quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

“A LONG TIME AGO...” EPISÓDIO I

“A LONG TIME AGO...” EPISÓDIO I


Olá Meu Estimado Diário de Bordo!!! A história que irei te contar agora aconteceu há séculos, em um passado bastante remoto. Numa era longínqua e num lugar nada inóspito! O ambiente, DB, é conhecido seu: o HC.  Já os personagens dessa aventura, nem tanto. O que quero dizer com isso? Sim, você deve estar confuso. É que dessa vez, Orangino não estava acompanhado de Marieta Melhoral. Ele desbravou os mistérios e segredos da Oncologia ao lado da incomparável Amara Muitas Léguas. E o mais legal de tudo: íamos ter nossas desventuras registradas pelo jornalista Zé Lucas Bastos e sua câmera nervosa.

E então? O lugar: Oncologia! Nunca tinha atuado lá. Certo nervosismo era inevitável. A companhia: Amara! Apesar de ser nossa primeira atuação juntos, me sentia confortável com ela. O elemento surpresa: a câmera! Não sabia como ia reagir sabendo que estava sendo fotografado, mas sabia que independente do que fosse acontecer a câmera e seu portador também estariam no jogo. Achamos o lugar para nos prepararmos. Conversamos um pouco. Contagem. Subimos a energia. Explode o olhar! “Keep Calm and The Zueira Never Ends”. Partimos para o setor!

Logo quando saímos esbarramos na tia da limpeza, que foi super simpática e engraçada. Foi ótimo começar a atuação com um up na energia. O que estranhei inicialmente foi que não atuaríamos de quarto em quarto, mas num único ambiente. Acho que é automático pensar em atuar de forma circular, começando numa poltrona de um lado e ir seguindo a ordem ate finalizar no outro. Foi mais ou menos o que fizemos.

Foram vários encontros maravilhosos! E o nosso amigo Zé Bastos registrando tudo e entrando na brincadeira vez ou outra. Lá encontramos Gru, do Meu Malvado Favorito, com sua jaqueta estilosa e sua “motoca” turbinada. Mas ele dizia que não gostava de moto, mas gostava do casaco de motoqueiro. Conversamos sobre sua família, seus netos e netas, filhos e filhas. Inclusive uma que a tinha partido recentemente. Ele se emocionou, mas tinha uma força e determinação admiráveis. 

Também encontramos uma enfermeira que queria dar injeção na testa de Amara. Perguntamos se ela era uma pessoa má, mas a senhorinha que estava sendo cuidada por ela prontamente disse que não! Nos contou que era uma pessoa maravilhosa! Ficamos duvidando e ela defendendo a enfermeira. Até que resolvemos acreditar. Outro encontro curioso, porem perigoso, foi o que tivemos com Israel, o homem bomba. Perguntamos o que era aqueles fios ligados a ele e aquela ponchete que estava usando. “É uma bomba! Cuidado! Sou um terrorista!” Do lado estava seu filho. Acho que era o refém. Kkkk Pedimos pra ele não disparar a bomba ali. Que ele pelo menos esperasse a gente ir embora! E ele aceitou! Kkkk 

Invadimos o posto de enfermagem; Amara se divertiu nas cadeiras. Fui agenciado por uma empresária que afirmava o que eu faria sucesso como modelo. Marcamos de ir para Paris, Milão e vários encontros de moda pelo mundo. Amara seria minha consultora financeira, mas minha empresária desconfiou da lealdade de Muitas Léguas, e disse que ela tinha cara de trambiqueira!

Dos inúmeros jogos, encontros e brincadeiras que desfrutamos, o que mais me marcou foi o Titanic! Estávamos meio inclinados, conversando com uma senhora cujo nome não me recordo, e entendendo quantos filhos homens e mulheres ela tinha e a quem pertencia cada um de seus netos, quando de repente levantamos e sentimos a brisa do mar em nossos rostos e cabelos! Era um vento forte e gelado! De imediato virei Jack e Amara, Rose! Começamos a cantar “My heart will go on” de Celine Dion, num inglês improvisado e regado pela risada do nosso iceberg! O vento vinha do ar-condicionado que estava bem na nossa cara. O iceberg que estávamos prestes a bater era a senhora com quem estávamos conversando. “Vamos bater no iceberg! Cuidado, Rose!”. E a senhora fazia o barulho do mar! “Tchuáá! Tchuáá!”. Por fim, nosso Titanic furou o pneu ao colidir com a imensa massa de gelo, obviamente. Como ninguém mais soube indicar um bom mecânico de navio, resolvemos abandonar nossa embarcação.

Foi uma atuação incrível. Amara foi ótima! O lugar tornou-se mais alegre! As risadas transformaram a onco num ambiente mais leve. Assim como nos deixaram mais leves. Ir embora foi difícil! Mas partimos. Partimos deixando um pouco de nós lá, e trazendo um pouco de lá dentro de nós.


Pois bem, Meu Estimado Diário de Bordo, perdoe minha mequetrefice! Em breve trarei mais notícias e aventuras.

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