No filme Os Incríveis, Beto é um ex-super herói que volta à ativa. Ele
está fora de forma, cansado, e apesar de animado e com muita vontade, todos
duvidam que ele tenha capacidade de voltar a combater os perigos. Ontem eu
estava um pouco Beto. Estava cansada, fora de forma depois do recesso, e apesar
de ansiosa por voltar a atuar, eu não achava que estava preparada para ir justo
para PEDIATRIA.
Mas para minha surpresa, ontem, as horas passaram muito rápidas. Logo de
início, conhecemos Mari e sua vó Idi. Super espilicute, Mari foi muito receptiva
e carinhosa, apesar de não acreditar em quase nada que dizíamos. Essa chave é
um inseto, Mari. É não, é uma chave. Então, por que ela tem nome? Mari, ninguém
vai conseguir brincar de jogar essas comidas na panela. Opa, e não é que
conseguimos. Sebastiana não é boa para jogar vôlei, mas vôlei com panelas de
plástico, até que vai. Pandolfo essa Mari é muito rica, ela come pão mole e tem
um Tablet, acho que ao invés de palhaço você é seu empregado.
E assim fomos indo, nos próximos quartos vimos lindos bebês. Uma fofa,
gostou do meu cabelo. Conhecemos também duas Vivianes lindas. A primeira uma
funcionária muito fofa, e a segunda uma bebê linda, seu sorriso era constante e
nossa alegria ao vê-la também. No corredor, o pessoal do Conselho Tutelar. Corre
Pandolfo, eles vieram nos prender. E vários fugitivos estavam naquele hospital.
O primeiro deles surgiu no quarto de Alan e de Igor. Igor e Alan, dois meninos com
seu estilo bad boy, seus jogos no Tablet e famílias muito lindas. Eles se
enturmaram logo com Pandolfo, afinal meninos entendem dos paranaêus. E me
rejeitaram. Sebastiana é feia, gorda, jamais namoraria com ela. Um dia eles vão
me querer e eu nem vou dar bola para eles. E para elevar ainda mais minha autoestima,
surge David, melhor Dennis o pimentinha. Um visitante do hospital que foi nos
ver. Como o pai de Igor falou, ele devia era estar fugindo da mãe. David também
não me queria a princípio, me chamou de gorda, puxou meu nariz só para dizer
que eu era palhaça sim. Tinha tudo para odiar ele, mas não. Bastava ele rir, ou
fazer aquelas poses enraçadas, que me derretia toda. Em uma das suas várias
tentativas de me puxar a força, já estava começando a me irritar, ai David vem
com uma dessas de desarma qualquer um: “Vem para aquele quarto, tem um menino
que fez cirurgia agora, ele precisa de vocês.” Tem como não amar, se fosse
filme adolescente eu era aquelas meninas feias rejeitadas pelos bacanas (Alan e
Igor) e encantada pelo mais durão da escola (David/Dennis). Fomos até o quarto,
a criança estava dormindo. E no final do enredo teen, David pergunta: vem
comigo? Esse cara de sapato não é seu marido. Como diria o sábio Pandolfo Cara
de Sapato, quem muito desdenha, quer. Até Igor e Alan ficaram posando para
fotos conosco, se fossemos assim tão feios, eles não iam mostrar para ninguém.
No decorrer tivemos outros lindos
encontros. Vimos um bebê bem desconfiado, mas que não tirava o olho de nós. Era
o niver da Lídia. Parabéns para você no ritmo de funk, afinal a gatinha no
leito ao lado da Lídia adora dançar. Ela sorria tanto quando dançávamos, assim
como a Lídia ao escutar seu nome. Depois
um bebê que tinha mais expressão do que eu e Pandolfo juntos, vai ser ator. Se
não gostava, arqueava logo a sobrancelha, e era muito corajoso, afinal tinha
medo de nós, mas me deu a mão para leva-lo de volta até o quarto.
Mas nem só de vitórias forma feitas as batalhas de hoje. Em um dos
quartos chegamos justo na hora em que um dos meninos estava urinando. Foi o “time”
errado e desde de então não conseguimos mais nada, sua mãe cansada também não
conseguia fluir conosco. Fizemos uma brincadeira de fechar os olhos, para ele
não ficar mais com vergonha. Mas saímos do quarto sem abrir eles, porque ali
não víamos nenhuma luz no fim do túnel. Outro menino nos rejeitou do início ao
fim. E com o Juliano, devido a correria em que se encontrava, não foi possível
bolar nada.
E não podia terminar, sem falar do menino fofo, vulgo Patati, que nos
prendeu no andar. Ele realmente queria que eu fosse uma super heroína. Queria
que eu corresse atrás dele, pulava bem alto para tentar alcançar a mão de
Pandolfo, e só ficando invisível para poder fugir dele. Ao entrar no quarto
para nos trocar, ele batia na porta com muita força. Saímos, e lá, tudo começou
de novo. Em uma de minha tentativas de fugir, ele me puxou pelo meu
casaquinho. Ele foi a minha turbina do
avião. Matou todas as minhas energias físicas. Até que ele cansou de tanto
correr na velocidade da luz, e me permitiu levá-lo até sua mãe. Outro fugitivo
indo para a cadeia, falei para o pai de Igor. No caminho ele me chamava de Patatá. Ai meu
deus, depois de tudo que passamos, é assim que ele me considera? Só sou Patatá,
se ele então for meu Patati, e dessa forma, não fico ofendida. Próxima lição
Patatá, nunca use capa se não o Patiti vai te pegar.
Mas se Patiti queria que eu fosse uma super heroína, o Anderson e sua
mãe me deram reais poderes. Anderson e sua mãe eram surdos-mudos, como bem Mari
me avisou, assim que perguntei o nome deles. Mas eles deram para nós, primeiro
o poder de ler mentes. Por telepatia criamos o laço mais lindo. A mãe de
Anderson, de açúcar, com tudo que há de bom, deu o seu elemento X para nossa
atuação. Ela jogou a brincadeira do cupido para nós em resposta a minha
brincadeira com um coração e de repente Pandolfo era um cupido que flechava eu
e Anderson. Eu jogava então meu buquê de casamento e mãe dele pegava. Eu virei então
o cupido dela e de Pandolfo. Nossa música era a risada linda dos dois. O brilho
do olhar deles foi um dos mais lindos que já vi nessas atuações. Com simples
gestos, e com muita risada, Anderson e a mãe transformaram as asas de cupidos
em asas de verdade para mim e para Pandolfo, porque saímos tão leves e em paz
daquele encontro, que parecíamos estar voando.
Pessoal que lê este diário, cri, cri, cri kkkk, mas tudo bem, se alguém, algum dia ler, queria compartilhar isso que achei com vocês. Juro que elas não foram batidas com pau de selfie, ou pedimos para alguém bater. Durante a atuação no quarto da linda Lídia, sua tia, vulgo Garota verão, bateu essa foto enquanto dançávamos e cantávamos parabéns para Lídia. Eis que eu, como não tenho nada para estudar, fiquei de boinha no Facebook, e achei essas fotos. Juro que não sou amiga de face da tia dela, e na verdade nem sei o seu nome, e ela nem sabe quem somos, a legenda só trazia ' Visita animada". Infelizmente, porque Garota verão é muito gente boa, não a adicionei, nem comentei nada, somente peguei as fotos para sempre lembrar deste momento.Tenho que confessar que já tentei fazer milhares de caras e bocas para ficar gatinha em fotos, mas foram nas que menos me esforcei que vi meu rosto e sorriso mais sinceros, até Caio que não é fotogênico, como gosto de implicar com ele, nunca esteve tão lindo. Acho que tínhamos um holofote muito bom. Se os fotógrafos soubessem onde achar ele, muitas outras fotos seriam batidas nos quartos do HC. Enfim é isso, beijoss
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