quinta-feira, 31 de março de 2016

O Retorno

Depois de uns 3 meses sem atuar, já estava na hora de voltar. E o retorno veio cheio de surpresas: além de um novo MCM, o que por si já é desafio, o pessoal da TVU pediu para filmar a intervenção da segunda (meu dia) para um programa :~~~ pense que bateu o nervosismo!!!
Chegamos bem na hora, mas tomamos um chá de cadeira (:pppp); após uma filmagem na entrada do HC, com os atores mais amadores e destrambelhados possíveis, fomos ao 5 andar. Para representar bem o projeto, foi decidido que a atuação seria com 2 duplas e Léo (!) também foi dar uma força!
Após muita enrolação, lá estava: eu, dani, turiba, dias (meu novo MCM) e léo na salinha se trocando e sendo filmados. A primeira dificuldade: um pouco antes de colocar o nariz o pessoal da filmagem tentou um pouco controlar nossos passos, pedindo para que a gente seguisse um caminho, deixamos logo claro: após subirmos a energia nós entramos no vazio, não sabemos nem para onde vamos!!!Após uma entrevista, colocamos o nariz e "entramos" no setor. Eles ainda tentaram um pouco controlar: "entra lá agora", "faz isso"... mal sabiam que a gente era movido por algo muito MAIOR.
Logo que entramos seguimos um caminho, veio o primeiro encontro! ficamos um tempo com um paciente que estava junto do elevador. Acompanhado pela mãe, ele, numa cadeira de rodas, nos contava, entre muitas coisas, que era todo retalhado. O encontro foi muito intenso, enquanto ele ria com as nossas brincadeiras, a mãe não aguentava segurar a emoção e só chorava. Isso me fez lembrar as palavras de Leo na entrevista: nem sempre a gente faz alguém rir, às vezes eles precisam apenas chorar.
Após o encontro, já esquecendo o pessoal da filmagem (eles tinham sumido!!) a gente volta pro setor; ahhhh lá estavam eles de volta, nos esperando. Andando um pouco vem o primeiro jogo: tubira e dias me levantam e eu viro um boneco gigante de corrida, esperando apenas que alguém me dê corda para liberar minhas pernas enquanto sou suspenso. Nesse momento foi tanta interação: enquanto uns pacientes morriam de rir, os profissionais pareciam sair daquela rotina e paravam para olhar e, por que não, rir também.
A atuação continuou, eu e dias acabamos nos perdendo um momento. Novo quarto. Alguém fala: faz ela rir, ela tá precisando (!!!) Essa mesma frase eu já ouvi incontáveis vezes nos setores. Ela dá uma responsabilidade de ter que fazer alguém rir e acaba baixando a energia, porque a gente não está ali para isso, não exatamente, pelo menos. Acontece que quando chego mais perto, era uma mulher acamada que não negou entrar no jogo.. Ele aconteceu, UFA.
Idas e vindas nos vários quartos, vários jogos realizado, e a sensação de que o dia foi MUITO BOM, foi muito bom voltar. Foi muito bom sentir esse gostinho de frio na barriga antes da atuação, e no fim dela, sentir um quero mais. Sentir um carinho no olhar de cada um que a gente conquistou.
Também quero dizer que a sintonia com meu novo MCM foi muito massa!!
Obrigado perto por mais essa oportunidade!

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