quinta-feira, 12 de junho de 2014

A menina e o sorriso!!

Atuação antiga que não estava aqui porque eu não estava conseguindo usar o blog (JURO!! Já tinha escrito e tudo o diário kkkkkk)


Bem começou, mais uma :)
A última tinha começado toda diferente e meio estressante, mas agora eu estava súper de boa, apesar de súper cansada :p! Enfim, nos trocamos e começamos. A energia não tá subindo muito não, confesso... não sei o que é, não sei se estou "aquecendo" meio errado, não sei  se é porque estou sempre muito cansada (ou com sono ou doente), nem sei se isso explica: vou atentar pra essa situação e tentar fazer melhor, sei lá, me entregar mais da próxima vez,sabe?! E no meio de tudo isso, aproveito pra agradecer a minha companheira Rosalina que participa dessa construção e reconstrução contínua de Lilika e à minha amiga Van, que acompanha as minhas angústias e alegrias em todos os momentos :)
  Começamos e, apesar de não ser daquelas longas intervenções, em que passamos horas e horas, fomos em todos os quartos e conseguimos ver e ouvi e falar um pouquinho com todos do andar. No entanto, mesmo tendo coisas muitxo boas (do tipo aqueles sorrisos e olhares que as pessoas te lançam agradecendo) o que eu quero falar mesmo é de uma menina, que eu nem sabia enquanto intervinha, mas que Van me contou depois que ela achava que essa mocinha tinha perdido o bebê.
Quero falar um pouco dela e dedicar esse diário à reação dela: quando entramos no quarto, não fomos logo de início falar com ela; terminou que ela foi a ultima pessoa com quem falamos no quarto, mas terminamos passando um bom tempo de conversa naquele leito. Não sei seu nome, de fato, não lembro, mas nem creio que isso importa porque ela ficou na minha cabeça como a menina do sorriso da dor! Ela não tinha os dentes da frente sabe? E não é preconceito não, mas isso me chamou atenção porque vi que isso fazia ela se sentir meio envergonhada e toda hora ficar colocando o lençol no rosto...e além disso, ela tinha um semblante sofrido e demonstrava estar triste, na dela, retraída! não sabemos o que realmente aconteceu com ela naquele dia, mas o que quero dizer é que a encontramos assim, bem envergonhada, junto com triste, misturada com um sentimento de vazio no olhar, como quem busca algo que a traga de volta pra realidade, pro momento de viver, viver com problemas sim, mas se sentir viva, sabe? Era isso, acho que o semblante dela era: de quem não estava se sentindo muito viva e de que procurava uma chama de vida.
Entramos, conversamos, brincamos e ela, pra minha total surpresa, ria de tudo! Muito doce e simples, ela foi demonstrando estar mais solta mas, sinceramente, não sei se deixamos ela com mais vida e é por isso que escrevo. Dedico o diário a uma reação que nem sei exatamente qual foi; porque, apesar de a ver mais solta e bem, não sei como aquela menina estava ainda por dentro, não consegui ver se a dor que ela escondia ainda estava alí e não consegui entender o que eu tinha feito nela, mas percebi que o sorriso da dor tinha mudado; e simplesmente vê-la mais solta e aparentemente alegre, me deixou melhor, mas certa de que não quero resultados, vou em busca dos meios e menos do fim porque essa menina me fez ver que o fim não precisa ser o término da dor, mas o início de uma nova caminhada. Não espero que a dor tenha passado completamente porque acho que isso não é possível, as coisas deixam marcas que são válidas pra construir uma rota na vida; apenas espero que ela tenha aprendido, usado o que devia dessa dor, entendido que aquele sorriso que emergiu da dor significa tanto quanto um ouro pra um pirata e que a arte de viver bem está em levantar da queda e não em nunca cair. Espero tudo isso porque foi isso que ela me ensinou sem nem perceber que já era professora dessa arte.

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