com pessoas assim, com a energia alta, a gente meio que sai com a energia maior ainda. Com a energia alta, partimos para nosso último quarto, um paciente e sua cuidadora. O paciente não conseguia falar, nem olhar direito ele conseguia. Tentamos interagir, nada fácil, ele realmente estava debilitado. Quando conseguiu falar algo, eu e Fêfo esperando algumas palavras saírem de sua boca, ele então conseguiu murmurar. Disse que o oxigênio da máquina não estava chegando tão bem ao seu nariz. Nesse momento fui pedir para chamar a enfermeira, não como Carequinha Sertanejo, mas como Túribio. Refeito depois da fala do paciente, Carequinha e Carequildo se despediram; agora sim eu estava de novo no jogo. Voltamos andando pelo corredor, brincamos com uma funcionária que desfilou para a gente, depois entramos no quarto onde nos trocamos e descemos a máscara. Conversamos rapidamente sobre como é delicado o setor de oncologia, sobre como os olhares são sofridos. Foi uma tarde alegre, mas um pouco triste também. Não é fácil olhar o sofrimento do outro tão de perto. Enfim, nossa última atuação esse semestre, essa última atuação vai deixar aprendizados, vai deixar reflexões, vai deixar indagações, vai deixar saudades. Estou ansioso para atuar novamente. Foi um prazer atuar com você, Fêfo. Por fim, até a próxima, DB.  

Fechando o ciclo na PEDIATRIA com Rayssa e Trayssa!

Oi DB, 
   Passei a semana super ansiosa pela atuação na pediatria. Seria fechar o ciclo com chave de ouro? Mas será que é aquilo tudo mesmo que falam? "Chega sexta, chega sexta!"
   A sexta chegou e eu estava muito cansada, a aula demorando e achei que não iria dar tempo de atuar, mas deeeu!!! Logo que chegamos vimos muitos quartos vazios e muitos bebês. EITA! e agora? Cadê as crianças que correm atrás de você? aimeuDeus!!! "Vai, vai com medo mesmo!!!"
   E quando eu e minha MCM linda estávamos nos preparando para subir a máscara objeto fomos interrompidas duas vezes com batida na porta. aimeuDeus!!! Tá! Retoma e vamos lá!!!
   Vou logo dizendo que a atuação não foi nada fácil, mas foi linda mesmo assim!!! Não foi fácil porque tinham muitos bebês, porque os funcionários não entraram no jogo, porque houve uma quebra de expectativa e sabe o mais difícil?? Foi sair da mequetrefice e manter o corpo vivo!!! Com os bebês não rolaria conversinhas, mas movimentos!!! 
    Guilhermina e Carlotina encontraram Pedro na salinha de televisão e ali ficaram uns minutos até ele dar uns sorrisos envergonhados!!! Depois, foi o quarto de Miguel Arcanjo, um bebê, que inicialmente pareceu comprar o jogo, mas não aconteceu...
    Guilhermina já estava ficando aflita por não encontrar crianças acordadas e dispostas a jogar, quando, de repente, Rayssa dá tchau lá no final do corredor!!! AIN, RAYSSA LINDA!!!! Super comprou o jogo, deu gargalhadas deliciosas, jogou bola, brincou com o galo que Carlotina fez com a luva e conquistou o coração de Guilhermina. Mas ao nos despedimos de Rayssa, parecia que não tinha mais ninguém ali. 
   Mas tinha!!! Marcelly, uma bebê fofona que pulou, se encantou com a máscara e com as palmas!!! Com ela foi bem olho no olho e corpo vivo! Bem difícil e confesso que a energia caiu e muito, foi quando Guilhermina deu um sinal a Carlotina e sairam do quarto porque o jogo não estava mais acontecendo. 
   Quem estava no corredor era Pedro. Além dos risos envergonhados, agora tiveram palavras e um encontro!!!
   Hora de pegar a chave do quartinho! Pegamos, mas antes de entrar...o encontro com Trayssa!!! E QUE ENCONTRO!!! Que sorriso maravilhoso!!! A sua mãe ficou tão feliz ao vê-la sorrindo e nós mais ainda! A imagem de Trayssa está na cabeça e ficará para sempre!! Foi fechar com chave de ouro uma atuação na pediatria bem diferente do que falam, mas muuuuito especial!!! 
   Ao descer a máscara, hora de pensar que foi a última atuação com a MCM mais linda!!! E DB, CARLOTINA FOI SENSACIONAL na pediatria!!!! Para ser mais sensacional ainda, minha MCM teve a ideia de entregar a máscara da oficina para Rayssa, pois ela passou um tempão querendo ver "o nariz de verdade" e disse que queria um nariz "de mentira". Ao entrarmos no quarto, sem a pele, ela nos olhou surpresa e quando minha MCM disse: "Encontramos duas palhacinhas e elas pediram para te entregar isso!!! Os olhinhos dela brilharam e logo saiu um "Obrigada!". Ela o colocou e parecia encantada com tudo aquilo!!! Antes de irmos embora, porém, fizemos um trato que ninguém poderia tocá-lo e que ela deveria cuidar com muito carinho!!! E ela concordou lindamente!!! 
   Última atuação com Carlotina. Atuação na pediatria. Rayssa. Trayssa. E um coração transbordando de amor e felicidade!!!  
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas!"
Com amor,
Guilhermina Gasguita

sábado, 5 de dezembro de 2015

Tenho sede por olhares, quero ENCONTRAR!!!

 Bem, lindo DB digital, nem deveria citar (novamente) que estou postando meu lindo relato sobre minha linda e provavelmente a última (carinha de choro) atuação desse semestre com o meu atraso de costume. Mas, pera, não, melhor não usar aquela desculpa de que "rainhas não chegam atrasadas, são as pessoas que chegam cedo demais."(eu sei, péssima desculpa, por isso disse que não iria usar)
Deixa eu parar de enrolar! Desembucha vivi!! Tá, já vou falar ...
Advinha onde iríamos atuar dessa vez???? Tan tan tan tan .. na PEDIATRIAAA!! Isso mesmooo, no covil dos monstrinhos e das criaturinhas mais fofas da face da Terra
Eu estava louca pra atuar nesse setor (o que se explica por eu gostar tanto de criança - ainda não me confirmei de ter crescido e me identifico com elas). Mas Muri tinha certo medo de como seria e eu tentei me conter ( isso mesmo, eu TENTEI). Mas, além de ser na Pediatria, era nossa última atuação oficial. Tinha que ser LEGENDÁRIO. E foi, do jeitinho que ela tinha que ser.
A enfermaria não estava lotada de criança, na verdade, contrastando com os outros setores, parecia bem mais vazio, o que me deixou feliz (por não ter tanta criança internada) e me deixou alerta porque aquilo exigiria mais da gente, pra não deixar a energia baixar de um quarto pra outro, não deixar a peteca cair, não vai esfriar. Ainda encontramos com uma moça que participa da Contagem de Histórias dentro do Programa MAIS ( a gente tem sorte de encontrar outras intervenções no mesmo setor) e foi bem único, a gente até tentou contracenar e entrar na historinha que ela contava e que Pedro SUCESSO (ou Pedro MAGIA DO SUCESSO, como Muri tanto insistiu) escutava tão atentamente. Aliás, Pedro Sucesso nos rendeu um lindo encontro, e uma linda promessa pra o futuro do futebol (eu pedi o autógrafo primeiro! CHUPEM) Desculpa, me exaltei. Continuando, encontramos uma junta de pessoas chatas vestidas de branco e quis jurar pra mim mesma que não pareceria tá monótona quando médica me tornasse (e eu sinceramente queria ter feito um jogo com eles, mas não os achei aberto a isso, não todos, mas uma criatura meio grossa e exaltada do grupo, tanto que brincamos com alguns residentes enquanto eles escutavam um forró ou brega dos bons - minha memória é péssima-). Mas superamos isso, e fomos buscar mais olhares.
Me deparei com um pequeno tropeço. Um lindo menininho não podia escutar e eu, de início, acabei indo perguntar o nome dele na maior inocência (porque eu sou tão lesa que não vi o recado inicial da mãe dele), e ele era bastante difícil. Até que consegui arrancar um beijinho e um tchauzinho dele (suspiros).
Ainda nos passamos por bodes, jegues, mulas, jumentos, catotas, e todo tipo de coisa que imaginares. A imaginação do menininho era bastante fértil.
AAAAAAAAH!!! E teve a perseguição aos nossos narizes. A linda Raissa queria porque queria tocar nossos narizes e roubá-los!!! Ela quase deixou Muri sem o dele, mas eu fui mais astuta (AHÁ!). Ela tinha o superpoder do pum e tinha uma máscara pra se proteger deles. Pena que não tínhamos essa máscara. O cheiro ardia em nossos narizes gigantes.
Tiveram alguns que não compraram nosso jogo, não estavam muito abertos e foi uma pena. Mas o jogo continua, e seguimos nossa viagem.
No fim, saldo maravilhoso de olhares lindos e alguns soldados escondidos, que nos renderam aprendizado e nos ajudaram a construir ainda mais quem somos na vida e nesses setores.
Assim, só me resta agradecer a esse MCM incrível que, comigo, interpretou tantos papéis e foi tantas coisas, sempre se reinventando, enchendo minha jarra e me ajudando a transbordar. Obrigada ao PERTO por me abraçar tão forte e me render histórias únicas que carregarei na bagagem da vida.
Obrigada ao lindovisor que recuperou seu posto no fim e que é uma pessoa maravilhosa!!
Obrigada ao Paizinho do céu pela maravilhosa graça de viver.
Ainda haverá muitos tropeços e nem imagino quantas danças inventarei, mas tenho sede por olhares, quero Encontrar cada vez mais, porque cada Encontro é único, e será guardado comigo como uma singela lembrança, me dando esperança nessa caminhada e me iluminando o sorriso. Simplesmente, obrigada. Tudo o que sinto nesse momento é gratidão.
Beijo, DB!!
Té logo :)

Aranha e despedida

Quando você vai a Boa Viagem, você toma banho de praia? 
Cuidado com o tuba!

O primeiro, o primeiríssimo jogo já foi um espetáculo! O doutô adevogado, engenheiro, professor de matemática nos colocou no chinelo... haha Charadas e mais charadas... Ziza besta só acertou uma e foi enrolada umas troçentas vezes! Josefina foi mais esperta, que orgulho da minha MCM. Recebemos uma bateria de energia com esse primeiro encontro, que nos manteve alertas durante toda a nossa aventura pela Nefro!

O pato subiu num morro de uma Ziza de altura (1,50m)
Se na metade da descida, à que altura ele colocou o ovo?

O atrevido da Nefro chegou justamente na hora que o doutô-adevogado-engenheiro-professor foi tirar uma foto, um tal de raio-x... E já chegou pedindo beijo! Aaaaaah, só se acertar a charada! O retorno do atrevido da Nefro aconteceu já perto do fim da nossa atuação, em uma luta de cabo de guerra de um corredor de comprimento. Eu a disputada, Josefina e o atrevido os disputadores. Foi massa!

Bate sala, vai no mato
Com as pernas na cintura,
Pega o laço, amarra o pássaro
E qualquer criatura

À base da famosa dieta de jerimum, a modelo deitada - nós debruçadas na cabeceira da cama - pôs-se a reclamar dessa coisa de ser modelo. Alertou-nos do Dr. Hamster, chato que só a gota. Confessou-nos das escapulidas na dieta! Contou-nos que seu filho não podia entrar no hospital para visitá-la... Mais é claro! Minino treloso é de alto risco para a integridade dos pacientes! E a própria confirmou o nível de periculosidade do pestinha... hehehe No mesmo quarto, tentamos roubar o lacinho e colocamos a culpa nas estrelas!

O que é verde por fora e branco por dentro?

No corredor, fomos informadas de uma máquina milagrosa! Que tira e bota; bota e tira; tira e bota; bota e tira... Mas que no fim das contas deixa a pessoa magra! Ahaaaa! Sem necessidade de dietas jerimunícas! Nossa informante disse que não precisávamos desse artifício! Observadora que só, ela reparou no toco que eu havia levado alguns minutos antes... Totalmente esnobada pelo doutor altão! hehe Ela se compadeceu de mim e disse para eu continuar tentando que não seria rejeitada novamente! =P

O que nasce grande e morre pequeno?

Quem djiabos nos autoriza a entrar?! hahaha Buscando o nosso passe para a hemodiálise, encontramos com o galego riso frouxo...  Não entendíamos nada do que ele estava dizendo, mas ele continuava se rindo todo... E nós acabamos caindo junto nas gargalhadas! Mais um quarto: Migueeeel, dorminhoco! Um doce de menino! Déo, cadê Déo?! Dééééééééééo?! E o galego volta para nos avisar que não conseguiu a autorização!

Última charada: Quem é e sempre será minha primeiríssima MCM? Primeiros amores não são esquecidos!

Josefina, muito obrigada por essas seis maravilhosas jornadas que tivemos! Fomos de cumes a vales, erramos e acertamos, encontramos e desencontramos (onco 11⁰ versus onco 3⁰), rimos e choramos juntas! Foi ao lado de Josefina que eu enfrentei o vazio pela primeira vez, ficou marcado, está registrado... Toda vez que me vier à barriga o frio do vazio, da pré-atuação, me virá também à mente nossas conversas de quartinho, a música para subir a energia, as cartadas certeiras, os nossos encontros!


Respostas: Não se toma banho de praia e sim de mar! Pato não bota ovo. Aranhaaaaaaaaaa! Coco. Lápis. JOSEFINA AVOADA! <3