quinta-feira, 19 de junho de 2014

Cadê a terceira cenoura?

Intervenção com Caju:


Infelizmente Moni não pode atuar com a gente, e a bomba de apresentar o setor para Adson e fazer as honras da casa sobrou para mim!
Mas energia era o que não faltava e lá formos nós para a pediatria. Eu quero dar ênfase no quanto eu esperei para ir conhecer a pediatria, passei a semana pensando nisso e achei que seria bom um lugar que fosse novo para nós dois!
Mas eis que chegando lá a surpresa:
- Mas vão atuar os quatro ao mesmo tempo? Ou vocês vão esperar?
- Não senhora, hoje é só nós dois mesmos.
- E os outros dois?
-Quais?
-Os que estão no quarto tal?

E encontramos com quem? Albinha e Charms que já estavam atuando, eles ficaram com uma cara de “o que vocês estão fazendo aqui?” mas isso nem nós sabiamos.
Entrei no grupo do whats e descobrir o que tinha acontencido: Barney os enviou para lá e Manu nos enviou. Ixxi, que confusão!
Mas no final das contas tínhamos duas opções: Escolheríamos outro setor e iriamos atuar ou “se joga no vazio” e vai! Apesar do receio de outro setor ficar descoberto, sem atuação semanal, não resistimos e corremos para o banheiro nos arrumar.

Começamos a atuação com um jogo com Charms e Albinha mas eles já estavam em cima da hora e tivemos que continuar sozinhos, ficando o receio de que os pacientes estivessem saturados e cansados de palhaços. Mas quem disse? Foi uma das melhores atuações de todas!
Teve caça as cenouras, mudança de nome, lepo-lepo, energia, muuuuita energia!
E eu que achava que as crianças seriam as mais interessadas na gente, super me enganei! Eram as mamães e os papais que mais se divertiram com todo o nosso libido!

E eu não me decepcionei: A pediatria é um setor maravilhoso!
E a Adson toda a minha gratidão por essa tarde linda!
Volte sempre.


Inté!  

domingo, 15 de junho de 2014

Ajeitando a cagada 2 (A 2 é a última! Assim espero..)

Como já se sabe, estou aqui para ajeitar minha cagada anterior.
    E vou falar da minha segunda intervenção que foi no 11º andar com Luís Filipi e Lila. A intervenção que mais me deixou encabulada.. Mentira minha, não fiquei encabulada não, mas deu um friozinho a mais na barriga porque quase toda nossa turma da faculdade estava lá, ansiosa, batendo na porta do vestiário para nos ver (literalmenteee vei, isso não se faz! Mas o siga tá aí e eles vão pagar! brincadeeeeira)!
    A intervenção veio acompanhada de uma tema junino, de muita foto e filmagem (realizada pelos paparazzi da 133).. Depois que eles foram embora, pudemos ter sossego (a fama tem lá seus momentos) e ter tempo para conversar com as pessoas que estavam por perto.
    Lembro de uma brincadeira que acabou rolando, que foi a do "pega na espiga" (Só para contar, as espigas estavam penduradas no teto do setor, como forma de decoração junina) e eu com meu farto meio metro de puro glamour fiquei encarregada de pegá-la (claro que esta foi uma sugestão dos meus melhores companheiros do mundo ¬¬') e os pacientes acabaram comprando a brincadeira, foi massa!
    Esse dia foi muito bom, entre outras coisas, porque nos fez ultrapassar limites, barreiras entre o imaginário e o real e a presença dos nossos colegas, ainda que a princípio um pouco intimidadora, contribuiu muito para isso!
 Bjss :**

Ajeitando a cagada 1

Isso é exatameeeente a minha cara ¬¬' 
    Na minha primeira postagem, como eu estava super atrasada, resolvi falar das minhas três intervenções no HC no mesmo post! E um tal de Luís Filipi durante esta semana cortou meu barato e veio me dizer que NA NA NI NA NÃO, que cada postagem conta como uma presença e que, portanto, aquela postagem contabilizaria apenas como uma, fui então falar com a lindovisora Nalu, na esperança de comovê-la na minha causa, maaaaaas NA NA NI NA NÃO de novoooo! kkkkkkk Foi triste para mim.
    Por isso vim aqui falar da minha primeira intervenção novamente, mas eu não lembro direito, minha geente (não me julguem pela qualidade desta postagem por favor, eu sou melhor do que isso kkk já faz muito tempoo)!
    Eu lembro que foi com Van e Mila e que foi no COB, lembro também que eu estava um pouco chateada e cansada no dia e que eu achei que não seria legal por conta disso, mas que a atuação me surpreendeu, que eu saí bem melhor do que entrei no setor.
    Algumas mulheres estavam sentindo muita dor, então não foi possível ter encontros tão longos com elas. Nós preferimos respeitar o espaço delas, invadindo-o o mínimo possível, mas com outras pessoas foi possível criar vínculos e encontros. Lembro que ficamos de "atravessadoras", fazendo pontes entre as pessoas, enviando recados dos parentes do lado de fora para as gestantes dentro do setor e que estas situações foram bem legais!
No mais.. é não tem mais, falta-me memória :( Beijoooos! 

Enchendo a jarra

    Essa semana foi uma overdose de palhaçoterapia pra mim e foi concluída no domingo da melhor maneira possível, com uma reciclagem. Eu já havia comentado com as meninas o quanto eu estava precisando disso, porque o cotidiano vai meio que acomodando a gente e nos tornando um pouco mequetrefes.
    Estava sentindo muita falta daquele "deita e respira" e do "mais fogo e menos fumaça", acho que é preciso sempre lembrar, reafirmar nosso compromisso, não só com o projeto, mas com os valores que nos fizeram entrar nele, encher a jarra.
    Essa reciclagem me fez reavaliar muitos erros que eu venho cometendo no cotidiano, me fez lembrar que "menos é mais" e deu uma renovada na minha claun, que precisava tanto disso. Ver tantos rostos novinhos no projeto, cheios de sede por aprender e com tanta energia reacendeu a minha alma. Tenho que certeza que muitas histórias bonitas surgirão desses novos clauns e só tenho a agradecê-los por me proporcionarem encontros tão lindos.
   Devo confessar que me deu uma certa nostalgia da nossa oficina, de como foi linda, de quantas coisas maravilhosas vivenciamos juntos e de quantas pessoas encantadoras eu tive o prazer de conhecer, espero que eles possam vivenciar experiências tão bonitas quanto as minhas. A gente já está em Junho, daqui a pouco completamos um ano de projeto.. Meu Deus, um anoo já, parece que foi ontem! Acho que todos os estudantes deveriam vivenciar isso tudo também porque eu tenho certeza que sou uma pessoa muito melhor hoje. Também tenho certeza que muito do que eu aprendi com Maria Meio Metro fará parte da médica que eu vou me tornar. 

Sushi nas ladeiras

    Representando a UFPE, eu, Ju, Moni (Nosso trio unido até fora do HC!!!), Jack e Amandinha (que chegou um pouquinho depois e não conseguiu atuar) fomos para a intervenção externa nas ladeiras de Olinda! E só tenho uma coisa a dizer aos companheiros fuleiroos: PERDEEERAM!!! Foi tooooop demais! Tinha gente de todos os lugares, FOP, FPS, FCM, UFPE, enfiim, foi uma miscigenação totaaaaal! E por total,  entenda-se T-O-T-A-L ! Com direito a japonês atuando e tudo!
    A dinâmica se passou da seguinte forma: Gentileza dividiu grupos, cada um representando uma nação e que deveria encontrá-la no meio de Olinda. Meu grupo ficou com Iú (não faço a menor ideia de como se escreve o nome dele), um japonês mega simpático que estava com a cara toda pintada de branca e usando a máscara vermelha, tal qual a bandeira do seu país! Maaaas, nosso país não era o Japão, afinal rapadura é doce, mas não é mole não! Nós ficamos com a Bósniaaa (Isso mesmo, Bósnia ¬¬' )!
    No nosso grupo só tinha poliglota e em Olinda só tinha gringo, deu certiiiiinho! kkkkkk Imaginem só um monte de pernambucano e um japonês que não falava português perguntando pra um alemão onde ficava a Bósnia!! kkkkkk Foi muuuito legal, e por incrível que pareça a comunicação acontecia, não sei de que maneira, mas a gente se entendia e MUITO! 
    Iú entrou completamente no espírito da coisa, e daqui a pouco estava perguntando também para as pessoas, ao seu modo, onde era a Bósnia (assim, eu não sei se ele tava perguntando bem isso, mas eu acho que sim porque no final dos xinguilingue dele eu ouvia "Bósnia" kkkkk)!
    A gente pegou carona com uma mulher, entramos no carro dela, subimos as ladeiras fazendo a maior festa (e também foi ótimo pra descansar as pernas), teve chuva (hidroatuação), teve palhaço subindo em caminhão, teve policial entrando no clima, teve de tudooo! 

      AAAAH, e teve feijoada depois na casa de Poly tambééééém porque palhaço não é de ferro! kkkkkkk  MUITO TOOOOOP.

A falta da gente

    Minha atuação na última terça com Ju e moni, adivinhem ondee? Na oncoo (Não canso de falar isso porque sou simplesmente apaixonada por esse setor)! Essa atuação foi um pouco corrida pra mim porque eu tinha uma eletiva na hora do almoço e não pude permanecer até o final com minhas companheiras, tendo que sair mais cedo.. Mas a eletiva acabou essa semana, graças a Deus!! Agora a onco pode usar e abusar de mim ;)
    Como sempre foi perfeitaaa, as pessoas são super receptivas (exceto uma senhorinha que senta sempre do lado esquerdo do setor e que nunca está apta a nos receber, mas tenho fé que conseguiremos tocar seu coração e um dia ela comprará nosso jogo!). Um coisa que me marcou muito foi saber que as pessoas sentem a nossa falta, que elas sentem nossa ausência (fiquei me achando quando as Moni veio me contar que perguntaram por mim, porque eu já tinha ido.. hehe).
     Estou, de coração, muito feliz com o andamento do projeto pra mim, sinto que cada vez mais Maria Meio Metro assume personalidade e uma identidade própria, aliás, acho que o nosso trio está construindo uma identidade, se encontrando.. Várias pessoas já vieram nos fazer comentários positivos sobre a nossa atuação no setor e isso me faz transbordar de satisfação, muito bom saber que não está sendo bom só pra gente.
    Espero que com o tempo só melhore e que essa energia não acabe nunca!

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Energia que nunca pensei que fosse existir!

A atuação desta semana (dia 11/06) foi no COB, com uma dupla inédita: Maroca Pipoca e Penélope EletrizZada!! Eu não estava num dia muito bom, alguns problemas pessoais, mas estava ali. Queria atuar, sabia que iria me fazer bem! E realmente, como todos dizem; muitas vezes você acha que não está com a energia boa e pensa que vai ser uma atuação ruim; é nesses dias que acontecem os melhores encontros e a atuação acaba sendo uma terapia para você mesmo, às vezes mais para você do que para os pacientes! E foi isso que aconteceu hoje! Chegamos no COB, e das duas vezes que já atuei lá, nunca havia tanta gente lá como hoje! Já foi um impacto: não estava num clima muito bom, e dar de cara com tanta gente (entre funcionários, estudantes, internadas e acompanhantes!). Realmente me joguei no vazio, com a vontade de que aquela atuação fosse a melhor que eu pudesse fazer!! Quando Maroca e EletizZada chagaram no setor, se depararam logo com umas doutorandas que íam ter prova, e meio que tentaram apagar o brilho dos nossos olhos sedentos por encontros! Isso foi meio chato para mim. Caiu muito a energia; percebi que Penélope ainda queria insistir naquele grupo, enquanto Maroca e eu nos vimos murchas. E isso foi logo no comecinho da atuação, senti como se não tivesse ainda entrado em sintonia com a minha MCM. Mas foi massa que acho que ela também percebeu isso, e conseguimos restaurar a energia e a nossa sintonia em um quarto com uma paciente! Ela meio tímida, com um olhar meio de menina (apesar de estar no Centro Obstétrico), e querendo encontrar a gente! E encontramos ela! E ela sorriu. Um sorriso também tímido, daqueles em que se fecham simultaneamente os olhos. E a transformamos numa estrela do mundo fashion e das passarelas. E foi mágico! E a equipe que estava lá trabalhando, também havia estudantes, super entraram na brincadeira conosco. Meio que compensou aquelas doutorandas que não estavam muito no clima... Na mesma salinha estava, ainda, uma outra paciente que estava grávida, e ela começou a gritar e chorar de dor. Ela ainda não tinha dado espaço para a gente, e então começou a gritar de dor. Foi muito difícil agir nesse momento; mas achamos melhor dar o tempo que ela precisava para sentir a dor dela, e depois voltamos o nosso olhar para aquela mãe. Ela percebeu que estávamos ali, para ela, caso ela precisasse. Acho q isso foi importante; a gente saber dar um tempo. Voltamos depois para aquela sala, e ela já havia parado de gritar, e então ela entrou na brincadeira, e deu um sorriso meio sofrido, um sorriso dolorido, mas também verdadeiro e gratificante. E foi com uma coisa besta que ela se entregou pra nós: quando dissemos que ela era parecida com uma atriz global! Durante a atuação, ainda saímos à procura de padrinhos para o casamento de Penélope EletrizZada, o que levou à integração entre os vários quartos do COB. Não pensei que essa atuação fosse ser tão boa. Apesar de eu ter entrado com a energia um pouco baixa, consegui reverter isso em sorrisos e extrapolar a energia na medida certa para manter encontros inesquecíveis! :D

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Os valores e amores...

Aí vai mais uma atuação sobre a qual já tinha escrito, mas não conseguia postar ;)

Essa atuação foi super diferente e tenho muito pra falar sobre ela
Primeiro porque ela foi a primeira externa em tanto tempo, depois porque atuei com pessoas que eu nunca tinha atuado (que por sinal, junto com minha companheira de todos os dias, fizeram a intervenção ser mais especial) e por último porque ela me fez perceber coisas únicas: desde angústias e insatisfação com alguns aspectos da atuação, até uma felicidade e realização imensa em estar no hospital do câncer pela primeira vez atuando
Bora lá
Pra começar foi um convite mega especial pra mim, atuar num evento no hospital do câncer e assim que cheguei, veio um primeiro impacto: tinha muito mais gente do que eu imaginava lá e era uma coisa na área externa, não só no hospital, ai que frio na barriga!
Encontramos uma moça super simpática que tava organizando o evento; apesar de super atenciosa, veio minha primeira decepção quando ouvi dela "vcs ficam animando lá todo mundo, pulando e tal como só vcs sabem fazer"! Isso me deixou meio assim pq percebi que o objetivo de estarmos lá era meio diferente para o pessoal da organização do que era pra nós. A partir daí começou a atuação e foi muiiiiiito legal, podemos aproveitar os momentos com o pessoal lá fora do hospital e, fora a incapacidade física por conta da dor forte no joelho e do incômodo da lombar, a intervenção bem longa conseguiu ser segurada:)
Tivemos claro, momentos de alta energia e outros em que cambaleamos e nos perdemos um pouco (conversei até sobre isso com o pessoal, sobre essa questão do jogo cair e da energia diminuir pq senti bem isso nessa intervenção demorada - creio que o joelho me fez chegar um pouco no limite físico em alguns momentos e também pode ter contribuído para sentir uma certa queda de energia).
Mas os pontos altos da intervenção foram muitos, tantos que não dá pra relatar aqui! Só queria comentar em especial de um senhor que tirou fotos com a gente e que entrou no jogo de um jeito todo peculiar e calmo, me chamando bastante atenção e me fazendo ver que o menos realmente pode ser bem mais!
Em relação aos problemas, queria comentar melhor, não porque são mais importantes, mas porque acho legal pensarmos sobre eles e usarmos para aprendermos!
Pela primeira vez em uma atuação, senti que estava me desvirtuando dos objetivos da palhaço porque, algumas pessoas da organização interpretaram que devíamos fazer palhaçada, estar alí pra fazer o povo rir; não sei se houve o mesmo problema no ano anterior, mas nesse me senti um pouco triste porque mal deixaram a gente entrar nos quartos: assim que a gente entrava, tinha que sair e em muitos momentos não estabelecíamos um encontro, não criávamos vínculo nenhum e tínhamos que sair do quarto! Antes mesmo de entrarmos ficamos fora do hospital e, creio que por uma falta de articulação ou organização, o pessoal dentro do hospital não queria deixar a gnt entrar e confesso que isso já foi meio ruim pra mim, sabe? Baixou a energia pq nitidamente a mulher falava que não tinha lugar pra gnt ou que, assim como nós, as outras pessoas ali também queriam entrar.Esse pessoal da organização, que estava controlando diretamente a entrada no hospital falou como se a gnt não se preparasse pra fazer aquilo, como se todas as outras inúmeras pessoas com nariz de palhaço alí ( muitas, por sinal!! :/ ) estivessem fazendo o mesmo que nos e isso me fez pensar e sair da atuação por algum tempo, mas tentei voltar logo e confesso que, apesar dos meus devaneios racionais, consegui chamar lilika pra perto.
A questão é que em muito não concordo com a situação porque, além disso tudo, um palhaço lá ficou usando a gente pra fazer graça e ele era um daqueles cheios de pilambetagens. Então, diante disso tudo, achei que deveria expor o que eu senti, o que achei porque me preocupa um pouco que a imagem da palhaço venha sendo entendida dessa forma de ser alguém que é animador de festa, já que acho que animar é normal e é consequência, mas é difícil quando isso passa por cima do encontro.
Por fim, queria dizer que, mesmo diante de tantos problemas que me fazem questionar sobre a imagem que as pessoas têm do projeto e do cuidado que devemos ter ao divulgá-lo, senti que valeu  pena, que aquela experiência fui única e maravilhosa, que ver e sentir um pouco daquela energia toda foi mágico e que independente do desrespeito inconsciente que aquelas pessoas tinham com o nariz de palhaço ou independente do fato de não podermos ficar nem 5 min direito nos pouquíssimos lugares que ficamos, foi uma grande aprendizagem e um momento de tentar aprender a me adaptar e fazer o melhor com o que tenho. Aprendi que não posso me deixar abater na hora da atuação por energias negativas ou pessoas que não me querem alí, mas que preciso usar isso pra ajudar tal pessoa; acho bem difícil conseguir ser assim, sabe? mas a intervenção serviu de lição pra que eu tente mais e mais não sair do jogo, nem deixar minha energia baixar por sentimentos ruins.
Aprendi que os valores que temos são o fruto do nosso aprendizado e do nosso amor, fazendo com que em cada atuação sejamos capazes de propagar o significado da palhaço em nossas vidas e na vida dos outros, levando paz, alegria e muito amor.

A menina e o sorriso!!

Atuação antiga que não estava aqui porque eu não estava conseguindo usar o blog (JURO!! Já tinha escrito e tudo o diário kkkkkk)


Bem começou, mais uma :)
A última tinha começado toda diferente e meio estressante, mas agora eu estava súper de boa, apesar de súper cansada :p! Enfim, nos trocamos e começamos. A energia não tá subindo muito não, confesso... não sei o que é, não sei se estou "aquecendo" meio errado, não sei  se é porque estou sempre muito cansada (ou com sono ou doente), nem sei se isso explica: vou atentar pra essa situação e tentar fazer melhor, sei lá, me entregar mais da próxima vez,sabe?! E no meio de tudo isso, aproveito pra agradecer a minha companheira Rosalina que participa dessa construção e reconstrução contínua de Lilika e à minha amiga Van, que acompanha as minhas angústias e alegrias em todos os momentos :)
  Começamos e, apesar de não ser daquelas longas intervenções, em que passamos horas e horas, fomos em todos os quartos e conseguimos ver e ouvi e falar um pouquinho com todos do andar. No entanto, mesmo tendo coisas muitxo boas (do tipo aqueles sorrisos e olhares que as pessoas te lançam agradecendo) o que eu quero falar mesmo é de uma menina, que eu nem sabia enquanto intervinha, mas que Van me contou depois que ela achava que essa mocinha tinha perdido o bebê.
Quero falar um pouco dela e dedicar esse diário à reação dela: quando entramos no quarto, não fomos logo de início falar com ela; terminou que ela foi a ultima pessoa com quem falamos no quarto, mas terminamos passando um bom tempo de conversa naquele leito. Não sei seu nome, de fato, não lembro, mas nem creio que isso importa porque ela ficou na minha cabeça como a menina do sorriso da dor! Ela não tinha os dentes da frente sabe? E não é preconceito não, mas isso me chamou atenção porque vi que isso fazia ela se sentir meio envergonhada e toda hora ficar colocando o lençol no rosto...e além disso, ela tinha um semblante sofrido e demonstrava estar triste, na dela, retraída! não sabemos o que realmente aconteceu com ela naquele dia, mas o que quero dizer é que a encontramos assim, bem envergonhada, junto com triste, misturada com um sentimento de vazio no olhar, como quem busca algo que a traga de volta pra realidade, pro momento de viver, viver com problemas sim, mas se sentir viva, sabe? Era isso, acho que o semblante dela era: de quem não estava se sentindo muito viva e de que procurava uma chama de vida.
Entramos, conversamos, brincamos e ela, pra minha total surpresa, ria de tudo! Muito doce e simples, ela foi demonstrando estar mais solta mas, sinceramente, não sei se deixamos ela com mais vida e é por isso que escrevo. Dedico o diário a uma reação que nem sei exatamente qual foi; porque, apesar de a ver mais solta e bem, não sei como aquela menina estava ainda por dentro, não consegui ver se a dor que ela escondia ainda estava alí e não consegui entender o que eu tinha feito nela, mas percebi que o sorriso da dor tinha mudado; e simplesmente vê-la mais solta e aparentemente alegre, me deixou melhor, mas certa de que não quero resultados, vou em busca dos meios e menos do fim porque essa menina me fez ver que o fim não precisa ser o término da dor, mas o início de uma nova caminhada. Não espero que a dor tenha passado completamente porque acho que isso não é possível, as coisas deixam marcas que são válidas pra construir uma rota na vida; apenas espero que ela tenha aprendido, usado o que devia dessa dor, entendido que aquele sorriso que emergiu da dor significa tanto quanto um ouro pra um pirata e que a arte de viver bem está em levantar da queda e não em nunca cair. Espero tudo isso porque foi isso que ela me ensinou sem nem perceber que já era professora dessa arte.

Onipresente ;)


Tava devendo esse diário antigão, então aí vai porque acho que acabei de descobrir o que eu devia escrever sobre esse dia...
Essa atuação foi bem diferente porque foi umas das primeiras do período e eu tava meio confusa com lilika (será que ela tava por ali? Será que eu poderia me relacionar tão bem com ela como era na oficina? Ou será que no dia a dia as coisas mudavam? ).
Então tem um lado bem positivo de eu estar escrevendo ela agora depois de algum tempo: hoje eu estava pensando um tempo sobre a palhaço na minha vida e lembrei dessa intervenção, inclusive foi quando me lembrei que não tinha feito o diário kkk), aí, consegui ver, fazendo uma retrospectiva que a conexão com Lilika é pra sempre e independe de prática, ela sempre anda por ali, sabe? Em um plano diferente, que as vezes eu não reconheço ou posso não sentir! E hj eu só queria dizer que estou feliz demais por tê-la percebido mais facilmente que o usual ao meu lado e creio que, não sei porque, o dia dessa atuação me marcou com um vínculo mais forte ainda, pois é exatamente na onipresença de Lilika que eu penso, quando penso nesse dia :D

domingo, 8 de junho de 2014

Intervenção de novo jeito: Hospital do Câncer!

A atuação neste sábado foi diferente, por ser uma atuação coletiva e em um local novo: o Hospital do Câncer. E o diferente inspira, expira, chão, respiração (não sei pq coloquei isso!). Enfim, acordei cedo e fui me entregar a eles, meus MCMs, para me jogar no vazio com eles. Quem acompanhou Maroca Pipoca nessa aventura foi: Tarantela, Perolada, Lilika, Bolota e Chapelina! Fiquei surpresa com a quantidade de pessoas que havia no Hospital do Câncer devido à ação do Novo Jeito, e vi que a tarefa iria ser árdua, e que precisaríamos de toda a energia possível! E foi com esse prensamento, da quantidade de olhares e de encantos que nos esperavam lá fora, que nos aprontamos e subimos o nariz com 200% de energia!  Adentramos um mundo mágico, atrás de um ser chamado DÊJOTA, que iria guardar o nosso precioso tesouro. E encontramos a multidão de olhares que nos espionavam ao longe. Tive um pouco de dificuldade, por ser uma atuação coletiva dentro de uma ação de grande porte, e por isso havia muitas pessoas : minha dificuldade foi em conseguir manter um encontro em meio a tantos olhares querendo ser correspondidos. No começo ainda não estava vindo toda a energia e concentração para Maroca se mostrar! Mas quando fui me acostumando com a quantidade de pessoas, foi ficando mais fácil, e ela veio inteira, de corpo todo para aquela multidão! Arranjou logo um paquera: o boneco de ventriloquismo de um rapaz que estava passando. Houve troca de olhares, piscadela e até um beijo entre Maroca e ele! Josefina Chapelina ficou com ciúmes e roubou um beijo dele na frente de Maroca! Foi caso para briga e tapa entre as duas! A multidão na área externa do Hospital do Câncer era enorme, e começamos a dar a volta para ir para a frente do hospital começar a ação. Lá na parte externa, mas na entrada do hospital, há as janelas dos quartos dos pacientes que estão internados. Quando eles começaram a ouvir os barulhos das pessoas, eles apareceram nas janelas, e foi lindo! Fomos até eles e mesmo com a relativa distância física entre eles e nós, eles estavam muito PERTO, atentos, vidrados, querendo uma brechinha de atenção. E foram atendidos! Teve uma senhora que estava na janela, e acenou para a gente, e Maroca conseguiu captar esse sinal, e aconteceu um encontro maravilhoso! Daquele em que os olhos de um e do outro se fixam por alguns segundos, e um sorriso aparece em um dos rostos primeiro, o que acaba levando ao sorriso no rosto do outro, como se fosse uma modalidade do jogo do "espelho", só que real. Daí, a ação foi conduzida pelo pessoal do Novo Jeito para começar a entrar no hospital. Algo que foi um pouco frustrante foi que não pudemos entrar em todos os quartos nem em todas as alas do hospital, pois estávamos dentro de uma ação maior, e que já havia muitas pessoas-voluntários para participar e entrar nos quartos fazendo outras atividades. Senti, e percebi também nos olhares de outros MCMs que aquela restrição deixou a energia cair um pouco, e percebi que alguns clowns não estavam ali, e sim meus colegas de curso! Mas logo fomos voltando, interagindo com aquelas pessoas que estavam ali, e a energia foi subindo, e quando ela chegou ao ápice, foi a hora de, enfim, adentramos os quartos dos pacientes! Foi um pouco complicado conseguir manter os encontros pelo pouco tempo que nos foi dado para as visitas (novamente, como era uma ação ampla, o pessoal da organização tentou controlar um pouco o fluxo de pessoas que estavam entrando no hospital e nos quartos, e nisso tbm incluiu os clowns), mas percebi que conseguimos sim, encontrar os pacientes que estavam ali! A atuação toda foi se voltando para um lado meio erótico e conquistador, e um paciente, que estava meio calado, mas percebíamos que ele nos queria ali, e mesmo calado, de longe, sorria com as coisas que fazíamos! E quando estávamos saindo do quarto dele, ele falou: "Peraê, deixem eu tirar uma foto com vocês! Vão embora sem nem me deixar tirar uma foto?" E ele se levantou, dentro das suas limitações, e veio até a gente. Ele queria estar mais PERTO e guardar aquilo. Aquela foto não foi simplesmente uma foto, mas senti que ia além disso. Ele não queria esquecer da gente! Outro paciente, de outro quarto, chegou a colocar perfume para nos receber! Caramba, quando senti o cheiro de perfume no quarto, logo pensei na importância que aquele paciente estava dando para a gente. Uma pessoa internada, com uma doença tão sem perspectiva geralmente, e de uma condição social menos favorecida, para ele perfume é algo caro, e ele se cuidou, tentou ficar cheiroso para nos receber! Caramba, aquilo foi o ápice pra mim. Me senti tão pequena, como se não merecesse aquele gesto! A gente não tem ideia de como a gente muda aquelas pessoas só com uma ida, mesmo que breve. Foi essa lição que tirei daquele quarto e daquele senhor. Não temos ideia do quanto estamos PERTO daquelas pessoas. Chegamos ali, e vamos embora e não sabemos o que acontece! Mas sei que faço de tudo para mudar aquela rotina, pelo menos daquele dia, para aquelas pessoas. Se conseguir isso para um paciente, para mim a atuação já valeu! Tento mudar algo, ou deixar algo diferente, pois em mim sempre sai algo mudado e diferente; mudança para melhor, que me faz refletir e querer isso sempre mais!

Analfabyte

      Maria Meio Metro tá supeer atrasada, mas virou high tech tbm!! As provas e posteriormente a preguiça acoplada ao meu permanente estado de analfabyte contribuíram pra esse atraso, mas vamos láá! Conforme eu já havia conversado com meus lindovisores, esse período foi meio conturbado por conta do meu horário e dos horários das minhas duplas/trios que não estavam batendo direito, porque cada uma era de um curso/turma diferente e o início das atuações começaram no mesmo período das provas, aí prontoo, no começo foi difícil conciliar o melhor dia, mas hoje tudo já está nos conformes!!
     Siiiim, a respeito das semanas de horários malucos, queria dizer que por incrível que pareça elas foram ótimaaas! Eu parecia uma macaca pulando de galho em galho, de trio em trio, mas eu adorei a experiência de poder ter tantos parceiros diferentes (é, foi quase uma orgia kkkk), cada um com um olhar diferente, brincadeiras diferentes e sorrisos encantadores! Entre eles, eu tenho que mencionar minha primeira intervenção com Van e Mila no COB, que reacendeu a chama da minha palhacinha, que já estava meio adormecida, tenho que confessar. Comecei a intervenção achando que não seria muito legal porque já estava cansada de um dia meio estressante, mas essas palhaças lindas me fizeram perceber o quanto aquele momento valeu a pena.
     Minha segunda intervenção aconteceu com Luis Felipe e Lila e foi justamenteeeeee no 11º andar, onde estava TODA a nossa sala rondando pelas enfermarias!!!! Siim, eu só pensava na vergonha que eu passaria e em como seria olhar para aquelas pessoas de um jeito totalmente diferente daquele que eu costumo olhar todos os dias. Não sei como, mas quando a máscara subiu, todos esses pensamentos foram embora, e Maria Meio Metro só pensava em "Pegar na espigaaa!" da decoração junina do andar! A intervenção foi ótima e me surpreendeu muito a forma como eu e meus companheiros pudemos curtir aquela situação e tirar proveito dela da melhor maneira possível!
     A minha terceira intervenção (que foi a última e portanto a que está mais fresquinha na minha cabeça) foi... TCHAN, TCHAN, TCHARAAAAAAM!!!! SIMPLESMENTE NA ONCO!!! E eu não consigo expressar com palavras a minha felicidade naquele andar, que dia lindoooo, que pessoas receptivas! Eu nunca tinha atuado lá e Ju e Moni foram super acolhedoras e nós conseguimos criar um jogo maravilhoso, muito, muito, muitooo shoooow!!! Aconteceu em um horário ótimo pra miim, o horário dos meus sonhoos (de 10-12 hrs da terça), que eu sempre quis atuar e no lugar que eu sempre quis conhecer! Enfim, mais perfeito não poderia ser.. Teve espiga (sempre tem uma espiga no meeio ¬¬'), teve troca de sexo, teve forró, teve tudo e mais um pouco!
     E o melhor de tudoo, é que meus lindovisores me colocaram permanentemeeeente neste horáriiioooo! Muuito, muito satisfeita!!
     Acho que ainda falto repor duas atuações, mas já estou vendo os horários pra me emburacar pelos trios e combino com Leo bem direitinho pra avisar pro pessoal da coordenação! No maaaaaais, Maria Meio Metro manda beijoooos para todos!E inté a próxima!

O encontro,logo no primeiro olhar!

Intervenção do dia 15/05. Corre!Vamo logo! Voltamos as intervenções e quanta energia guardadinha dentro do coração,já não cabe mais tanta energia guardada aqui dentro e tá no limite de transbordar. Vamo de escada mesmo que a gnt chega mais rápido lá! Trio novo,tudo novo,de novo.Todos prontos,sobe esse nariz que já vai começar,mas calma não se avexem nãoooo que aqui é maternidade e tem muito cotoquinho dormindo nesse andar. Seguraa essa energia,mas não deixa ela cair não!!! Vixee quanta coisa pequena mar linda,dá até medo de tocar pra não quebrar...Um chorinho aqui,outro lá,fez careta quando olhou pra Luke Calça Curta,acho que não gostou muito da cara dele não e vai chorar,pega um no colo aqui e outro acolá.Tu é meio sem jeito,Perneta e cuidado pra não derrubarrrr! Será que ele ta dormindo mesmo!? Eii,pinguinho de gente a gente ta aqui e eu sei que você ta ouvindo!! e elee sorriu mesmo sem no olhar a gente se encontrar.Ta acabando e já ta na hora deles mamarem,mas peraí tem aquele quarto lá do canto e a gente nem passou lá,vamo simbora Luke.Mas ta vazio e não tem ninguém aqui! Tas ouvindo esse barulhinho!? Tem alguém aqui!!!Cadê? Onde ta? Olhaaaaa,tem um pacotinho todo enrolado num pano verde ali,e o chorinho vem de lá.Vamo chegar mais perto pra vê o que é.Ta todo enrolado,vou mexer nesse pano todo melado aqui! De repente,aqueles olhinhos brilhantes surgiram e o pacote parou de chorar,congela o tempo que aqueles olhinhos fixaram no de Luke e Perneta e o encontro se fez bem ali, logo no primeiro olhar,nos jogamos no vazio e colhemos seus frutos tão simples,e ao mesmo tempo tão incríveis.Naquele momento sentimos em seu olhar um carinho,uma simples e tão verdadeira emoção da consequência do seu primeiro encontro,do NOSSO reencontro! Alguém saiu do banheiro e era a dona desse pacote dizendo que ele tinha chegado há menos de três horas e nos convidou para do seu primeiro banho participar.Ficamos ali,do ladinho,e o seu primeiro encontro se fez por continuar.Mas agora ela tava limpinha e cheirosinha e pudemos do pacote ver a beleza de uma flor brotar,contemplamos a mais bela flor,e um click registrou todo o encanto que aquele momento nos proporcionou!

sábado, 7 de junho de 2014

"Quero um ingresso!"

06/06/2014

Hoje a intervenção foi no COB. Confesso que estava meio receosa por nunca ter ido lá e por causa da experiência há 3 semanas do meu trio (que ainda era dupla). Além de que, no começo eu senti minha energia cair um pouco mas, logo a subi novamente.
Porém, eu amei passar por essa experiência. Começamos na sala de espera, conversando e brincando com os acompanhantes e, logo, entramos. Ao entrarmos, nos deparamos logo com um: "Venham ver Isadora!", prontamente, fomos. Quando eu vi, Isadora ainda estava na barriga da mãe mas, pertinho de sair!! Ficamos lá por algum tempo, mas nada de Isadora querer dá o ar da graça, rs. Fomos aos outros quartos e, de repente, surge o jogo do "Festinha no nono andar" com open bar, hahaha. Elas estavam doidinhas pra ir, afinal, era uma festa onde iriam, finalmente, virar a noite sem aquela "melancia" na barriga. Pedimos, a maioria delas, um ingresso para essa festa mas, nenhuma tinha mais disponível :/ o que nos restou, foi voltar pra casa sem ir a tal festa, rs.

No mais, gostei bastante dessa atuação. Mesmo com fome e com dores, a maioria estava disposta a nos receber, conversar e até brincar.

#ElisaCalabresa

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Tudo novo.... de novo!

Poxa... Tive alguns probleminhas de encaixe de horários e por isso desde que mudou-se as duplas/trios nesse semestre, não havia ainda atuado! Estava ávida por uma atuação! De encontrar olhares, de explodir energia, de sentir o outro.. Estava morrendo de saudade de Maroca! E com um pouco de medo, pois estava há quase 4 semanas sem atuar! Um medinho, como se fosse a minha primeira atuação de novo! E não deixaria de ser, pois esta seria a 1ª atuação com uma dupla nova (na verdade trio novo! :D). Fiquei insegura no começo, mas quando encontre com meus MCMs e começamos a nossa "tranformação", a minha sede de atuar foi maior do que qualquer nervosismo!!  Caramba, não sabia o que me esperava naquele corredor da nefro! Uma Babi/Maroca com muita vontade de atuar, mas meio sem jeito no começo, por ainda não me sentir à vontade com meus novos parceiros. Só quando a Babi desapareceu e ela, minha queria Maroca Pipoca surgiu 100%, pude perceber que de fato, meus companheiros são os melhores companheiros do mundo!! Tudo fluiu muuuuuito massa! Assim que adentramos no corredor como palhaços mequetrefes, encontramos e ENCONTRAMOS uma senhorinha. O único olhar daquele corredor vazio. E ela nos encontrou! E foi lindo, foi mágico! O sorriso dela, quando se deu conta que só havia ela e nós, deixou escapar um misto de vergonha, felicidade, ao mesmo tempo como quem diz "que povo é esse?" E então começou o jogo! E para nossa surpresa, esse primeiro olhar que encontramos era especial: não só para nós, por ter sido o primeiro encontro da atuação (e para mim foi como um primeiro novo encontro... de novo!), mas por ela nos dar a faca e o queijo que não imaginávamos que contagiaria toda a tarde e todo aquele corredor até então vazio: hoje ela era especial por ser a aniversariante! E foi massa isso, pois logo de cara deu para se formar um jogo em torno do quarto dela e envolver os outros quartos! Saiu de lista de convidados, à quem pagaria a festa. E o bolo? Corremos atrás dele, e ele não aparecia! Em meio a toda essa organização da festa, entramos em um quarto vip, 5 estrelas, onde as pessoas tomavam água não por copo (pois isso é coisa de pobre!), e sim pela veia! Só quem tem muito $$ é que consegue tal façanha! Achei massa quando Dani pensou em tomarmos banho como álcool em gel (acho que eu nunca teria pensado nisso!): estranho? Mas não pensei duas vezes em me jogar também na brincadeira (e achei massa que a gente se ligou nisso! e foi meio natural... não sei bem explicar!). A atuação foi show de bola! Não pensei que fosse ser tão boa! Para fechar, encontramos dois palhaços-lindovisores atuando (Leo e Diogo, ou melhor, Leôncio e Joca!) o que serviu só para fechar com chave de ouro uma atuação que para mim foi TUDO NOVO, de novo! Caramba, não quero deixar de atuar uma semana sequer!! É mt bom a sensação quando saímos de uma atuação massa! Obrigada PERTO! Obrigada, seus mequetrefes!! ;)



Tem titulo não, eu acho... nunca tive isso...

        Pediatria

        Pré-intervenção meio nervoso por fazer muito tempo que não intervia... Na salinha, fomos informados de uma criança que estava fazendo aniversario ( me achou com cara de patata a enfermeira! hehe mas vai que vinha algum jogo ao acaso, o vazio não quer dizer que não podemos ter informações pregressas, ne? só que não podemos nos basear nelas para construir a intervenção) 
        Ascenção nasal aos modos alongamento com musiquinha + explode quando for a hora! kkkkk Fui o segundo a levantar, como muito constantemente acontece comigo nos setores ( diferentemente das oficinas ;p kkk).
        Saímos, então, eu e Nina Chorumela não lembro bem com o proposito de que, mas tinhamos algum! O primeiro quarto foi justamente o do aniversariante (uns 5 anos) e havia mais uma menina (+- 9 anos) internada. O danado do pirraia botou logo pra chorar. Pinote assustou-se com o berro pois imaginou um direcionamento a ele. Tentou então esconder-se do berrante. Nina contou a historia à menina ao lado, que não encontrou solução para o problema mas mostrou-se intrigada pela situação. Pinote tentou fugir pelos buracos da tela da  janela sempre com a ajuda de nina dando o calço do fugitivo. Passava braço e cabeça mas tudo junto não passava. Fuga final  pela porta por onde entramos.  Acabou q  rolou zero jogo de aniversario.
        Havia no corredor um menino brincando com uns brinquedos na mesa. Focado nos brinquedos e em uma coceira. Sem contato olho-olho muito longo inicialmente. Perguntávamos sobre a origem dos seus bonequinhos. Ele nos informou que era Seu Valentin que os retirava da brinquedoteca. Pinote entendeu de cara que se tratava de uma prisão de brinquedos. O menino coçador, agora ja se doando mais, disse q naverdade ele gostava de são valentin e que ele não fazia maldade em prender os brinquedos. kkkk Os palhaços se convenceram d que ele era bom e sairam para procura-lo.
          Ah! Lembrei agora da sala da moda! Duas meninas de seus 6 e 8 anos internadas. Ao entrarmos, uma se escondeu de cara e a outra ficou rindo entregando a amiguinha. Nos identificamos, então como patrulheiros em busca de uma fugitiva. Jogo iniciou-se com a descrição do "retrato falado" da menina escondida relatado pela delatora. Quando a escondida se revelou fizemos um confronto das vestimentas descritas com as vestimentas reais dela. Jogaram então o foco em nossas vestimentas. Compramos o jogo delas, claro! Pinote tem apenas uma de suas pernas cobertas, fato que ele explicou como sendo um atributo de masculinidade para o seu povo de origem. Afinal homem q eh homem não precisa proteger as duas pernas! (lógico! kkkkkkk) As danadinhas começaram a retrucar que seria impossivel proteger as duas pernas so com uma coberta pela roupa, não importando a quantidade de malabarismos que pinote tentasse fazer para provar tal fato. Nina, então, revelou o segredo de que os grandes homens de nosso planeta precisavam semre de uma grande mulher pra cuidar deles, mostrando que suas duas pernas eram cobertas e que ela poderia se posicionar para proteger minha perna descoberta das intemperies mundanas. Ainda não se satisfizeram e retrucaram q se ela estivesse na minha frente, as costas estariam vulneraveis e vice-versa, Nina, então, deu seu jeito de estar ao menmotempo na frente e atras possibilitando, alem de tudo , a possibilidade da caminhada do palhaço. kkkkkkkkkkkk
(a cena real: Um palhaço andando com uma palhaça suspensa e atracada em uma de suas pernas... apenas imaginem kkkkkkkkk)
        Mais pra o fim, nos ja nos viamos no corredor rodeados de uns 6 pivetinos... Rolaram alguns joguinhos pouco elaborados e nem sempre envolvendo todos os presentes. A energia do negocio foi subindo...as brincadiras começaram a fcar mais movimentantes. Não lembro mais o que os levou a me perseguir. O fato eh que os dois enarizados se refugiaram no quartinho da baixa do nariz. Já viu, né? Tiro, porrada e bomba do lado de fora querendo derrubar a porta pra os palhaços sairem e ficarem mais. Após baixarmos os narizes e muitos golpes serem desferidos contra a porta, minha mcm falou com as crianças que ja tinha tudo acabado. Admito total marcação de vacilação nesse fim d intervenção, falta de sensibilidade com o momento. Ta certo que o fim deve ser no o auge, mas quase quebraram a porta! 

Considerações:
Foi ate legal escrever o diario um pouco depois da intervenção pq deu pra pensar um pouco sobre o que foi feito antes de escrever:
- Acho que fui pouco alerta nessa intervenção para os estimulos ao redor. Acabei jogando em alguns momentos minha mcm em vazios grandes. 
- Apesar de não ter sido a mais energética das intervenções, me deixei afobar por muita fumaça... movimentos desnecessarios e pouco direcionados ao jogo bem como utilização do recurso da fala antes de sentir a total permissão/ requisição disso.
- A pediatria está fervilhando como nunca! Uhuuuul!  Bom estar de volta a essas desafiadoras (eu acho) e epolgantes intervenções
- Rapaz.... escrevi ate muito p qm ta c o teclado quebrado. Então: Beijo no olho, lambida na orelha, dedo no suvaco e um chegue batendo pra quem aguentou ler ate agora!!!!

terça-feira, 3 de junho de 2014

O nascimento de uma nova Rosalina Perolada

   Após a estressante semana de provas,(cinco por sinal), eu e minha companheira Lilica da Gemada fomos à maternidade. Essa sexta tinha tudo para nos dar uma atuação vagarosa e cansada, pois estávamos exaustas da semana, mas foi cheia de reflexões e ensinamentos para mim.
   Conseguimos subir a nossa energia com mais facilidade, e nos doar um pouco mais ao jogo do outro. Aqueles pequenas vidas, e o olhar cansado, mas crente, e confiante da minha companheira me fez perceber que mesmo com diferenças,e sobretudo nelas podemos crescer, e nos superar. Uma nova Rosalina estava nascendo alí, uma Rosalina que tenta se preocupar mais no jogo do outro, que tenta realmente se envolver com todos no ambiente de atuação, que possui um olhar não menos enérgico, mas sobretudo mais amplo de tudo que esta se passando.
    A descoberta do novo, do diferente, tem dado um olhar mais maduro à Rosalina. O nascimento de uma nova Rosalina Perolada descortinou-se junto aquelas pequenas vidas. Agradeço à minha companheira Lilica por tentar, por estar comigo, e agradeço a Rosalina Perolada por me permitir fazer novas reflexões. Obrigada, obrigada.
 
   

Rosalina com novas companheiras

   Confesso que esta foi a atuação mais conturbada, e desafiante para mim, pois o novo me aguardava ( devido a troca de companheira ), além de estar em uma semana de véspera de prova, e com desencontro de horário entre as duplas/trios. Enfim, uma das companheiras do trio não pode vir, mas a querida Maria Meio Metro, se juntou a mim e a minha mais nova companheira Lilica da Gemada, em busca do novo, do desconhecido, e de um pouco de tranquilidade em meio ao turbilhão de estresse que nos acometia naquela semana.
   Nesse sentido, fomos visitar o COB, que nos recebeu bem, e que mesmo no meio da mudança, e dos estresses semanais conseguiu me fazer desligar das diferenças , e trazer a alegria e a veracidade que só Rosalina me permite. 
  O melhor dessa tarde foi notar que mesmo saindo da minha zona de conforto posso me diverti, e realmente contribuir não só com os pacientes, mas também com companheiros que por ventura não estejam bem naquela atuação. 

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Rosalina esta de volta...

     Então, após alguns  meses me acho na necessidade de voltar, e foi assim que ela gritou mais alto do que meu cansaço, que minha comodidade, de que meu "eu mequetrefe". Ela estava de volta, minha linda inspiradora, Rosalina estava ansiosa por sua companheira Penélope Eletrizada, até porque nossa missão seria no reino encantado da pediatria. E assim o foi, que pedacinho de tarde mais encantador!!
    Eu e minha companheira estávamos com a energia lá em cima, parecia que o tempo não havia se passado. Logo entramos com tudo, e adentramos com todo brilho no olhar, e magia que aquelas franzinas, mas lindas almas estavam por nos alimentar.
    E assim entre a magia da floresta encantada, com princesa, príncipe, mestres e bruxas, tivemos a honra de encontrar com o  homem aranha, nos amarramos naquela linda teia, pilotamos o avião da alegria, tomamos chá e comemos biscoitos. Tudo lindo, perfeito! Como é bom ser criança novamente, adentrar no mundo da fantasia, ser quem nós quisermos ser. Isso é ser Rosalina, ela me permite meu melhor olhar de mim, e dos outros.
   O auge da tarde foi encontrar com a princesa Isadora, uma bebê de meses, que mesmo com uma sonda nasogástrica , e com as mãos imobilizadas, conseguiu me imobilizar com o olhar mais brilhante, e o sorriso mais gratuito e verdadeiro que pude encontrar nos últimos dias. E quando meu corpo pediu pra parar, quando estava morta de cansada, deixei escapar um "ufa cansei!", daí o pequeno homem aranha dourado  me olhou e disse "palhaço não cansa", abri um sorriso enorme, e tive que voltar a brincar. Uma grande lição de vida, palhaço não cansa, o pequeno André de 6 anos, me fez lembrar o porque que eu escolhi ser médica , o porque que escolhi encontrar vocês MCM, o porque que eu decidi encontrar Rosalina. Obrigada minha querida Perolada, e também pela minha MCM Penélope Eletrizada, que partilhou essa deliciosa tarde comigo. 
   "A criança é por natureza um ser do encantamento, um ser que experimenta leveza, e que não retém a dor."

“Devolve o lenço”

30/05/2014

Pediatria, finalmente intervimos nela! Desde sempre tinha esse desejo e, essa semana, foi realizado :D Calabresa, Corada e Pitchulinha ficaram muito felizes em saber que iam intervir lá e a energia subiu rapidinho! As crianças são mágicas, cheias de energia que nos revigoram. Brincamos durante toda intervenção e, na maioria das vezes, elas mesmas que puxavam as brincadeiras. A cada momento com aquelas criaturinhas lindas e cheias de vida, sim, cheias de vida... a energia subia. Nem pareciam estar debilitadas! Um momento que me marcou muito, foi quando falei com um menininho que estava no colo da mãe e ela nos disse que era o aniversário dele, prontamente juntamos todas as outras crianças e cantamos “parabéns” para ele, quando terminamos, a mãe dele virou pra mim chorando e me pediu um “obrigada”, acho que já tinha ganho o dia com aquela cena. Depois, voltamos a brincar com os outros e, quando íamos embora, eis que uma das crianças “rouba” o lenço de Batoré Pitchulinha e não queria devolver. Começou, então, a saga: “Devolve o lenço de Bartoré”. Aquele menino estava disposto a tirar nossa paciência, logo depois daquela tarde maravilhosa. Ele bateu o pé e disse que não iria devolver o lenço se não déssemos um nariz a ele. Correu, se escondeu, escondeu o lenço... e, a nossa energia foi caindo, caindo, até que depois de um tempo, nós três já tínhamos descido nossos narizes e estávamos tentando conversar sério com ele. Depois de muitas tentativas em vão, pensei: estou com meu nariz reserva e Michelle (já tínhamos abaixado o nariz) também, poderíamos pegá-los e dá para ele (para ele poder devolver o lenço) e o outro pra outro menininho que também tinha pedido um nariz da próxima vez que fossemos. Daniboy e Michelle concordaram e, eu e ela fomos buscar nossos narizes. Só que, no caminho, percebemos que nenhuma das duas queria dar o seu nariz, até porque, era o nariz do nosso batismo, quando chegamos no local que estava nossas bolsas, sentamos e tentamos imaginar outra forma de fazer aquele menino devolver a peça da roupa de Daniboy, sem ser dando nossos narizes. De repente, chega Daniboy dizendo que conseguiu fazê-lo devolver o lenço e ir pro quarto “de boa”. Ficamos bem mais aliviadas por não precisar mais dar nossos narizes, e ficou a promessa de levarmos da próxima vez que formos.


"Quando vejo uma criança, ela inspira-me dois sentimentos: ternura, pelo que é, e respeito pelo que pode vir a ser." Pasteur, Louis.
#ElisaCalabresa

De volta...

23/05/2014

          Confesso que estava muito ansiosa para voltar as atividades. Quando vi qual seria meu “novo” trio, me alegrei e me preocupei ao mesmo tempo. Apesar de estar com uma das que compunham o trio passado, já estava acostumada com antigo e fiquei receosa em não conseguir subir a energia tanto quanto eu subia no período passado. Mas, Batoré e Adroalda arrasaram do início ao fim!!! Ficamos no 11° andar e ocorreu tudo muito bem.  Fizemos um show, literalmente, dentro de um dos quartos, e foi esse que me chamou mais atenção. Eram mãe e filha e estavam super abertas para nós! Entraram no jogo e viraram cantoras junto com a gente. A energia subiu demais, nunca mais tinha me sentido desse jeito. Foi lindo, foi top! Espero, de verdade que os próximos sejam tão bons como esse!


p.s.: Demorei pra postar, mas... está aí :D Não está muuuuito completo, porque não fiz no mesmo dia e, com certeza, esqueci de muitas coisas.

#ElisaCalabresa