Sexta-feira dia 9-fevereiro. Dia de abertura do Carnaval.
Eita que saudade eu tava de atuar no setor. Mas que logo se transformou em um "putaquepatiu serasseu esqueci de tudo que é pra fazer?". Uma atuaçãozinha atípica pois Lagrimólia virou mocinha e já ta no internato e, por isso precisa adiantar algumas atuações, pois mais para frente ela não terá como.
Foi massa. O lado ruim é que tinham muito poucos quartos ocupados nesse dia, pelo que as enfermeiras disseram nos dias que predessem o carnaval ou grande feriados é comum os médicos darem alta aos paciente, mesmo que seja só para passar o feriadão com a family e voltar ao hospital depois. E gostaria de saber depois se é viável criar uma atuação em grupo dias antes do carnaval como se faz com o feriado de natal e de são joão. talvez o que dificulte é o grande número de pacientes pentecostais que não gostam de carnaval.
Por terem poucos leitos ocupados e poucos funcionários também, nossa atuação foi bem curtinha. Chegamos abrindo a porta e já entrando em quartos cantando marchinhas de carnaval. No início não fomos bem recebidos pela paciente e acompanhantes por elas serem crentes (não sei se ficou claro que falo de algumas igrejas pentecostais) mas logo começaram a rir da gente e brincar conosco. Começamos a fazer várias palhaçadas com a enfermeira chefe que de início tava com um ar bem pomposo (creio que para não perder a moral na frente dos "subordinados") mas logo se mostrou uma ótima dançarina de frevo.
Duas coisas me tocaram bastante nesse dia, topar com um senhorzinho bem mal que só se comunicava com a gente mexendo a cabeça, e isso se tornou nosso jeito de entrarmos em conexão com ele. Vendo se ele tava gostando ou não. comprando nosso jogo ou não. Bichooo, ele dançou que só ao estilo minimalista ao mexer apenas o pescoço e as sobrancelhas. E ao sairmos do quarto desse senhorzinho encontramos o senhor Francisco detentor de uma animação gigantesca que nos disse que sempre nos viu na televisão (ui ui tamo famozos) e que foi um prazer conhecer a gente naquele dia, uma pena para ele ter que ser doente. Mas foi muito legall terminamos cantando músicas evangélicas pois nem só de carnaval vive o homem.
Admito que acabamos nos escorando em uma muleta (o fato de iniciar o contato sempre brincando carnaval) e acabamos restringindo nossos encontros àquilo.
Terminamos nossa atuação sendo convidados a ir para um bloco no próprio hospital que segundo às enfermeiras ia ser bem animado e cheio de música. O bloco cirúrgico. KKKKK
Bom resto de carnaval à todos e um ótimo CEBRUTHIOSSS!!