sábado, 25 de março de 2017

Tudo novo, de novo



DB,

É tudo novo, de novo. MCM nova, experiências novas e, até mesmo, nariz novo! Acho que a única coisa velha foi o setor hahaha já fui tantas vezes no Alojamento Conjunto que, chegando lá para atuar, a enfermeira foi logo dizendo, quando nos identificamos como da palhaçoterapia: “Eu lembro de você!”

E apesar de ter feito tantas visitas ao AC, ainda acho esse um setor muito difícil. A atuação é mais basal, as mães nem sempre compram os jogos, muitas ainda sentem muita dor... É sempre um desafio. Dessa vez, ainda tivemos alguns pequenos picadeiros, sem saber bem o que fazer ou como sair de algumas situações.

Mas então. Nos trocamos, subimos a energia, de um jeitinho bem nosso, e saímos. Logo no primeiro quarto, encontramos um bebê (dormindo, claro), duas mães e duas acompanhantes. Todas interagiram bastante e entraram no jogo, mas uma das acompanhantes estava um pouco pra baixo. Dizendo que estava há 9 dias no hospital... rebatemos perguntando: imagina passar 9 meses numa barriga? Ela riu. Mas o ânimo ainda continuava lá embaixo... foi difícil convencer ela de que a vida era melhor que aquilo. E por falar em vida...

Em um outro quarto, entramos falando baixinho, em mímica, porque estavam todos dormindo. Exceto por uma acompanhante, que começou a conversar com a gente. Conversa vai, conversa vem, ela nos diz que a vida ensina. “Mas onde encontro essa tal de vida? Ela dá aula particular? Cobra caro?”

Saímos tentando encontrar essa tal de vida que ensina... E chegamos em nosso último quarto. A paciente nebulizava e sua mãe nos contou um pouco de sua história. Sua gravidez era de risco e ela não tinha previsão de alta... Nesse meio tempo, a nebulização terminou e Evinha se aproximou dela. Não falamos nada, mas, de repente, a paciente começou a chorar e dizer que queria ir para casa. PAM. E agora José?! Na dúvida, ASSI! Chegamos mais perto e começamos a falar sobre o hospital, sobre seu filho, sobre o quanto ela era vencedora e que em breve ela estaria fora dali. Não precisou de muito e ela parou de chorar. Deus é mais hahaha Saímos do quarto e a senhora nos disse: olha aí, a vida ensina!

E não é que ensina mesmo?

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