Na atuação no décimo primeiro andar, tenho que dizer que usamos e
abusamos de um pilar extra palhaço. Na noite anterior, uma quadrilha muito
animada, organizada pelo grupo Caminho, era o assunto do momento, só fomos a
palha que serviu de combustível para a fogueira que ela tinha deixado.
Primeiro roubamos a chave do caro do enfermeiro chefe e nessa fomos
pelos corredores atrás de alguém para fugir conosco. O povo não queria fugir,
queria pamonha, e acabamos nos tornando pamonheiras, sem pamonha, mas com uma
ilusão. Num dos primeiros quartos, encontramos moças bem salientes, uma era
totalmente afim do médico e para entrar na onda ficamos também.
O segundo passo para que este enlace acontecesse, foi tirar os nossos
namorados do caminho, em um dos quartos uma das acompanhantes quase fez Carambola
ligar para o boy dela e perguntar se tudo que ela tinha falado era verdade.
Pronto já temos a viúva.
No próximo quarto, encontramos o local para embelezar as meninas, foi
tanta selfie, que a próxima quadrilha vai bombar.
E nessa fomos indo, querem pamonha? Vá comprar na padaria da Caxangá. No
próximo quarto vamos atrás do puxador: “Eu amo você, mas vocês tá aqui eu lá”,
homem, acha alguém que tá aqui; “Você faz meu coração parar de dor”, meu senhor
vou trazer uma cardiologista, vamos ver se assim seu coração se recupera, e sua
cantoria também.
Não sabe dançar quadrilha, vamos te ensinar: olha a chuva, olha o braço,
é para ir pelo outro lado, olha o sorriso, esse pode vir e ficar.
No próximo quarto estava a noiva e o noivo, pegamos vocês em má hora foi?
Estavam se agarrando no quartinho? Cuidado com o pai. E no próximo, vamos achar
o lugar do casório. Vamos ser bem recebidas, vamos receber banho de mãe e eu
vou ser a rainha do milho.
É, meu reinado ficou na imaginação, mas todas essas promessas e ilusões
vão sedimentar na minha memória o quanto esse dia foi prá lá de Bommmm!
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