O COB sempre é uma tensão. O pessoal está ou com dor, ou triste porque
perdeu o filho, ou simplesmente não vai com tua cara. Mas na atuação desta
semana, acho que conseguimos alguns trunfos. Já no primeiro quarto, na maca do corredor,
conseguimos interagir com uma grávida, ela queria subir para a festa do 9º andar e
nós queríamos tentar fazer ela gostar de lá. Eu com minhas leseiras despertei
nela um reconhecimento de um parente meio boba e isso foi um passo para fazer
ela nos encontrar, surgiu o tópico da macaxeira e com ele fomos tentar
encontrar mais algumas pessoas que gostam disso. Uma das grávidas, bem nova,
estava deitada, e com ela conseguimos pouca coisa, mas conseguimos que ela
falasse conosco, o que já foi uma vitória, ela não gostava de nada das comidas
que propomos, mas só o fato da sua cara de nojo ser esboçada já me fez me
sentir responsável por desviar sua atenção.
No próximo quarto sempre e bem complicado, geralmente é o quarto das
pessoas que perderam o bebê, e o clima lá é de dor em todos os sentidos. Com
uma das pacientes que andava bastante os contatos foram no corredor mesmo, a
outra com tanta dor não conseguiu se comunicar, mas ainda jogamos com a irmã,
dizendo se tanto azul não lembrava ela da praia e da macaxeira. Na outra cama
tinha uma paciente bem legal, muito disponível, tentou contato conosco, mas sua
acompanhante era bem fechada e meio enjoada. Nesse mesmo local uma enfermeira
nos ajudou muito, ela ensinava posições de não sei bem o que para uma das
pacientes, e começamos com isso a desenvolver a posição do preparo correto da
macaxeira, essa posição traria um novo filho para aquela mulher e eu iria casar
com ele. Foi tão bom ver ela a delicadeza com que ela me disse que seu filho
não estava conosco, e melhor ainda como ela recebeu minha ousada proposta de
casamento com a futura nova criança.
No corredor lágrimas se tornaram tema da nova conversa, não sei bem ao
certo se conseguimos para o choro, porque ela fiou melhor, ou se ela só queria
se livrar de nós, mas o foco é que paramos as lágrimas.
No outro quarto só zuera, estávamos com a futura mãe do filho de Brad
Pitt, e com a mãe de Caio Castro, filho de Traste Castro, mas que mesmo sendo
meio meio-boca gerou não só Caio, como Bruna Marquezine. No outro foi muita
foto, em todas as posições, com a grávida tatuada, com a mãe dela, com a
acompanhante que mal conhecia a grávida, mas que com tanta arrumação, queria
era conhecer o médico e com a fotógrafa saliente que empurrava flash na filha
com dor de cabeça, aí empurramos flash nela para desviar.
No outro quarto foi bem parado, as mulheres dormiam ou se cobriram quando
chegamos. Mas no corredor fechamos com chave de ouro, duas amigas bem fofas
parentes de uma médica, estavam lá e elas eram tão meigas que sua amizade de
anos transpôs para nós uma proximidade que parecia ser de muito tempo. Quero ir
para Alemanha visitar seus descendentes, mas Porta Alegre também serve. Qual
filho está disponível?
Muito bom ter nesse penúltimo dia, minha segunda visita a esse local tão
controverso para mim, realmente me ajuda a ver como e digivolvi ou evolui da
primeira atuação para esta final.
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