terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Os pentelhos de Surdete

Calma, não é nada disso que você está pensando! A não ser que voce tenha pensado da primeira experiência de Surdete na Pediatria. 

Atuação: 25/11/14

Que fofas são as crianças! E que pivetes, também! Esse dia foi interessante, pois ao mesmo tempo que posso dizer em que vivi um dos meus melhores momentos como palhaça e um dos em que não soube como lidar(não vou dizer piores, pq não foi RUIM, foi apenas dificil). 

Começando pelo momento ruim. Já no meio da atuação, após eu e Flora termos visitado todos os quartos, decidimos ir para a brinquedoteca. Nesse mesmo andar se encontra na ala Sul(?) o corredor de oftalmologia em que varias crianças/adolescentes em uma excursão provavelmente advindas de um colégio público esperavam para ser atendidas. Essas crianças/ adolescentes nos viram e ficaram enlouquecidas com as duas palahacinhas. Até ai foi um momento legal, mesmo em que nós não tenhamos feito nada até então. No entanto, um dos meninos virando pra Flora disse: "Eita palhaça boa!". Ficas petrificadas! Não sabiamos como agir e como direcionar aquilo pra algo engraçado. Por ser um menino tão novo e não era nosso proposito ali, sabe? Amargamos. Percebendo que Flora tinha ficado ainda mais chocada com a situação, tentei ainda reverter dizendo: "Um boa palhaça ou uma palhaça boa?" (confesso a minha pilambetagem!). Mas não salvou o momento e nos despedimos deles alegando que estávamos ali para entreter as crianças da pediatria.

Já o momento maravilhoso e lindo, maravilindo dessa atuação. Que com certeza teve muito mais pontos positivos do que negativos. Foi em torno de uma menininha chamada Valentina. Esse dia foi dela. Foi o melhor e mais lindo encontro de todos em que já vivi. Valentina estava nem um dos quartos da pediatria nos braços de sua mãe, ela sofria de uma doença de pele que eu desconheço mas que lhe causava bastante desconforto e ela em momento algum em que estávamos no quarto chegou a sorrir. Entendemos, pois o incomodo era forte, e ela se coçava pelo corpo todo e no rosto. Mas não saimos do quarto sem tentar algum encontro, mesmo que em vão naquele momento.

Quando saimos do quarto e já estavamos chegando à brinquedoteca, após o incidente, vemos Valentina correndo em nossa direção sorrindo e gritanto: "Tia! Tia! Tia!". Não conseguimos acreditar! Aquela menininha tristonha tinha voltado em busca da gente toda feliz! Algo em nós marcou ela, e a partir daquele momento e pra sempre Valentina deixou sua marca em mim. Ela sorriu e veio correndo em nossa direção, e foi ai que aocnteceu a coisa mais linda que já vi. Flora se abaixou pra abraçar ela no momento em que ela chegou e foi lindo. Quando Flora carregou ela Valentina se inclinou pra perto dela e tocou a pontinha do seu nariz com o narizinho verde de Flora.

Sei que são por momentos como esse que o que eu faço, e as minhas atuações tem sentido e causam impressão no mundo. Algo tão infinito como aquele momento. 


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