Na moeda do amor

Uma semana se passou, e estou eu de volta ao Reino Encantado da Pediatria.

 Não resistimos, eu e minha MCM Branca Palmito encontramos com  Ray pelo hospital, e convidamos Maria Meio Metro para se juntar à nós, já que estava sozinha e nunca havia passado por aquelas terras. Então, convite aceito, subimos a energia no silêncio, pois no quarto também havia uma enfermeira dormindo, à principio achei que não íamos conseguir ficar na energia necessária, pois sempre subo o nariz com música, afinal a música tem a capacidade de ativar até minhas células mais adormecidas. Mas, este desafio foi moleza, de olhos e corações bem abertos conseguimos subir rapidinho as nossas máscaras, e fomos encontrar com todos os príncipes e princesas que nos esperavam..

Hoje o reino estava cheio, e para minha sorte bati logo de cara com um morador que havia conhecido na semana passada, abri  um sorriso, e ele veio logo ao meu encontro falando "Rosa Mariada" hahaha, pronto nossos laços eram ainda mais apertados.

Hoje ele foi o comandante, ordenou todos os combates aos monstros, às buscas as porções mágicas, as guerras, uma maravilha. E ele se entregou ainda mais que na ultima semana, e para minha surpresa era o último dia dele no Reino Encantado, ele nos falou que estava indo embora num tom tão melancólico, nunca havia visto uma criança ficar triste porque iria sair do hospital, talvez por alí as vezes tornar-se reino encantado.

Entre tantos encontros, um que também me chamou atenção, foi uma menina um pouco mais velha(uns 13 anos) que estava na ala de oftalmo, ela nos olhava de longe, como quem quisera entrar naquele mundo, então fomos lá, e na segunda tentativa de encontro, ela ganhou o mundo dos Gigantes e Anões conosco, alí todos podem brincar. Muito bom! 

Tivemos também um momento delicado, fomos tentar interagir com um mãe com um bebê, a mãe já tinha trocado uns sorrisos, e agora estava na frente da TV. Fomos lá eu, a Gigante e a Anã, encontramos a mãe,e não conseguimos chamar a atenção do bebê, mais a frente notamos que a criança era cega, e não tinhamos tido o "felling" necessário para o momento.. :/

Contudo, o ápice do dia, foi quando meu amigo, o Coronel Álvaro, perguntou a mãe onde estavam os dólares dele, a mãe mostrou, e ele me chamou no quarto dele, perguntou se eu queria um dólar, disse que sim, e me abaixei para ficar bem próximo, ele se dirigiu  às minhas costas,e assinou na nota o nome dele, disse que iria guardar para o resto de minha vida, e assim irei.

A  maior mensagem que levo de hoje, foi poder notar o quanto a gente ganha, quando vendemos sorrisos, pois recebemos na moeda do amor, e do carinho.

Coronel Álvaro, sua amiga "Rosa Mariada" agradece.

Rosalina Perolada

Em Pequenópolis, Maria Meio Metro tá em casa!

Pela primeira vez, Maria Meio Metro pisa na pediatria! 
Acompanhada das MCM's lindas Van e Albinha! 
Engraçado porque antes de entrar no projeto, eu achava que a gente só iria lidar com crianças e só depois de quase um ano fui encontrá-las..
Que energia esses pequenos têm!!! Nossa, Maria ficou sem ar!! Kkkk
Nós conhecemos um general, um capitão e uma florzinhaaaaa! Aí que amor por essa florzinhaaaaa, queria levar pra casa!!!
Nos aventuramos conhecendo moradores das terras dos Gigantes e de Pequenópolis.. Tentamos ver o que ninguém via.. E para isso, contamos com a ajuda de uma Fada Loba muito charmosa que nos disse os ingredientes secretos de sua poção! Rodamos por todas as terras  sob os comandos do general e do capitão em busca deles (pizza, arroz, cuuuuspe Kkkk), mas enfim conseguimos!!!
Tivemos um momento triste e ao mesmo tempo feliz que foi a partida do capitão de nossas terras.. Ele retornou pra casa e deixou saudades em todos os aventureiros que deixou por lá..
A pediatria me encantou, mas também me fez perceber que a importância desse projeto deve sim ultrapassar as barreiras de idade e resgatar a alegria de viver de todas as faixas etárias..
Ps.: Vou voltar lá e roubar florzinhaaaa *-*

Não foi à primeira vista, mas foi amor!

    Confesso que durante todo esse tempo de atuação nunca criei uma paixão avassaladora pelo COB! Sempre tive um certo receio em entrelaçar o riso sem desrespeitar a dor alheia, e embora sempre tivesse sido legal, ele nunca tinha entrado no meu top 3.. 

Mas há duas semanas nós nos reencontramos e nos olhamos de um jeito todo novo, daqueles que arrepia a gnt e dá dor de barriga.. Não foi à primeira vista, mas, sem dúvida, foi amor!! E um amor lindo!

Atuei com Monicat, a MCM mais caat do Brasil,  e sem perceber a pobre Maria Metro já virou uma minidanadinha, procurando o pai do seu filho.. Aliás, dos seus filhos, eram gêmeos, cada um de um pai diferente.. Encontrei vários possíveis responsáveis pelas sementes que brotavam em mim, mas depois de uma exaustiva seleção, analisando o número de meses dos babys e as contas bancárias dos pretendentes (lógico!!), Maria achou um dos pais.. Ele era um residente... Ou interno.. Afinal, o importante para ela era o Jaleco.. Ops, quis dizer, o amor que havia os unido anteriormente! 

Maria então, que não havia feito o filho sozinha (havia feito com metade da torcida do Sport.. Hehe) resolveu que iria procurar seus direitos e contratou a advogada MCM para ficar responsável pelo dindin que ela teria que receber.. Nada mais justo que 15 mil reais mensais...

Fizemos então um cheque, assinado por mim, pela advogada testemunha, por uma xerife braba da recepção e pelo pai!! E após muito relutar o valor, ela percebeu que era muito justo o valor.. Afinal nada hoje é barato.. "Cabelo, sapato, silicone e gasolina.." Quis dizer, escola, fraldas.. Kkkkkk

COB, você ganhou meeeeu coração!!!!!! Shooooooooow!!!!!

10º nota 10!

Bem, sobre a atuação desta semana... Aconteceu na sexa-feira (dia 25/07/14). Um dia que não estava sendo muito bom para Babi, mas canalizei toda a minha energia, até a ultima gota, para brilhar o olhar e poder ter encontros inesquecíveis como Maroca! Minha dupla (Dani Lefosse, ou melhor, Francisca Perneta) e eu chagamos ao 10º andar do HC, e logo quando pedimos a chave do quarto para nos trocarmos, a enfermeira do posto disse que os pacientes não estavam muito receptivos, pois naquele dia tinham sido desmarcadas muitas cirurgias. Encaramos o desafio mesmo assim! Fizemos a transformação de praxe, geramos toda a energia que pudemos e levantamos o nariz com aquele brilho no olhar! Estávamos lá, Maroa e Francisca Perneta, começando o tour pelo 10º andar. Esse andar tem muitos pacientes que vão fazer cirurgia, e geralmente de mais idade. Chegamos no 1º quarto. Fomos recebidas por um senhor, que logo começou a rir com a nossa presença. Ele estava esperando a visita do médico, e começou a conversar com a gente, perguntando se a gente sabia dançar. E começamos a tirar onda com ele, como se a gente não tivesse entendendo o que ele estava falando. Ele perguntou se a gente gostava da música de Stevie Wonder, e a gente respondeu: "Aahhhh, a gente gosta muito sim! Adoramos ir pro mar ver a Stevie "ONDAAA". O velhinho ficou foi confuso, porque ele não sabia se a gente realmente não tinha entendido, ou se era resenha! Enfim, sei que ele lutou que só para tentar explicar o que ele realmente queria que a gente entendesse! No mesmo quarto, tinha outra paciente que era cadeirante, e que não tinha as pernas. Pois ele estava andando com a cadeira de um lado pro outro, e saiu do quarto. Aí a gente começou a tiarar onda com ele, dizendo que ele estava fugindo, e ele até então não tinha entrado muito no jogo, mas aí ele entrou de vez, quando a gente disse que ia chamar o segurança para não deixar ele fugir! Sobre o 1º paciente, enquanto estávamos no quarto ainda, o médico chegou e disse para ele que a cirurgia do tumor de cólon dele iria não iria ser mais naquela sexta, e sugeriu ele ir para a casa, e voltar na segunda às 7h da manhã. E então a gente ficou de secretária do doutor, dizendo: "SETE DA MANHÃ VIUU?? NÃO SE ATRASE! SETE DA MANHÃÃ!", e entrou na brincadeira o paciente e o médico nessa hora! Mudamos de quarto, chegamos em um com uma acompanhante suuper engraçada, dá vontade de rir só de olhar para ela. Aquela pessoa se riso fácil sabe? Chegamos no quarto, ela estava na porta e não nos percebeu. Ficamos paradas do lado dela. Ela estava no telefone, e quando se virou que nos viu, levou um susto e riu ao mesmo tempo, dizendo: "Minha nossa senhora!" Não consegui esconder a risada de Babi nessa hora! E ela falou no telefone um "alôô" bem puxaado, e começamos a brincar com isso, e ela brincando também, dizendo para a pessoa no telefone que tinha umas palhaças aqui... aí a gente começou a dizer que não era palhaça, e ela começou a mandar a gente ir perturbar em outro canto, mas foi tudo receptivo. O ápice da atuação foi um quarto que havia um senhor que tinha acabado de passar por uma cirurgia torácica. Quando chegamos na porta e perguntamos se podíamos entrar, ele disse: "Não. Vocês não têm nível para pisar nesse chão se piso de porcelanato" E então a gente entrou no quarto e pulamos até uma escadinha que tinha 2 degraus. Francisca ficou em um degrau e Maroca em outro. E fiamos lá, nos equilibrando enquanto interagíamos com aquele senhor. E ele entrou muito na onda, dizendo que ele era o rei daquele apartamento, e que quem mandava era ele. E mandou a gente dançar, e a gente dançou, mas ele não gostou. E ele nos chamou para contar um segredo: ele nos disse que ela papai noel! Mas ele não tinha barba, e a gente começou a dizer que ele estava se escondendo! E ele disse que queria que a gente fosse cantar no outros quartos uma música, que agora não lembro muito bem, mas era algo assim: "Mamãe mãezinha querida. Minha mãezinha adorada. Quem tem mãe tem tudo, quem não tem mãe não tem nada.". E saímos cantando isso pelo corredor. Aprendi muito com a atuação hoje. Vi que em um dia que não tinha sido bom para mim como Babi, Maroca conseguiu entrar na vida e aprender com histórias de vida muito diferentes. Acho que Já falei muito. Foi uma atuação muito massa, por isso acabei mais relatando o que aconteceu. Mas enfim, nem sempre conseguimos passar toda a emoção do que acontece. Só sentindo mesmo para saber! Obrigada 10º andar por essa atuação maravilhosa! 10º andar nota 10! (:

Conhecendo a Terra dos Gigantes

Trocamos de tabela após um tempinho sem atuações, e "voilá" iria ter mais uma nova MCM.
Tive o prazer de conhecer a senhorita Branca Palmito, vinda da terra dos gigantes, essa mcm me encantou logo do inicio. Ela cheia de doçura, e com aqueles 1,80 de charme conquistou a mim e aos meus parceiros do Reino da Pediatria...
Nós conseguimos poderes mágicos, conhecemos o homem aranha, princesas e príncipes, pulamos dentro de bolsas de cangurus. Um verdadeiro encanto que só a o Reino da pediatria nos permite.
A unica tristeza foi ter que ir embora, e passar por os pequenos fingindo que não os conhecia, enquanto eles estavam nos procurando, nunca sei lidar bem com essas despedidas da pediatria,
Quem sabe da próxima vez que estiver pela terras do gingantes não uso uma magia que me permita ficar para sempre por lá..

S2

Rosalina Perolada

Cheirinho de Amor

Fomos convidados, pelo projeto Novo Jeito, à participar de uma atuação externa no Hospital do Câncer. Nem pensei duas vezes em participar, pois já tinha ido ano passado sem meu clown, e esse ano com Rosalina Perolada iria ser fantástico!!
Chegamos e logo fomos nos trocar, subimos a energia todos juntos ao som de spanish girl, uma maravilha, afinal nunca havia atuado com a maioria daqueles palhaços e nosso energia estava a mil..
Passamos a manha inteira lá, tivemos inúmeros encontros, que quase foram ofuscados com uns palhaços " pilambetas" que também estavam por lá. Além disso, algumas pessoas da organização não nos trataram muito bem, acho que por não entender nosso projeto, eles tentaram barrar nossa entrada em algumas partes do hospital, e nos mandavam ficar trocando de leito o tempo todo, toda vez que estávamos entrando no clima,e encontrando os lindos de lá, nos mandavam trocar de leito... Maaas, por outro lado nos doamos bastante, recebemos muito carinho, e incentivos de praticamente todos que estavam no hospital, dos voluntários, mas principalmente dos pacientes. E isso foi o mais prazeroso, eles realmente curtiram nossa presença.
O auge da atuação, foi quando haviamos passado por um quarto da UTI e tinhamos sido já bem recebidos nesse leito, mas um senhor estava dormindo. Daí quando voltamos, um outro paciente nos chamou, quando entramos ele havia se levantado e colocado perfume pra nos receber, achei de uma lindeza tão imensa que alí já havia valido à pena ter saído de casa naquela manha de sábado. Pois, ele nos recebeu não só com o cheiro do perfume, mas com cheiro de amor, e carinho. E com esse tipo cheiro nós conseguimos perfumar todos ao nosso redor, essa foi a maior lembrança e lição daquele dia.

 S2

Rosalina Perolada

Bolinha

Tive uma recompensa depois da prova: atuar na pediatria. E o auge do setor, não foram dois palhacinhos que perambulavam por lá, mas sim uma bolinha saltitante que os mesmo roubaram, uma semana atrás, de uma amiga de turma. E quase tudo girou em torno dessa bolinha, e de outra que os meninos arrumaram para complementar. Fomos de jogador de handebol a goleiro de pênaltis numa final. E no fim, descobrimos que nosso maior cobrador de pênaltis, estava internado por sentir dor na perna, acho que ele esqueceu qualquer dor durante as brincadeiras. E todo o calor foi superado pela empolgação e felicidade contagiante das crianças. Essa sexta foi espetacular, foi como ser criança outra vez. Excelente.
Núcleo do dia: "GOOOOL"

Renovando

Ufa!!! 10x1 para esse blog, sou enrolada demais para essas tecnologias de hoje em dia. (:

Gente... que atuação eletrizante foi essa? Já comecei com o prazer imenso de atuar novamente com minha antiga MCMs (atual, pra sempre), Maroca Pipoca estava dentro da panela estourado tudo de tão elétrica que estava, AINDA BEM, já eu estava bem cansada.
Começamos no COB, daquele jeitinho né? Chegando de pianinho, aos poucos só pra não causar estrago. Até ai tudo tranquilo. E daqui a pouco as louquinhas se olharam e não se aguentaram, tomaram a decisão mais divertida, #partiupediatria! HAHAHAHA. XENTIII, ELETRICIDADE A MIIIIL!!! Tinha mais três malucos lá, nem me lembro do nome daqueles meliantes. Mas até xixi na roupa teve KKKKKKKKKKK e a gargalhada se espalhou. Cinco palhaços eletrizados no meio de crianças, pronto, criancices extremas. E tudo isso na semana do meu aniversário, tinha presente melhor? Jamais.
Foi lindo gente, foi renovador. Sempre é renovador. Obrigada obrigada obrigada obrigada.... por tanta alegria assim.

O menos virou mais: do COB à Pediatria.

A atuação desta semana aconteceu na sexta-feira (dia 18/07). A dupla dinâmica estava de volta e a todo vapor: Maroca Pipoca e Florinda Testamento! Uma maravilha poder repor atuações com ela novamente! (:
O lugar que iria receber a nossa energia era o famigerado COB (engraçado como esse setor me dá frio na barriga, mas sempre saio dele com encontros incríveis!). Chegamos lá, e começamos a nossa transformação. Eu estava looouca, ansiosa por uma atuação massa, e voltar a atuar logo com Noca gerou em mim um expectativa massa para a atuação. Colocamos as roupas, terminamos a maquiagem, e por fim geramos aquela energia que culminou com a subida do nariz! Foi uma energia surpreendente!! Enfim, adentramos o mundo mágico do COB, que naquele minuto se transformou em um lugar de busca por comida! Logo na saída, um primeiro olhar. Fizemos o menos virar mais! Nenhuma palavra, só o olhar. E o nosso alvo entrou também. Era uma funcionária, que estava conversando com outra. E quando nos viu, não conseguiu segurar a seriedade. Mesmo assim, continuamos olhando. E ela sorriu! Um sorriso frouxo. E então começamos a perguntar quem era o dono daquele lugar que iria arranjar comida para a gente! E ela viajou na onda. No começo não entendeu, mas depois entrou na brincadeira e começou a dedurar quem estava escondendo a comida! Até que pousamos em um quarto. Uma paciente bem calada, que estava o tempo todo de olho na atuação. Mais um encontro tímido, em que fizemos o menos virar mais. É massa quando encontramos esse tipo de paciente, que nos dá uma reciprocidade, mesmo meio tímida. E ela não queria nos perder de vista, mesmo sem falar muito. Foi um encontro incrível! Mas passamos à brincadeira da busca por camida por todo o COB.Não havia muitas pacientes no setor, até que nos deslocamos para a saída entrada do COB, e começamos a interagir com as acompanhantes! Também haviam poucas. Levamos a carta até onde deu! Quando nos vimos, estávamos na beira da escada, e nos veio, ao mesmo tempo, a lembrança da pediatria! Eram 2 andares acima. Foi impulso! Subimos as escadas sem pensar duas vezes! E quando lá chegamos, encontramos outros MCMs atuando lá! E havia aquelas criaturinhas prontas para lhe expor ao ridículo, e você não tem noção do que lhe espera. Eu nunca tinha atuado na pediatria! Me arrepiei, e o arrepio tomou conta do meu olhar, que brilhou tanto que ficou lubrificado com uma lágrima de emoção que não desceu pelo rosto, mas somente deixou aquele olhar mais intenso e mais brilhante! Percebi logo um dos meninos como sendo o mais difícil das crianças. Ele inclusive chamou Florinda de feia! Mas estava na brincadeira. E eu encontrei ele! Engraçado que Maroca tentou ignorar ele, de propósito, ludicamente, e isso fez ele vir até ela! E foi assim que acabou surgindo uma relação linda entre eles dois! Depois disso, um inpacto: chegamos todos, os clowns e as crianças, até um quarto com 2 criaças paralíticas, que tinham deformidades ósseas e provavelmente problemas neurológico! Caramba, que lindo aprendizado poder ver o 1º contato das outras crianças com aquelas. E que aprendizado para mim atuar com um público tão limitado. E as mães acompanhantes, que também brilharam o olhar quando viu as outras crianças ali. Foi uma emoção indescritível e uma aula para o nosso ego! Por fim, houve muitos momentos engraçados, mas para mim ficou mais marcado nesta atuação os momentos emocionantes. Quando Maroca e Florinda íam retornar para o COB, o 1º menino que tinha se envolvido comigo chega correndo e dá um abraço! Não sei como não chorei ali! Foi um turbilhão de sentimentos, que ficarão marcados em mim e eternizarão a minha primeira atuação na pediatria!

encontro de alegrias :)))))

Caramba, a atuação hoje foi muito massa! Eu tava com uma energia lá em cima ( me senti assim pela primeira vez em muito tempo, talvez o fato de eu ter dormido bem demais e muito na noite anterior ajudou de leve kkkkk) e minha dupla arrasou, me levantando sempre que eu poderia cair! Começou com o fato de não termos pancake  e decidirmos fazer nossa maquiagem branca com o lápis branco de amandinha ( ficou masssssaaa!) e depois eu tava sem celular e o de amanda só tinha músicas lentas, então, fomos nossa própria música :))) Catarina é o máximo e a galera do andar em que estávamos comprou msm nossas brincadeiras, de forma que podemos ter várias jogadas legais. Queria falar aqui só de uma hora em que encontramos uma mulher que chorou e pediu para que víssemos a filha (ou sobrinha dela, estou confusa quanto ao parentesco agora), mas ela pediu para que fôssemos ver a moça, só que quando chegamos lá, a menina estava se debatendo de dor e ficamos meio sem ação; isso, para mim, foi o momento mais marcante e interessante porque foi o único em que saí de lilika para pensar na situação, pensar no  que eu deveria fazer e confesso que fiquei perdida, até que, por a senhora ser bem espontânea, ela msm decidiu ir falar com a enfermeira e fomos junto, pedir medicação, então a partir de aí foi que consegui fazer lilika voltar mais forte! No mais, viramos de vendedoras de jambo a desempregadas, em minutos e jogamos com a alegria e o encontro dos olhares :)))))

presença ilustre ;)

Essa atuação foi bem diferenteeeeeeeee e antigona...tinha esquecido novamente como postar aqui, aí deixei para colocar depois, só que terminou passando muito tempo e aí está :)))

atuei com o meu super lindovisor, então tava meio nervosa e com uma híper expectativa.
O tempo de espera foi beeeeem grande nesse dia e eu tinha dormido super pouco na noite anterior e tinha mais um zilhão de coisas para fazer quando terminasse de atuar, mas eu estava súper tranquila :) O que me define é expectativa...tava bem anciosa porque não é todo dia que se atua com lindovisor ne :)
O que eu queria falar era mais de um certo nervosismo e expectativa em atuar com uma pessoa com a qual ainda não tinha atuado e ainda bem mais experiente que eu, tanto é que perguntei e tal como Barney gostava de fazer porque senti muito isso quando mudei de dupla:  como cada pessoa tem seu jeito especial de se preparar e subir nariz, o que não quer dizer que nenhuum seja melhor que o outro.
Bem, quanto à atuação em si, senti dificuldades em lançar jogadas ou mantê-las e preciso pensar melhor sobre o que foi a causa disso: eu nunca tinha estado na pediatria e foi difícil atuar com meninos maiores, sabe? Mas, independente de qualquer coisa, amei ter essa oportunidade que foi muiiiiiiiiiiiiiiiiiito legal; foi muito muito massa poder atuar com um lindovisor que nem deve saber o quanto me ajudou a renovar os ânimos no momento!!!!!!!!! Só lamento Van não estar com a gente, mas acho que teremos outras oportunidades pelo caminho ;)

Salada de frutas!

Eu ando muito cansada ultimamente, um cansaço nunca antes sentido, mas hoje Catarina se fez com o corpo presente (porque a alma sempre está) e foi intervir com a linda da Lilika da Gemada. Eu simplesmente amei os encontros de hoje, amei mesmo, tudo fluiu tão bem e leve... eu percebi que mesmo quando um jogo se repete ele pode aparecer como se fosse novo, percebi que tem jogo que se repete por procurarmos a "facilidade" e outros que se repetem porque as forças da natureza atuam para isso (kkkkkk). Hoje tivemos um jogo base com a temática de frutas e todos os outros surgiram a partir dele. A querida Lilika foi comparada ao cajá e à manga e no final ela era um manjá! 

O jogo principal partiu do senhor Valdir, da pele de jambo, que era rico e nos cedeu seus jambos para vendermos e ficarmos com todo o lucro. Saímos pelo corredor do 7º andar e todos pareciam amar jambos, fomos tão convincentes que uma senhora (linda, fofa e sensível) acreditou mesmo e disse para não darmos aos pacientes, na verdade o jogo foi tão profundo que eu não sei se ela acreditou ou se tava jogando também! kkkkkkkkk

Enfim, são lindos os lugares que podemos chegar quando temos o amor dentro da gente! O amor nos guia.

PURO ENCONTRO!!!!

           Encontrei apenas duas palavras para descrever minha última atuação, puro encontro, acho que de todos os olhares que já tive o prazer de encontrar, nenhum foi tão singular como os dois olhares dessa semana. Não quer dizer que nas outras atuações os olhares foram ruins, foram ótimos! Mas a singularidade que encontrei naqueles olhares transcederia qualquer definição, quando nosso mestre dizia se não conseguir nada, só o olhar basta! Eu não percebia a profundidade daquelas palavras, até que entrei na pediatria, no começo com uma energia baixa, pois consegui subir a energia mas não consegui mante-la. Escutei do começo do corredor umas das risadas mais gostosas que já escutei em toda a minha vida, eu e Genaralita ficamos abismados com tamanha gostosura, era uma linda menininha que estava no meio do corredor e mesmo sem nem ter nos visto de perto já estava rindo, naquele momento minha energia explodiu! Passamos por todos os quartos para chamarmos todas as crianças para o corredor, até que então no penúltimo quarto uma das mães olha para gente e diz '' vá lá no último quarto porque tão as crianças especiais''. Ela não faz ideia de quanto especiais eram essas crianças, entramos no quarto sem saber o que íamos encontrar e foi ai que me deparei com um momento único em toda minha curtíssima experiência como palhaço. 

           Não houve conversa, não houve barulho apenas o olhar, um lindo e radiante olhar que tinha um número de infinitas borboletas saindo dele e naquele momento além do olhar só existia um lindo sorriso e mais nada, me dirijo a outra cama e encontro uma grande dificuldade de estabelecer o olhar, não tenho noção de quanto tempo passei para receber um olhar , mas quando esse veio não exixtia sorriso, apenas um olhar, foi nesse momento que pude entender o que tanto nos é ensinado na oficina, um simples olhar é o que basta! Após conquistarmos aqueles olhares desfrutamos deles durante muito tempo e só saímos por que as outras crianças tavam loucas atrás da gente. Esse foi o primeiro quarto que entrei e saí sem dar uma única palavra com as pessoas que encontrei, apenas posso dizer que a beleza daqueles olhares me renovaram tanto como palhaço, quanto como pessoa.

Paraíso

Se o título da minha postagem foi: Paraíso, vocês já devem saber que a minha atuação foi na pediatria. Vou começar falando de dois encontros que merecem o devido destaque! A frase tão repetida pelo nosso "mestre" - O menos é mais - nunca fez tanto sentido. Os responsáveis por esses encontros fantásticos foram duas crianças, deficientes mentais e tetraplégicas, com coordenação motora limitada e com comprometimento gravíssimo na fala. Se por algum momento pensamos que não teríamos como interagir, eles, em sua maneira, nos provaram o contrário e mostraram que queriam sim entrar no jogo. Foi um jogo tão sutil, baseado em sensações e minúcias que fica difícil descrever.
Preciso dizer também que hoje fiquei noiva, ganhei um "autoretrato" do desenhista Álvaro e outro desenho feito por Janile, a criança com o riso mais frouxo que já vi. Tenho certeza que ela está internada do tanto que ela ri, por que não é possível ter algum problema e manter tanta simpatia e felicidade. Coisas que só acontecem com o ar mágico da pediatria. Se é errado eleger um setor como o melhor, me desculpe, mas a pediatria está em outro patamar. É como se os setores fossem o bolo e a pediatria a cobertura. "Núcleo do dia: aahahwhahw" - Mané matuto entenderá.